O deputado Ferreira Aragão (PDT), ao se pronunciar no primeiro expediente da sessão plenária desta terça-feira (02/08), disse que o Brasil está se transformando na Colômbia dos anos 1990, em termos de violência. Segundo o parlamentar, o crescimento do crime organizado em todo o País é responsável pelas ações que aconteceram nos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte, com armamento superior ao dos policiais.
De acordo com Ferreira Aragão, 69 ônibus foram incendiados no Rio Grande do Norte, porque o Governo do Estado promoveu o bloqueio de celulares nos presídios estaduais, e o crime organizado reagiu. O deputado informou que endereçou requerimento ao ministro da Defesa, Raul Jungmann, para que sejam acionadas as forças armadas e a segurança seja restabelecida. “As polícias estaduais já demonstraram que não dão conta de enfrentar o crime organizado instalado em todos os estados. Precisamos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica nessa luta”, afirmou.
O parlamentar frisou ainda que os pactos realizados entre as facções criminosas reduziram o número de homicídios. Porém, a violência contra a população continua. “Enquanto isso, o Tribunal Federal soltou o tesoureiro do PCC. O STF não sabe o que está acontecendo. Ele foi preso em Fortaleza sequestrando e explodindo bancos. Enfrentou a polícia a tiros, depois de ter feito várias ações criminosas. Mas agora está solto porque a Justiça não colabora no combate ao crime organizado”, acrescentou.
O pedetista lembrou que criminosos, como Marcola, o irmão dele, e o tesoureiro do PCC foram presos em Fortaleza. “No entanto, se a Justiça não adotar as medidas necessárias e manter esses bandidos na cadeia, não haverá o fim da violência.”
Em aparte, a deputada Aderlânia Noronha (SD) disse que, em Parambu, na última quarta-feira, os bandidos arrombaram cofres do Bradesco e, em todas as ruas paralelas ao banco, havia carros de apoio com armas pesadas. “Foi um verdadeiro terror. Na sexta-feira, a cena se repetiu em Pedra Branca e ontem na cidade de Tamboril. Está faltando providências do Estado para fazer frente ao crime”, assinalou.
JS/AT