sábado, 21 de março de 2015

Papa Francisco pede para almoçar com prisioneiros gays, transexuais e portadores de HIV

O papa Francisco pediu para almoçar neste sábado (21) com 90 prisioneiros de uma cadeia próxima a Nápoles, na Itália. Entre os presos estão gays, transexuais e portadores de HIV. O encontro não estava no cronograna operado por bispos italianos, segundo informações da Época, mas o líder católico fez esse pedido especial e abriu espaço na agenda. A atitude é semelhante àquela que ele tomou semanas depois de ser escolido papa, quando lavou os pés de muçulmanos e mulheres encarceirados. 

Petrobras bate recordes em produção no pré-sal com 555 mil barris por dia em fevereiro

A produção da Petrobras na camada pré-sal das bacias de Santos e Campos bateu novos recordes em fevereiro. No dia 26, foram produzidos para a estatal 555 mil barris por dia (bpd) e a produção operada, que inclui a parcela operada para empresas parceiras, chegou a 737 mil bpd. A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras, no mesmo mês, por outro lado, caiu 1,5% e registrou 2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) - em janeiro, o patamar registrado foi 2,845 milhões. A redução nos volumes produzidos deveu-se, principalmente, às paradas programadas para manutenção das plataformas P-19, no campo de Marlim, e P-58, no Parque das Baleias, ambas na Bacia de Campos; e do FPSO Cidade de Angra dos Reis, no campo de Lula, em Santos. Do total registrado em fevereiro, 2,612 milhões boed foram produzidos no Brasil e 189 mil boed, no exterior.

Sistema do Fies registra mais de 196 mil novos contratos; MEC vai garantir todas as renovações

O Sistema do Fundo de Financiamento Estudantil (SisFies) registrou mais de 196 mil solicitações de novos contratos no primeiro balanço de adesões, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC). Estes estudantes estão com as vagas reservadas e devem agora validar as informações nas instituições de ensino e contratar o financiamento com os bancos. O ministro interino, Luiz Cláudio Costa, observa que o número de contratos é alto quando comparado à oferta dos demais processos seletivos da pasta no primeiro semestre: 205 mil vagas no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e 213 mil bolsas no Programa Universidade para Todos (ProUni). De acordo com o MEC, não há um número limite de novas vagas, mas um limite financeiro para contratações e por isso estão sendo priorizados nas novas adesões cursos com nota 5 - que serão totalmente atendidos. Para os financiamentos de graduações com notas 3 e 4, serão considerados alguns aspectos regionais, com prioridade para localidades e cursos que foram historicamente menos atendidos. A partir de 30 de março, entram em vigor as novas regras do Fies, que terão como critério para obter financiamento a pontuação mínima de 450 pontos na média das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e não ter tirado zero na redação. Atualmente não há exigência de nota mínima. O prazo para solicitar novos financiamentos e renovar contratos vai até 30 de abril. Além dos novos contratos, o MEC diz que vai garantir todas as renovações do Fies, conforme publicado pela Agência Brasil. A maior parte dos cerca de 1,9 milhão de contratos existentes já fez o aditamento (que inclui etapas na universidade, no sistema online e no banco), mas ainda há 228.154 contratantes que estão na primeira fase do processo. Nesta semana, o SisFies passou a aceitar os cadastros dos reajustes das mensalidades nas instituições acima de 6,4% para as renovações e passou por melhorias.

População mundial deverá enfrentar déficit de 40% no abastecimento de água

A população mundial deverá enfrentar um déficit de 40% no abastecimento de água até 2030, caso não tome medidas drásticas para melhorar a gestão do recurso natural. Essa é a conclusão do Relatório de Desenvolvimento Mundial da Água 2015 das Nações Unidas, Água para um Mundo Sustentável, lançado na última sexta-feira (20), em Nova Délhi, na Índia, pela Unesco. O relatório, que faz parte das ações atreladas ao Dia Mundial da Água, comemorado domingo, aponta medidas para que a comunidade internacional elabore um novo programa de desenvolvimento. Segundo o relatório, 748 milhões de pessoas em todo o mundo ainda não têm acesso a água potável. Por outro lado, a água nunca foi tão consumida. Até 2050, a agricultura, área que consome mais água, deverá produzir 60% mais alimentos do que hoje. O estudo destaca ainda que a demanda por bens manufaturados vai aumentar, pressionando ainda mais os recursos hídricos. A estimativa é de que, até 2050, a demanda mundial de água pela indústria tenha um aumento de 400%. O estudo chama a atenção para o grande volume de água usado para geração de energia e destaca a necessidade de estímulos a fontes renováveis, como subsídios para as fontes eólica e solar. O objetivo do relatório é estabelecer metas sobre temas como governança e qualidade da água, gestão de águas residuais e prevenção de desastres naturais. O relatório da Unesco destaca as iniciativas de um programa batizado de Rio Rural, realizado no norte do Estado fluminense. O programa, que até 2018 receberá recursos do Banco Mundial, é voltado para a produção agrícola na região. "Em partes do norte do Estado do Rio, políticas rurais do passado priorizaram a monocultura do café e da cana-de-açúcar, além da pecuária. O desmatamento e a exploração não sustentável resultaram em degradação do solo e em esgotamento dos recursos hídricos", informa o relatório. O documento também destaca que, desde 2006, o programa Rio Rural trabalha para reverter a situação, com suporte para que pequenos agricultores adotem sistemas produtivos ecológicos.



Papa Francisco diz que pena de morte é fracasso do Estado de Direito

O papa Francisco afirmou nesta sexta-feira (20) que "a pena de morte é o fracasso do Estado de Direito", em uma carta que entregou ao presidente da Comissão Internacional contra a Pena de Morte, durante audiência no Vaticano. Francisco, que se reuniu com Federico Mayor Zaragoza e uma delegação da comissão, agradeceu no documento "o compromisso por um mundo livre da pena de morte e pela contribuição para o estabelecimento de uma moratória universal das execuções, tendo em vista a abolição da pena capital". Na carta, o papa afirma que para o Estado de Direito "a pena de morte representa um fracasso, porque obriga a matar em nome da justiça" e porque "nunca haverá justiça com a morte de um ser humano". Francisco lembrou que "a pena de morte perde toda a legitimidade devido à seletividade do sistema penal e perante a possibilidade do erro judicial". A pena capital é "um recurso frequente de regimes totalitários e grupos de fanáticos, usado para o extermínio de dissidentes políticos, de minorias e de qualquer pessoa considerada perigosa, ou que possa ser percebida como ameaça ao poder ou à consecução dos seus fins", destacou.

Estado Islâmico reivindica ataque que matou pelo menos 142 pessoas no Iêmen

Quatro homens-bomba detonaram explosivos dentro e fora de duas mesquitas na cidade de Sanaa, capital do Iêmen, durante esta sexta-feira (20). De acordo com O Globo, o ataque matou pelo menos 142 pessoas e deixou outras 350 feridas. O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou a autoria do ato através do Twitter. A ação aconteceu por volta do meio-dia, durante orações nas mesquitas xiitas de al-Badr e al-Hashahush. Segundo a Casa Branca, ainda não há indícios de que o EI tenha sido responsável pelo ataque. "Estamos investigando a mensagem assumindo a autoria pelo braço iemenita do Estado Islâmico. Os EUA estão tentando descobrir se o grupo tem uma estrutura que o permita coordenar este ataque. O EI agride por propaganda, mas todos os países da região estão ameaçados pelo grupo", diz nota do governo americano. 

Força-tarefa do Ministério Público estuda punição a partidos políticos envolvidos na Lava Jato

A força-tarefa do Ministério Público que atua na Operação Lava Jato estuda a possibilidade de punir partidos políticos envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras. Até o momento, os partidos com maior envolvimento no esquema de desvio na estatal são PP, PMDB e PT, segundo o ex-diretor Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, delatores da Lava Jato. "Se há algum partido que se vale de recursos não contabilizados de caixa 2, além das sanções eventualmente atribuídas aos candidatos, há que se prever também um mecanismo de responsabilização das próprias agremiações partidárias", defendeu o subprocurador-geral da República, Nicolao Dino. De acordo com informações da Istoé, a proposta do MP, que será enviada como anteprojeto de lei ao Congresso Nacional, é que partidos possam ser responsabilizados com multa ou até cancelamento do registro - esta última nos casos de condutas de responsabilidade do diretório nacional. A proposta determina que os partidos sejam multados com valor entre 10% e 40% dos repasses do fundo partidário relativos ao exercício no qual ocorreu o crime, mas os repasses também podem ser suspensos. A responsabilização dos partidos, pela proposta do MPF, é objetiva, ou seja, não depende da comprovação de culpa na irregularidade.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Xuxa teria sido a pivô para a saída de Ivete Sangalo da Globo

A cantora Ivete Sangalo será substituída por Sandy como jurada do reality show Superstar, da Globo. No entanto, de acordo com o site Notícias da TV, a rescisão do contrato não foi amigável. De acordo com a publicação, a baiana teria se desentendido com a emissora por causa da amizade com Xuxa Meneghel.

Quando a apresentadora deixou a Globo pela Record, a nova casa de Xuxa exibiu um vídeo em que Ivete a parabeniza pela contratação. O vídeo foi exibido pelo Domingo Espetacular e, nele, a cantora diz que a Record é "uma casa querida". "Alô, Record, que sorte, agora vocês têm a loira mais amada do Brasil", disse. Apesar da saída da Globo, Ivete continua no comando do programa Superbonita, no canal pago GNT.


Bancada evangélica do Congresso Nacional propõe boicote a novela Babilônia

Uma nota assinada pelo deputado federal João Campos (PSDB-GO) e apoiada pela Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional repudia o beijo gay exibido na novela Babilônia, da TV Globo, e propõe um boicote a narrativa escrita por Gilberto Braga. De acordo com o Terra, o texto foi divulgado nesta quinta-feira (19) e classifica o beijo protagonizado pelas atrizes Fernanda Montenegro e Nathália Timberg como um dos "estupros morais impostos pela mídia liberal" exibidos pela novela. Campos é pastor evangélico e também foi o autor do projeto conhecido como 'cura gay', que já foi arquivado. “Assim como outras anteriormente exibidas pela Rede Globo, Babilônia tem a clara intenção de afrontar os cristãos em suas convicções e princípios, querendo trazer, de forma impositiva, para quase toda a sociedade brasileira, o modismo denominado por eles de ‘outra forma de amar’, contrariando nossos costumes, usos e tradições", afirma a nota, destacando que as atrizes tem 85 anos e um “reconhecido talento e conceito artístico”.

A língua e o Dedo de Cid Gomes o derrubaram

O dia de ontem foi histórico na Câmara dos Deputados em vários aspectos. Não tenho conhecimento de que, na história do Poder Legislativo, uma autoridade do Poder Executivo já tenha se referido daquela forma aos parlamentares. O ex-ministro Cid Gomes (Pros) foi corajoso, certamente. A fala tornou sua situação política insustentável. Por isso, fato também inusitado, quando abandonou o plenário já era ex-ministro de fato. Cruzou a rua e foi ao Palácio do Planalto para formalizar o inevitável.


Cid abandonou a sessão para a qual havia sido convocado - coisa que já era inédita em mais de duas décadas - depois de ser chamado de palhaço pelo deputado Sergio Zveiter (PSD-RJ). Exigiu respeito, teve a palavra cortada e ainda foi repreendido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ): “Vossa excelência nem parlamentar é pra interferir dessa forma”, disse o peemedebista. Era demais para quem, como governador, nunca teve problema real com o Legislativo. A insatisfação dos parlamentares derrubou, de forma quase imediata, um dos mais importantes ministros do governo. Também não é algo que se possa considerar rotineiro na política.


Foi por uma trapalhada verbal que o ex-governador cearense se tornou um dos ministros de mais efêmera passagem da história do Poder Executivo no Brasil. Não que tenha dito algum absurdo. É senso comum o clientelismo, o fisiologismo, o patrimonialismo, o jogo de interesses e chantagem que compõe as relações políticas. Quando governador, Cid teve alguns entreveros com sua bancada federal. Sabe do que está falando. O problema foi ter ficado nesse senso comum.


Pela posição que ocupava até ontem, Cid precisaria ir além, ser mais profundo e específico. Não apenas generalizou – o que já seria ruim. Na sua contabilidade de “300 a 400”, colocou na maioria do Congresso Nacional a pecha de “achacadores”. Não deixou margem para dúvida de que, em sua opinião, são eles que comandam o Poder Legislativo brasileiro. E sobretudo na base aliada do governo do qual fazia parte.


E teve razão na cobrança o líder peemedebista Leonardo Picciani (RJ): a fala de Cid foi sem consistência e sem dar nomes. Os deputados se mostraram chocados, mas sabem que o ministro não fala de algo irreal, absurdo. Para ser dito, entretanto, precisa ser provado. E precisa ser nominado. Sem isso, é apenas desaforo.


CID FICOU SEM MARGEM PARA RECUO

Cid argumentou que não falou a frase em público. Mas é o cruel ônus do mundo de hoje: tudo se grava, tudo é difundido. Uma vez que sua manifestação foi divulgada, ele tomou a única atitude que caberia: admitiu o que disse. A partir daí, poderia ter recuado, pedido desculpas. Fez isso com meias palavras. Pediu perdão àqueles em quem não cabia a carapuça. Assim, manteve o ataque a outros tantos. Foi corajoso, mas inviabilizou a permanência.

O ex-governador procurou demonstrar respeito pelo Legislativo. Mas completou: “O que não quer dizer que concorde com a postura de alguns, de vários, de muitos”. E disse haver oportunismo. Apontou para o presidente Eduardo Cunha e nele personificou a crítica de achacador. Àquela altura, com dedo em riste, devia se saber ex-ministro. Ao falar dos membros da base aliada que pressionam o governo, exortou: “Larguem o osso. Saiam do governo. Vão para a oposição”. E mais: cobrou à Câmara que investigasse quem custeou as despesas da comitiva de deputados médicos que foi a São Paulo na semana passada, para conferir se ele estava mesmo doente e impossibilitado de comparecer.


Os deputados já estavam furiosos e ficaram ainda mais, como seria previsível. Líderes de PMDB, DEM, Solidariedade, PSC, o líder da oposição e outros mais cobraram a saída imediata dele do ministério.


Foi constrangedor o silêncio da base aliada. Afora Domingos Neto, cearense e líder do Pros, ninguém partiu em sua defesa. A própria oposição cobrou do líder do PT que se posicionasse em defesa do ministro. Ao falar depois que Cid já se retirara, o líder governista José Guimarães (PT) informou que o ex-governador havia ido ao Palácio do Planalto se reunir com a presidente Dilma Rousseff (PT). E disse que não podia analisar qual era o cenário.

Os governistas não tinham argumentos para defender Cid. E, se tivessem, não seria inteligente fazê-lo, diante da fragilidade da base aliada e da crise política.


O FUTURO DE CID

Perante a opinião pública, Cid Gomes não se saiu mal. Falou o que muita gente pensa. Diante dos parlamentares, quem se pretendia o articulador de um novo grande bloco para dar sustentação à base aliada sai com as pontes queimadas, implodidas, destruídas. No Ceará, segue um líder político de primeira grandeza, embora seja o caso de se observar qual será a posição da bancada federal. Um bom punhado dos deputados cearenses querem lhe ver pelas costas.

Para o futuro, Cid mantém a força estadual. Perde, porém, o espaço que lhe daria projeção nacional. Fica sem visibilidade. Provavelmente, irá para os Estados Unidos, conforme era seu plano. Mas, certamente, voltará. Talvez para 2018.



Até lá, deverá enfrentar os processos que Eduardo Cunha anunciou que irá mover, tanto como pessoa física quanto em nome da Câmara.


O presidente da Câmara que, aliás, já apresentou queixa-crime contra o irmão de Cid, Ciro Gomes, por ter sido chamado, anos atrás de “relator dos trambiques que se fazem nas medidas provisórias”.

Erico Firmo/O Povo

Lula x Mercadante, a luta!

Tem digitais do ex-presidente Lula a gritaria da base governista para que a presidente Dilma demita o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que coordena a interlocução com o Legislativo. Parte do PT – os Lulistas – e todo o PMDB querem a vaga por dois motivos. Primeiro, porque a articulação com Mercadante e Pepe Vargas (Relações Institucionais) está um desastre. E segundo porque interessa ao próprio Lula neutralizar Mercadante, um potencial candidato a presidente em 2018, quando Lula tentará voltar.


Todo-poderoso
No jantar que teve com a presidente Dilma no Alvorada, Lula deixou entrelinhas que Mercadante é uma ameaça imediata a ela própria. Com muito poder concentrado.


Barba x Bigode
Lula e Mercadante já não se tratam mais como antes há meses. Quando o ex-presidente percebeu as iniciativas do ministro para concentrar poder e o projeto 2018.

Blog Esplanada



E o dólar sobe...

O dólar comercial fechou em alta de 2,56%, a R$ 3,297 na venda nesta quinta-feira (19), maior valor desde 1º de abril de 2003, quando valia R$ 3,304. Com isso, a moeda interrompeu uma sequência de três quedas seguidas. De acordo com a Exame, a valorização do dólar acompanhou a tendência do mundo todo, mas, no Brasil, pesaram também as tensões políticas. O avanço se intensificou depois que a presidente Dilma Rousseff (PT) informou que não vai fazer uma reforma ministerial em seu governo. O operador de câmbio de um importante banco nacional disse à agência de notícias Reuters que a declaração frustrou a expectativa dos investidores, que era a de que mudanças no Executivo poderiam atenuar a rebeldia no Congresso.