“Estivemos na reunião do diretório nacional, ao lado da (ex-presidente) Dilma Rousseff e dos deputados federais José Guimarães e Luizianne Lins”, disse o parlamentar. Ele esclareceu que, antes da reunião, Lula enviou carta escrita em tinta vermelha, deixando todos os dirigentes partidários “à vontade” para adotar qualquer decisão.
“Fica evidente, após olharmos as pesquisas de opinião, as razões que levaram os adversários a prenderem Lula. Se ele não pudesse ser candidato, permaneceria solto. Mas eles escolheram uma comarca, a de Curitiba, em que havia um juiz federal filho de tucano, e com esposa assessora de governador do PSDB, para investigar algo que acontece em São Paulo, já com o objetivo de prendê-lo”, comentou, referindo-se ao juiz Sérgio Moro, que decretou a prisão do ex-mandatário.
De acordo com Elmano Freitas, se um crime acontece em Fortaleza, não deve ser apurado em Juazeiro. Mas entendeu-se que, no caso de Lula, poderia se fazer julgamento em Curitiba. Ele destacou ainda que a Justiça tem a capacidade de entrar em contradição consigo mesma, quando um juiz, em Curitiba, alega a propriedade de um apartamento a Lula, enquanto outro juiz, em Brasília, diz que o imóvel pertence à OAS.
“O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) ocupou o apartamento e constatou que o imóvel não tem elevador e não tem a cozinha, como alegou o juiz Sérgio Moro. As notas fiscais apresentadas pela acusação no processo são notas frias”, ressaltou.
Diante dessa “evidente falta de provas”, Elmano Freitas avalia que a prisão de Lula é uma decisão política. Conforme destacou, Lula lidera as pesquisas para vencer as eleições deste ano ainda no primeiro turno. “Já conta com mais de 65 por cento das intenções de votos espontâneas no Nordeste”, ressaltou o petista.
Essas, na avaliação do deputado, são as razões pelas quais não querem permitir que o ex-presidente faça campanha. O outro absurdo, na concepção de Elmano Freitas, é a proibição de visitas ao pré-candidato. “O código penal diz que qualquer preso pode receber visitas de advogados, familiares e amigos. (o ex-ministro) Ciro Gomes e Dilma (Rousseff) pediram para visitar, mas a Justiça negou o pedido”.
Para Elmano Freitas, estão querendo por todos os meios colocar Lula no ostracismo, para que a população esqueça o programa Bolsa Família, o salário mínimo crescente, aposentadoria para trabalhadores, os 20 milhões de empregos criados, entre outros benefícios.
“No Brasil, alguns não aceitam que os filhos dos pobres entrem nas faculdades, aprendam língua estrangeira e entrem em um avião - que a vida toda só eles entraram. Não criamos o PT para sermos covardes, mas para enfrentar as injustiças. Estamos convictos de que melhoramos a vida do povo pobre, que passou a ter casa, moto, carro, emprego e estudo, entre outras coisas”, citou.