quinta-feira, 19 de março de 2015

A língua e o Dedo de Cid Gomes o derrubaram

O dia de ontem foi histórico na Câmara dos Deputados em vários aspectos. Não tenho conhecimento de que, na história do Poder Legislativo, uma autoridade do Poder Executivo já tenha se referido daquela forma aos parlamentares. O ex-ministro Cid Gomes (Pros) foi corajoso, certamente. A fala tornou sua situação política insustentável. Por isso, fato também inusitado, quando abandonou o plenário já era ex-ministro de fato. Cruzou a rua e foi ao Palácio do Planalto para formalizar o inevitável.


Cid abandonou a sessão para a qual havia sido convocado - coisa que já era inédita em mais de duas décadas - depois de ser chamado de palhaço pelo deputado Sergio Zveiter (PSD-RJ). Exigiu respeito, teve a palavra cortada e ainda foi repreendido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ): “Vossa excelência nem parlamentar é pra interferir dessa forma”, disse o peemedebista. Era demais para quem, como governador, nunca teve problema real com o Legislativo. A insatisfação dos parlamentares derrubou, de forma quase imediata, um dos mais importantes ministros do governo. Também não é algo que se possa considerar rotineiro na política.


Foi por uma trapalhada verbal que o ex-governador cearense se tornou um dos ministros de mais efêmera passagem da história do Poder Executivo no Brasil. Não que tenha dito algum absurdo. É senso comum o clientelismo, o fisiologismo, o patrimonialismo, o jogo de interesses e chantagem que compõe as relações políticas. Quando governador, Cid teve alguns entreveros com sua bancada federal. Sabe do que está falando. O problema foi ter ficado nesse senso comum.


Pela posição que ocupava até ontem, Cid precisaria ir além, ser mais profundo e específico. Não apenas generalizou – o que já seria ruim. Na sua contabilidade de “300 a 400”, colocou na maioria do Congresso Nacional a pecha de “achacadores”. Não deixou margem para dúvida de que, em sua opinião, são eles que comandam o Poder Legislativo brasileiro. E sobretudo na base aliada do governo do qual fazia parte.


E teve razão na cobrança o líder peemedebista Leonardo Picciani (RJ): a fala de Cid foi sem consistência e sem dar nomes. Os deputados se mostraram chocados, mas sabem que o ministro não fala de algo irreal, absurdo. Para ser dito, entretanto, precisa ser provado. E precisa ser nominado. Sem isso, é apenas desaforo.


CID FICOU SEM MARGEM PARA RECUO

Cid argumentou que não falou a frase em público. Mas é o cruel ônus do mundo de hoje: tudo se grava, tudo é difundido. Uma vez que sua manifestação foi divulgada, ele tomou a única atitude que caberia: admitiu o que disse. A partir daí, poderia ter recuado, pedido desculpas. Fez isso com meias palavras. Pediu perdão àqueles em quem não cabia a carapuça. Assim, manteve o ataque a outros tantos. Foi corajoso, mas inviabilizou a permanência.

O ex-governador procurou demonstrar respeito pelo Legislativo. Mas completou: “O que não quer dizer que concorde com a postura de alguns, de vários, de muitos”. E disse haver oportunismo. Apontou para o presidente Eduardo Cunha e nele personificou a crítica de achacador. Àquela altura, com dedo em riste, devia se saber ex-ministro. Ao falar dos membros da base aliada que pressionam o governo, exortou: “Larguem o osso. Saiam do governo. Vão para a oposição”. E mais: cobrou à Câmara que investigasse quem custeou as despesas da comitiva de deputados médicos que foi a São Paulo na semana passada, para conferir se ele estava mesmo doente e impossibilitado de comparecer.


Os deputados já estavam furiosos e ficaram ainda mais, como seria previsível. Líderes de PMDB, DEM, Solidariedade, PSC, o líder da oposição e outros mais cobraram a saída imediata dele do ministério.


Foi constrangedor o silêncio da base aliada. Afora Domingos Neto, cearense e líder do Pros, ninguém partiu em sua defesa. A própria oposição cobrou do líder do PT que se posicionasse em defesa do ministro. Ao falar depois que Cid já se retirara, o líder governista José Guimarães (PT) informou que o ex-governador havia ido ao Palácio do Planalto se reunir com a presidente Dilma Rousseff (PT). E disse que não podia analisar qual era o cenário.

Os governistas não tinham argumentos para defender Cid. E, se tivessem, não seria inteligente fazê-lo, diante da fragilidade da base aliada e da crise política.


O FUTURO DE CID

Perante a opinião pública, Cid Gomes não se saiu mal. Falou o que muita gente pensa. Diante dos parlamentares, quem se pretendia o articulador de um novo grande bloco para dar sustentação à base aliada sai com as pontes queimadas, implodidas, destruídas. No Ceará, segue um líder político de primeira grandeza, embora seja o caso de se observar qual será a posição da bancada federal. Um bom punhado dos deputados cearenses querem lhe ver pelas costas.

Para o futuro, Cid mantém a força estadual. Perde, porém, o espaço que lhe daria projeção nacional. Fica sem visibilidade. Provavelmente, irá para os Estados Unidos, conforme era seu plano. Mas, certamente, voltará. Talvez para 2018.



Até lá, deverá enfrentar os processos que Eduardo Cunha anunciou que irá mover, tanto como pessoa física quanto em nome da Câmara.


O presidente da Câmara que, aliás, já apresentou queixa-crime contra o irmão de Cid, Ciro Gomes, por ter sido chamado, anos atrás de “relator dos trambiques que se fazem nas medidas provisórias”.

Erico Firmo/O Povo

Lula x Mercadante, a luta!

Tem digitais do ex-presidente Lula a gritaria da base governista para que a presidente Dilma demita o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que coordena a interlocução com o Legislativo. Parte do PT – os Lulistas – e todo o PMDB querem a vaga por dois motivos. Primeiro, porque a articulação com Mercadante e Pepe Vargas (Relações Institucionais) está um desastre. E segundo porque interessa ao próprio Lula neutralizar Mercadante, um potencial candidato a presidente em 2018, quando Lula tentará voltar.


Todo-poderoso
No jantar que teve com a presidente Dilma no Alvorada, Lula deixou entrelinhas que Mercadante é uma ameaça imediata a ela própria. Com muito poder concentrado.


Barba x Bigode
Lula e Mercadante já não se tratam mais como antes há meses. Quando o ex-presidente percebeu as iniciativas do ministro para concentrar poder e o projeto 2018.

Blog Esplanada



E o dólar sobe...

O dólar comercial fechou em alta de 2,56%, a R$ 3,297 na venda nesta quinta-feira (19), maior valor desde 1º de abril de 2003, quando valia R$ 3,304. Com isso, a moeda interrompeu uma sequência de três quedas seguidas. De acordo com a Exame, a valorização do dólar acompanhou a tendência do mundo todo, mas, no Brasil, pesaram também as tensões políticas. O avanço se intensificou depois que a presidente Dilma Rousseff (PT) informou que não vai fazer uma reforma ministerial em seu governo. O operador de câmbio de um importante banco nacional disse à agência de notícias Reuters que a declaração frustrou a expectativa dos investidores, que era a de que mudanças no Executivo poderiam atenuar a rebeldia no Congresso.

Facebook vai permitir transferências financeiras entre usuários

A partir dos próximos meses, o Facebook vai permitir que seus usuários não só troquem mensagens através do aplicativo Mensager, mas também transfiram dinheiro entre eles. O novo serviço vai chegar primeiro nos Estados Unidos e só depois deve estar a disposição de outros países. Segundo o site da revista Exame, em cada conversa particular haverá um símbolo de cifrão e a partir dele serão feitas as transferências. Cada usuário poderá definir uma senha específica para usar o serviço. Ainda de acordo com a Exame, por enquanto ele não funciona com cartões de crédito e PayPal. Para enviar e receber dinheiro, as pessoas vão precisar informar o número do cartão de débito e a compensação acontecerá em até três dias úteis.

Zavascki promete analisar pedido de investigação contra Dilma apresentado pela oposição

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato, garantiu ao líderes da oposição na Câmara dos Deputados Arthur Maia (SD), Rubens Bueno (PPS), Bruno Araújo (Minoria), Mendonça Filho (DEM) e Carlos Sampaio (PSDB) que irá analisar com celeridade o pedido de investigação da presidente Dilma Rousseff (PT). O pedido foi apresentado pelos partidos em reunião na noite da última quarta-feira (18), um dia após Zavascki negar o pedido de investigação da presdente Dilma, protocolado pelo PPS na última sexta-feira (13). O ministro disse que irá encaminhar o caso para que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se manifeste. "Ao interpretar o artigo 86 da Constituição, entendemos que a chefe do Executivo não pode ser responsabilizada por atos alheios ao seu mandato, mas pode ser investigada. Mesmo porque, se formos esperar terminar o mandato para se iniciar a investigação, certamente estarão perdidas as provas e a investigação ficará totalmente prejudicada. Nossa interpretação é que, de fato, ela deva ser investigada agora", declarou Arthur Maia.

Líder do governo indica vice-governadora do CE para substituir Cid

O líder do Governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), sugeriu à presidente Dilma Rousseff o nome da atual vice-governadora do Ceará, Izolda Cela (Pros), para substituir Cid Gomes (Pros) no Ministério da Educação (MEC). De acordo com o parlamentar, Izolda é um "grande quadro" pois tem "história e legado" na área da educação. Ligada a Cid, Izolda foi secretária da Educação quando o ex-ministro governou o Ceará e é responsável pela implantação do Programa de Alfabetização na Idade Certa (Paic), criado em 2007. Bastante elogiado pelo governo federal, o programa serviu de inspiração para a presidente Dilma criar, em 2012, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). "O governo está avaliando, mas evidentemente o Ceará tem sugestões, e Izolda é um dos nomes que apresentei", afirmou Guimarães ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. O nome da atual vice-governadora chegou a ser cotado para assumir o MEC durante a reforma ministerial do ano passado. Na época, Cid declarava que pretendia trabalhar no Banco Mundial, nos Estados Unidos, após deixar o governo cearense.Fontes afirmam que Cid já teria apresentado o nome da correligionária durante a conversa nesta quarta-feira (18) com Dilma na qual pediu demissão. A assessoria do ex-ministro, contudo, nega a informação. Izolda é de extrema confiança de Cid e foi colocada na chapa para concorrer a vice na chapa do governador Camilo Santana (PT) por articulação do próprio ex-ministro. Essa ligação com Cid pode gerar resistência ao nome de Izolda entre partidos da base aliada, como o PMDB - o líder da legenda no Senado, Eunício Oliveira, é adversário político do ex-ministro no Ceará. "Quem indica e demite ministro é a presidente, não é nenhum partido", ameniza Guimarães.



quarta-feira, 18 de março de 2015

Lula convoca grande reunião com a cúpula do PT

A pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT convocou, nesta quarta-feira (18), seus dirigentes para uma grande reunião em São Paulo.

Além da cúpula do partido, os presidentes estaduais foram chamados para o encontro, que acontecerá no dia 30 num hotel da capital.

O objetivo, diz o email de convocação, é "discutir as tarefas do PT na atual situação política". "A reunião também será para preparar o partido para atuar na agenda de mobilização dos movimentos populares em defesa da democracia e das conquistas sociais nos governos de Lula e Dilma", diz.

Leia a convocação:

*

Aos
Membros da Comissão Executiva Nacional
Presidentes de Diretórios Estaduais do PT

Companheiras e companheiros,

Dia 30 de março realizaremos uma reunião com a presença do ex-presidente Lula, cujo objetivo é fazer uma discussão das tarefas do PT na atual situação política. A reunião também será para preparar o partido para atuar na agenda de mobilização dos movimentos populares em defesa da democracia e das conquistas sociais nos governos de Lula e Dilma. É fundamental que os presidentes (as) estaduais reúnam-se antes com as direções estaduais.


Após atuação de Cid Gomes na Câmara e demissão, Dilma diz que ‘não esperava isso’

A presidente Dilma Rousseff (PT) disse que “não esperava” que o agora ex-ministro da Educação, Cid Gomes, fizesse “isso” –  em referência à discussão acalorada na Câmara dos Deputados, na tarde desta quarta-feira (18). “Não precisava ter sido assim”, afirmou a mandatária, de acordo coluna Radar Online, da Veja. A conversa confessional de Dilma aconteceu no Palácio do Planalto, onde ela recebeu Cid.

País fecha 2.415 vagas de emprego em fevereiro

O país fechou 2.415 vagas de emprego em fevereiro deste ano, pela série sem ajuste sazonal, resultado bem pior que a geração de 260.823 em igual mês do ano passado, mas melhor que a eliminação de 81.774 postos em janeiro de 2015. O dado do mês passado é o pior para meses de fevereiro desde 1999, quando foram fechados 78 mil postos. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados nesta quarta-feira, 18, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O saldo negativo ficou dentro do intervalo de estimativas coletadas pelo AE Projeções, que iam de fechamento de 23.500 vagas a abertura de 118.500 postos de emprego, e abaixo da mediana, positiva em 30.000. O setor de serviços foi o responsável pela maior geração de vagas formais de trabalho em fevereiro, com um saldo positivo de 52.261 postos, segundo dados do Caged. A indústria de transformação gerou 2.001 vagas no mês passado. O comércio puxou o saldo para baixo com o fechamento de 30.354 postos em fevereiro. No mês, a construção civil fechou 25.823. A agricultura, por sua vez, extinguiu 9.471 postos no mês.

Após demissão, Cid Gomes admite que criou "dificuldades"

 Ao explicar seu pedido de demissão, o ministro da Educação, Cid Gomes, disse que sua postura na Câmara dos Deputados na tarde desta quarta-feira “cria dificuldades” para a base do governo. Cid pediu demissão à presidente Dilma Rousseff (PT) depois de atacar o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e dizer que parlamentares “oportunistas” da base do governo deveriam “largar o osso”.
“A minha declaração, e mais do que ela, a forma como eu coloquei a minha posição na Câmara, é óbvio que cria dificuldades para a base do governo. Portanto, eu não quis criar nenhum constrangimento e pedi demissão, em caráter irrevogável, agradecendo a ela (Dilma)”, disse Cid enquanto deixava o Palácio do Planalto.
“Já falei com ela. Eu disse para ela que lamentava muito, que tinha muito prazer (no trabalho). Disse que acreditava nela e continuo acreditando. Continuo confiando na presidente Dilma. Agora, a situação, a minha presença no ministério ficou em situação de indisposição com boa parte da base que apoia o seu governo”, completou o ministro.
De acordo com o ministro, não houve “margem” para que a presidente insistisse na sua manutenção no cargo. “Eu não dei margem para isso. Disse ‘presidenta, lamento muito, agradeço, mas estou aqui entregando o cargo’”, afirmou. Em nota, o Planalto disse que Dilma "agradeceu a dedicação" de Cid à frente da pasta.
“Achacadores”
Cid foi à Câmara prestar esclarecimentos sobre uma declaração que deu na Universidade Federal do Pará de que haveria entre 300 e 400 deputados federais “achacadores” – para ele, esses parlamentares apostam na fragilidade do governo para ganhar vantagens. Hoje, Cid pediu desculpas a quem tenha se ofendido, mas partiu para o ataque: apontando para Cunha, respondeu uma afirmação do peemedebista, que havia classificado o ministro como “mal-educado”. “Prefiro ser acusado de mal-educado que ser acusado de achaque”, disse no plenário.

Sobre as declarações, o ministro disse que “não podia agir diferente”. “Na situação em que eu me encontrei, sendo convocado pela Câmara e questionado de declarações que eu havia feito em local reservado, eu não podia agir diferente se não confirmar aquilo que disse, aquilo que penso pessoalmente”, afirmou. “Embora como ministro eu tenha sempre procurado ter uma relação respeitosa, é necessário, é imposição do cargo, pessoalmente eu falei a minha opinião.” Terra

Cid pede demissão do cargo de Ministro

O ex-governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), apresentou à presidente Dilma o pedido de demissão do cargo de Ministro da Educação nesta quarta, 18.
Cid solicitou o abandono do cargo logo após se retirar da sessão geral da Câmara dos Deputados sobre esclarecimentos às acusações de "achaque" por parte de parlamentares ao Governo dilmista.
 "A minha declaração na câmara, é obvio que cria dificuldades para a base do governo. Portanto, eu não quis criar nenhum constrangimento. Pedi demissão em caráter irrevogável".
 A demissão de Cid foi proferida no Plenário da Câmara pelo presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Comunico à Casa o comunicado que recebi do chefe da Casa Civil comunicando a demissão do ministro da Educação, Cid Gomes", disse Cunha. Durante discurso, Cid chegou a apontar o dedo ao presidente da Câmara acusando-o de ser um dos "achacadores".
O Palácio do Planalto distribuiu nota oficial dizendo que "o ministro da Educação, Cid Gomes, entregou nesta quarta-feira, 18 de março, seu pedido de demissão à presidenta Dilma Rousseff". A nota diz ainda que a presidente Dilma "agradeceu a dedicação dele à frente da pasta".
O POVO


Procurador da Câmara vai à Justiça cobrar de Cid Gomes nomes dos "achacadores"

Procurador da Câmara, o deputado Claudio Cajado (DEM-BA) disse que entrou com um processo extrajudicial e dois judiciais contra o ministro da Educação, Cid Gomes. Ele quer que o ministro reconheça a autoria da fala em que se refere a deputados como “300 ou 400 achacadores”, indique quem seriam tais parlamentares e quais os malfeitos imputados a eles.
Cajado minimizou a defesa de Gomes, segundo quem as declarações sobre "achacadores" refletem a sua opinião pessoal, não sua posição como ministro. “O senhor foi ao Pará como ministro, participar de um ato oficial, usando avião da FAB. Não pode se furtar de ter dito [a fala contra o Congresso] investido na função do ministro”, afirmou o deputado.
Cajado disse ainda que, se não apontar os crimes e os culpados, Cid Gomes é cúmplice dos malfeitos. “Se se calar, o dinheiro continuará com os achacadores, e o senhor será réu”, cobrou.
O deputado Julio Lopes (PP-RJ) disse que o ministro da Educação presta um desserviço ao vir à Câmara com um discurso de confronto e afronta. “Compareceu acompanhado de uma claque, que não sabemos de onde veio, não para se desculpar, mas compareceu a esta Casa para nos afrontar”, criticou. Lopes acusou ainda o ministro de tentar uma “nobre saída” ao deixar o ministério com o discurso de herói, porque afrontou o Parlamento.