segunda-feira, 16 de março de 2015

PDT irá lançar candidato a presidente em 2018

O PDT já está se preparando, a nível nacional, para postular a Presidência da República, em 2018, com candidato próprio. A informação foi divulgada pelo ex-senador e presidente estadual de honra do partido, Flávio Torres. Ele, inclusive, disse que o assunto foi tema de discussão, durante convenção nacional da sigla, na semana passada.
“O PDT está amadurecendo a ideia de que deve lançar candidato próprio a chefia do País. Assunto que já, no atual momento, é quase consenso. Um partido é que nem um time de futebol: tem que jogar para ganhar”, destacou, ao tratar da sucessão da presidente Dilma Rousseff. 
Nomes
Com relação a nome para disputar o cargo, disse que o partido tem muitos e bons quadros, mas, por enquanto, a ideia está sendo amadurecida para depois discutir-se nomes. Algo, segundo ele, para tratar somente em maio ou junho de 2018. No entanto, destacou o senador Cristóvão Buarque, que, de acordo com ele, possui um discurso forte, no tocante à educação brasileira.
O ex-parlamentar, porém, afirmou que o País vive a maior crise da sua história e o que tem que fazer é lutar, com todas as ferramentas, para sair dela. Para que isso possa acontecer, disse que a população tem que sofrer com os aumentos de preços, que já estão acontecendo. Por outro lado, o governo precisa cortar gastos.

Lava Jato: siglas políticas envolvidas podem ter que ressarcir Petrobras

Os partidos políticos envolvidos no escândalo da Operação Lava Jato podem ser obrigados a responder financeiramente pelos prejuízos causados à Petrobras, caso se comprove que eles receberam mesmo propina. De acordo com a coluna de Mônica Bergamo, a tese jurídica começou a ser debatida entre envolvidos nas investigações, mas é controversa. Isso porque poderia significar o fim de algumas legendas, que não teriam recursos para arcar com pesadas multas. Até agora são investigados políticos de PT, PMDB, PSDB, PP e PTB. Os valores envolvidos no escândalo já foram estimados em centenas de milhões de dólares.

Levy Fidelix é condenado a pagar R$ 1 milhão por declarações homofóbicas

O ex-candidato à presidência da República pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) Levy Fidelix foi condenado, na última sexta-feira (13), pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a pagar uma multa de R$ 1 milhão por danos morais por ter feito declarações homofóbicas durante a campanha eleitoral de 2014. A ação com pedido de reparação por danos morais foi movida pelo movimento Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT). A declaração foi feita no dia 28 de setembro de 2014, durante um debate na TV. Na ocasião, Fidelix afirmou que “dois iguais não fazem filho” e “aparelho excretor não reproduz” ao ser questionado sobre casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. A decisão é de primeira instância e cabe recurso. O ex-presidenciável ainda comparou a homossexualidade à pedofilia, afirmando que o Papa Francisco vinha promovendo ações de combate ao abuso sexual infantil, afastando sacerdotes suspeitos da prática. O candidato teria afirmado ainda que o mais importante é que a população LGBT seja atendida no plano psicológico e afetivo, mas “bem longe da gente”. Para a Justiça, as declarações do então candidato ultrapassaram os “limites da liberdade de expressão, incidindo em discurso de ódio”. A sentença ainda destaca que muitos homossexuais sofrem agressões por causa de sua orientação sexual - algumas chegando a resultar em morte: “isso reflete uma triste realidade brasileira de violência e discriminação a esse segmento, a qual deve ser objeto de intenso combate pelo Poder Público, em sua função primordial de tutela da dignidade humana”. Ainda é salientado que o candidato agiu de forma irresponsável, assim como o seu partido, o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB). A indenização será revertida para ações de promoção de igualdade da população LGBT, conforme definição do Conselho Nacional de Combate à Discriminação LGBT.

Manifestação contra Dilma em Iguatu

Os números não foram iguais aos dos grandes centros,  mas marcou a sua participação no movimento nacional contra a presidente Dilma Rousseff. Em Iguatu pela primeira vez aconteceu uma manifestação que foi organizada através das redes sociais.
Algumas dezenas de populares que se concentraram na Praça da Matriz e fizeram o seu protesto com cartazes, bandeiras  e até com charanga. A concentração teve início as 15h e aos poucos o grupo foi entrando no clima das manifestações que aconteceram pelo território nacional.

O movimento que teve a mobilização apenas pelas redes sociais rompeu barreiras e demostrou que a insatisfação da população pode e deve sair da internet e ir para as ruas.

Política é quatro vezes mais popular que BBB nas redes sociais

A política passou na frente do Big Brother Brasil no ranking de assuntos mais comentados da internet. Pelo menos, é o que revela uma pesquisa que analisou mais de 2 milhões de citações online. Somente nas duas últimas semanas, falou-se quatro vezes mais de temas políticos do que do reality da Globo. 
Foram monitoradas todas as menções aos termos BBB (incluindo Big Brother), Dilma, impeachment, protestos e Lava Jato entre o dia 26 de fevereiro e 12 de março, no Facebook, Twitter e Instagram. A pesquisa constatou que apesar de estar perdendo relevância, o BBB ainda é um dos programas mais populares da emissora. 
Mais da metade das referências registradas pela pesquisa foi à presidente Dilma Rousseff. As menções à petista começaram a se intensificar nas sexta-feira, dia 6, com a revelação da lista dos políticos que seriam investigados por suspeita de corrupção no âmbito da operação Lava Jato. Elas atingiram seu auge na segunda-feira, dia 9, um dia após o panelaço que ocorreu durante pronunciamento de Dilma pelo Dia da Mulher.
A pesquisa, encomendada pela BBC Brasil, foi feita pelo sistema de pesquisa e inteligência em redes sociais Airstrip. Segundo um dos diretores da empresa, Rafael Arrigoni, o peso do BBB ainda é grande nas redes sociais, mas o ativismo político, além de sempre ter força no mundo online, vem ganhando mais espaço desde os protestos de 2013.

Monopólio das ruas não é mais da esquerda

Estive na manifestação de hoje (15/3/2015), na Praça Porgtugal (Fortaleza) contra o governo Dilma Rousseff (PT). Talvez nem precisasse dizê-lo, mas compareci como observador, jornalista, do mesmo modo que fiz nos protestos de junho de 2013.
Números
Não vou discutir números de participantes – cada um há de ter o seu -, porém, havia muita gente. A Praça Portugal estava lotada transbordando para as ruas adjacentes (quem não conhece pode recorrer ao Google Maps). Entrar na batalha dos números é de menor importância; há de se reconhecer que foi uma mobilização importante, que ocorreu em várias cidades importantes do país. 

Público
Os organizadores conseguiram reunir um público diversificado, de idades diversas, e o perfil econômico das pessoas que participaram talvez não difira muito dos manifestantes que defenderam o governo, na sexta-feira (13/3/2015). Outra questão importante: o monopólio das ruas, desde a redemocratização (que hoje completa 30 anos), era da esquerda, agora não é mais.

Oradores
Durante o evento, nenhum dos oradores clamou por um golpe militar (conhecendo como se processam as manifestações, à direita e à esquerda suponho que isso deve ter sido intensamente debatido pelos organizadores). Na manifestação, vi apenas três cartolinas, afixadas nos espinhos de um gravatá, sem ninguém por perto para assumir a autoria “Fora Dilma. Só as Forças Armadas salva [sic] o Brasil”.

Obsessão: Cuba e Venezuela
A palavra de ordem mais pronunciadas pelos oradores foi “Fora Dilma e o PT”, sempre compartilhado pelo público, que interagia bastante. Fora disso, tanto os oradores quanto o público, tinham uma estranha fixação com Cuba e Venezuela, países sempre vistos com anticristos a serem combatidos. A propósito, o público manifestava regozijo quando algum dos oradores mandava que Lula e Dilma se “mudassem” para um desses países.

Sem confrontos
Durante o tempo em que fiquei na Praça Portugal, a manifestação foi tranquila; não vi nenhum confronto. Policiais da Tropa de Choque revistavam mochilas. A PM inclusive foi muito aplaudida quando um dos oradores elogiou o trabalho deles.

A culpa é do PT
Se fosse resumir a fala dos oradores, diria que todos culpam o PT por todos os problemas do país (uma coisa normal em qualquer movimento, que costuma dividir a humanidade em “nós” e “eles”, de modo a permitir fácil identitificação na “massa”).  Alguns oradores também criticaram as leis brasileiras que, segundo eles, protegem bandidos e não deixam a polícia trabalhar.

PLÍNIO BORTOLOTTI

Qual a graça de falar do PT

Não tem graça nenhuma escrever sobre o PSDB. Ninguém fica torcendo pelo PSDB, ninguém é fanático pelo PSDB ou contra o PSDB. É um partido que não desperta paixões. Um partido de isopor.

Escrever sobre o PT é muito mais divertido. Primeiro, porque o PT é cheio de contradições maravilhosas. Você pode passar o dia citando-as, e ainda vai sobrar para a janta. Segundo, porque, se você elogiar o PT, por sutil e discreto que seja o elogio, um monte de gente vai xingá-lo das coisas mais curiosas.

Outro dia, escrevi que o Lula é um dos políticos mais sensíveis da história do Brasil, e um leitor me enviou um e-mail com uma única frase: "Além de ferrenho defensor dos homossexuais, o senhor é comunista".


Agora me diga: por que dizer que o Lula é um político sensível significa que eu seja comunista? Ou ferrenho defensor dos homossexuais?

Se bem que sou mesmo. Ferrenho defensor dos homossexuais, digo, não comunista, embora goste daquela famosa maldição de Marx, referindo-se aos seus furúnculos: "A burguesia vai lembrar das minhas pústulas até a hora da sua morte!"

Seja.

A terceira razão por que é divertido escrever sobre o PT é que os petistas ficam genuinamente furiosos, quando você critica o partido. Eles acreditam mesmo que o PT pretende salvar os pobres e tudo mais. Aí eles tentam debochar ou chamam-no de direitoso, capacho dos patrões, coxinha, tucano.

E aí voltamos ao PSDB.

O PSDB, hoje, só existe por causa do PT. Porque grande parte da população brasileira (neste momento, tenho certeza de que a maioria) detesta o PT.

Pense nas eleições do ano passado. Lembre-se de quando o Campos morreu.

Quando o Campos morreu, as pessoas se agarraram nele. Ou: na sua imagem. Ele começou a aparecer na TV com aqueles seus olhos cor de piscina, junto com a mulher chorosa e os filhos vários, um homem tão bom, que havia falecido tão jovem, e os brasileiros pensaram: "É ele! Ele é que tinha de ser o nosso candidato para nos livrar dessa chatonildice dos petistas!" Então, a representante do Campos na Terra, a Marina, decolou nas pesquisas, e houve quem achasse que ela venceria no primeiro turno.

Aí os petistas fizeram aquele criterioso trabalho de destruição moral da Marina, no que eles são ótimos, e ela ficou fora do segundo turno, e quem apareceu?

O Aécio.

Ele estava em terceiro, chegou em segundo, quase empatando, e hoje venceria fácil. Aécio Neves tornou-se uma alternativa, e por uma só razão: porque não havia outra.

Na verdade, poucos dão bola para o Aécio Neves e quase ninguém dá bola para o PSDB.

O que importa é o PT. O PSDB só existe em oposição ao PT. Se não houvesse PT, o PSDB não passaria de um tucano empalhado.

A manifestação deste domingo foi contra o PT, mais do que contra o governo ou contra a Dilma. Dilma no governo, sem o PT, e muito menos gente protestaria. O PT é o alvo. Contra o PT é muito mais divertido.

Por David Coimbra/RBS


domingo, 15 de março de 2015

Em novo vídeo, Aécio diz que 15 de março será lembrado como o "dia da democracia"

O senador Aécio Neves divulgou novo vídeo neste domingo, comentando os protestos anti-Dilma que ocorrem em todo o país e alguns países do mundo. Nas imagens, ele aparece com uma camiseta da Seleção Brasileira, mesma vestimenta usada por diversos  manifestantes nos atos de repúdio ao governo da presidente petista. Aécio diz que 15 de março ficará marcado na história como o "dia da democracia", e  explica o motivo que o fez não ir às ruas junto com o povo brasileiro. Nas palavras do tucano,  "foi pra deixar muito claro quem é o grande protagonista dessas manifestações, o povo brasileiro". Para finalizar, Aécio diz que o caminho está começando a ser trilhado, e pede para que a população não se disperse.


Precisamos de uma cultura de paz e tolerância

Apesar de me considerar uma pessoa otimista, confesso que me sinto cansada de ver tantas imagens negativas e de ler tantos textos catastróficos ultimamente. Parece que as pessoas perderam a noção da lógica, da verdade e do bem viver. Não me considero alienada e nem acomodada, pelo contrário, sou adepta e promovedora de mudanças, mas desde que tenham um sentido, coletivo ou individual. Não posso concordar com as pessoas que estão pregando o terror na mídia e redes sociais como forma de mudança. Outro dia, recebi um vídeo que abri inocentemente pensando tratar-se de um lançamento de filme, e fiquei estarrecida ao ver que eram cenas de terroristas cortando cabeças com seus mínimos detalhes. O que isso significa? Até que ponto chegamos com estas imagens grosseiras sendo enviadas para os amigos como se fossem presentes? 
O mundo atual parece agonizar no nível das relações humanas, das relações políticas e sociais que estabelece. Dos quatro cantos da Terra, conflitos, violências, guerras, atentados, chegam aos nossos ouvidos, afligem nossas mentes, ferem nossa sensibilidade, ameaçam nossa capacidade de amar e impedem acordos de paz, tanto os pessoais como os internacionais. Somos ainda culturas arrogantes, tolas e intolerantes, com dificuldades de pedir desculpas e de perdoar os outros. Ao invés disso, a intolerância tem sido aguçada, e parece tornar-se um meio de afirmação, sobretudo nos jovens, que têm reagido com violência às mínimas frustrações ou confrontos relacionais. Bate-se nas pessoas por motivos tolos e mata-se banalmente. É muito estranha essa via de afirmação violenta.

Em nossa cultura, em nosso tempo, tolerância e bom senso tornaram-se valores obsoletos. Parecemos uma sociedade que perdeu o interesse pelo futuro. Essa apatia indica que não existem projetos coletivos que deem sustentação e sentido à vida. Esse vazio leva tanto as pessoas a se suicidarem, como a tornarem-se bombas vivas de ódio e intolerância. O corpo humano feito instrumento bélico, tornou-se a mais imprevisível das armas, contra a qual nada pode prevenir, a não ser uma maior valorização da vida e das pessoas. Parece que chegamos ao fim do poço da banalização de dimensões preciosas da existência. Instaurou-se a agonia como ingrediente do nosso cotidiano. As defesas arrogantes, os narcisismos feridos, as onipotências quebradas, ficam muito perigosas num mundo destituído de ética. E o curso dos acontecimentos não indica que o quadro se reverta em breve. Esses narcisismos são impregnados de ódio, as nações medem forças, impõem-se pela arrogância.
Na era da informação de massas e da política espetacular, a exaustão é permanente. A informação nos satura antes que a reflexão e a dinâmica social encontrem alguma solução. Somos invadidos por uma multiplicidade de imagens destrutivas que nos deixa sem fôlego. Ansiamos pelo oxigênio da paz. Mas a paz que se quer para si, para o mundo, para os povos, terá de começar por cada um de nós. Teremos de reaprender o gosto pelo ético, pelo relacional, pelo amoroso. Desconstruir hábitos perversos de gozar com a dor alheia, de querer vitórias ao preço da autoestima dos outros.
A paz que buscamos como seres humanos, como cidadãos do mundo, terá de processar corajosamente transformações internas que instalem em nós o exercício da tolerância, a capacidade do perdão. Do contrário, seremos como o lindo robô de Spielberg no filme “Inteligência Artificial”, que embora programado para amar, vivia na inquietude de não ser humano, não podendo, portanto, ser feliz!

Zenilce Bruno

zenilcebruno@uol.com.br
Psicóloga, pedagoga e sexóloga

O Povo

Marina diz que impeachment seria "aprofundar o caos"

Um dia antes das manifestações contra a presidente Dilma Rousseff (PT) saírem às ruas nas principais capitais do País, a ex-senadora Marina Silva (PSB) divulgou ontem um texto no seu site oficial em que refuta o impeachment da petista e afirma que um processo como este pode levar ao “aprofundamento do caos.”
“Muita gente vai para as ruas protestar. Há uma campanha pedindo o impeachment da presidente que foi eleita há poucos meses. Compreendo a indignação e a revolta, mas não acredito que essa seja a solução. Talvez o resultado não seja o pretendido retorno à ordem, mas um aprofundamento do caos”, escreveu Marina.
Terceira colocada na disputa presidencial de 2014, a ex-senadora defende que seja dado um “prazo inicial a todo governo eleito, para que diga a que veio”. Segundo a pessebista, essa tese é válida também “quando o escolhido - ou guiado pelas estrelas - recebe da sociedade a cômoda ou incômoda tarefa de suceder a si mesmo”, ou seja, para os reeleitos como a presidente Dilma. 
Apesar das ponderações que faz quanto ao impeachment, Marina não deixa de provocar o partido em que esteve filiada por 24 anos: 
“O impeachment seria uma punição ao PT, sem dúvida”, diz. “Uma resposta no mesmo padrão criado pelo partido quando estava na oposição: gritar ‘fora’ a qualquer governo, com ou sem provas de corrupção, pela simples avaliação ideológica de que eram governos impopulares ou contrários aos trabalhadores.”

Marta Suplicy publica mensagem em apoio a protestos e com críticas ao governo

De saída do PT, a senadora paulista Marta Suplicy postou no Facebook uma mensagem em apoio às manifestações que acontecem neste domingo (15), em todo o País, contra o governo da presidente Dilma Rousseff. No texto, a ex-prefeita de São Paulo também disparou, mais uma vez, duras críticas ao governo Dilma, avaliado por ela como "incapaz de dar respostas a uma sucessão de crises". "Domingo que marca uma importante manifestação cívica dos brasileiros. Que seja pacífica e democrática. Protestos contra os equívocos e a inércia de um governo que se tem mostrado incapaz de dar respostas a uma sucessão de crises. Que saibam compreender a mensagem das ruas. Um bom domingo para o Brasil e os brasileiros", escreveu Marta, que negocia sua ida para o PSB para disputar a Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2016.

sábado, 14 de março de 2015

Dólar dispara e fecha semana a R$ 3,24, maior cotação em quase 12 anos

Com alta de 2,77%, a maior deste ano desde 30 de janeiro (2,96%), o dólar comercial fechou a semana cotado a R$ 3,249. Ao longo do dia, a moeda americana chegou a valer R$ 3,28, mas reduziu a alta no fim da sessão. A cotação desta sexta-feira (13) é a maior desde 2 de abril de 2003, quando a moeda norte-americana valia R$ 3,259. De acordo com a Agência Brasil, a alta de sexta foi bem maior que a de ontem, quando o dólar subiu 1,08% e fechou cotado a R$ 3,16. A moeda acumula alta de 6,3% nesta semana e de 13,76% no mês. A valorização acumulada no ano chega a 22,2%. A recuperação da economia dos Estados Unidos, que aumenta a possibilidade de elevação dos juros americanos, tem feito o dólar se valorizar em relação a várias moedas. Juros mais altos nos países desenvolvidos reduzem o fluxo de capital para países emergentes, como o Brasil, pressionando o dólar para cima. De acordo com a Agência Brasil, problemas internos na economia brasileira fazem com que a moeda americana se valorize mais. Economistas defendem a implementação do plano de ajustes financeiros do governo federal e a sinalização de outras medidas para recuperar a confiança do mercado e reduzir a especulação cambial.