O aumento das siglas pequenas – os considerados partidos nanicos – na eleição deste domingo (5) motivou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Dias Toffoli, a defender a cláusula de barreira para restringir o repasse de verba a estes grupos. A cláusula de barreira é um dispositivo que restringe a atuação parlamentar de um partido caso não alcance um percentual de votos determinado. Isso implica em representação em debates e a questão financeira. De acordo com a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, elevaram de 22 para 28 o número de siglas com representação na Câmara dos Deputados. Três siglas nanicas elegeram apenas um deputado – PT do B, PRTB e PSL, enquanto outras três emplacaram a dois – PEN, PSDC e PTC. O Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a cláusula em 2006, decisão que o Toffoli discorda.
O outro ofício trata da liberação de recursos da ordem de R$ 3,4 milhões para a execução da adutora de Tauá. “Já estamos na terceira etapa da construção de adutoras, que têm minimizado os efeitos da seca. Nesse momento, outro grupo de adutoras atende 117 mil pessoas, e tivemos outras 286 mil pessoas em outra etapa
Nelson Martins lembrou um conjunto de ações já realizadas para minorar os efeitos da seca. Segundo o deputado, 700 mil pessoas têm abastecimento hoje no Estado. “Só temos o que agradecer ao Governo do Estado e ao Governo Federal. Além da transposição das águas do rio São Francisco, temos dois grandes projetos coordenados pela Secretária de Desenvolvimento Agrário: o São José III e o Água para Todos”, ressaltou.
Ainda de acordo com o parlamentar, o projeto São José atende projetos de até 500 famílias, e só no município de Cascavel são três grandes projetos. “As famílias recebem não só a água em casa, mas os módulos sanitários. Temos mais de 500 projetos que estão em fase de licitação”, assinalou.
Em aparte, o deputado Carlomano Marques (PMDB) disse que existe grande ansiedade em relação ao problema da água. Afirmou que, independente do novo presidente da República ou futuro governador do Ceará, é preciso repensar a questão da distribuição da água. “Não quero fazer críticas oportunistas, mas, por exemplo, não posso entender como uma cidade como Pacatuba, que possui um dos maiores açudes do Ceará, o Gavião, o povo não tenha água. A maioria não tem nem torneira”, pontuou.