terça-feira, 17 de setembro de 2013

Opinião: amanhã, o Brasil muda !

Comecei a escrever este ar­tigo e parei. Minhas mãos tremiam de medo diante da gravidade do assunto. Parei. Tomei um calman­te e recomecei. Não pos­so me exacerbar em in­vectivas, em queixumes ou denúncias vazias. Tenho de manter a ca­beçafria (se possível) para analisar os efeitos do resultado do julgamento do mensalão, que virá amanhã. "Tomorrow, and tomor­row, and tomorrow" (...) "o amanhã se infiltra dia a dia até o final dos tempos" escreveu Shakespeare em "Macbeth" (ato 5 cena 5); pois o nosso amanhã pode nos jogar de volta ao passado, provando a nós cidadãos que "a vida é um conto narrado por um idiota, cheio de som e fúria, significando nada" Ou que "a nossa vida será uma piada" na tradução livre de Delubio Soares. No Brasil nunca há "hoje"; só ontem e ama­nhã.

Amanhã será amanhã ou será ontem. De­pois de tanto tempo para se (des)organizar uma república democrática, o ministro Celso de Mello tem nas mãos o poder de decretar nosso futuro. Esta dependência do voto fatal de um homem só já é um despautério jurídico, um absurdo político. O "sagrado" regimento interno do STF está cuidadosamente elabora­do por décadas de patrimonialismo para invi­abilizar condenações. Eu me lembro do início do julgamento. Tudo parecia um atemorizante sacrilégio, como se todos estivessem cometen­do o pecado de ousar cumprir a lei julgando poderosos. 

Vi o "frisson" nervoso nos ministros-juízes que, depois de sete anos de lenti­dão, tiveram de correr para cumprir os prazos impostos pelas chicanas e retardos que a gan­gue de mensaleiros e petistas conseguiu criar Suprema ironia: no país da justiça lenta, os mi­nistros do Supremo foram obrigados a "andar logo" "mandar brasa" falar rápido, pois o Peluso tinha de votar, antes de sair em setembro. E só houve julgamento porque o ministro Ayres Britto se empenhou pessoalmente em viabilizar prazos e datas. Se não, não haveria nada. Dois ministros impecáveis e com saúde foram aposentados com 70 anos. Poderiam ao menos terminar o julgamento; mas o "regimento" impe­diu. Sumiram de um dia para o outro, para gáudio dos réus. E foram nomeados em seu lugar Teori e Barroso, naturalmente ávidos para não se subme­ter ao ritmo de nosso Joaquim Barbosa e valorizar sua chegada ao tribunal. 

Até compreendo a vai­dade, mas entraram para questionar o próprio julgamento, como Barroso declarou. Amanhã, Celso de Mello estará nos julgando a todos; julgará o país e o próprio Supremo. Du­rante o processo, qualificou duramente o crime como "o mais vergonhoso da História do país, pois um grupo de delinquentes degradou a ati­vidade política em ações criminosas" E agora? Será que ele ficará fiel a sua opinião inicial? Ele fez um risonho suspense: "Será que evoluí?" — como se tudo fosse mais um doce embate ju­rídico. Não é. Se ele votar pelos embargos infringentes, estará acabando com o poder do STF, pois nem nos tri­bunais inferiores como o STJ há esses embargos. Nosso único foro seguro era (é?) o Supremo Tribunal. Precisamos de uma suprema instân­cia, algum lugar que possa coibir a cascata suja de recursos que estimulam a impunidade e o ci­nismo. 

Já imaginaram a euforia dos criminosos condenados e as portas todas abertas para os que roubam e roubarão em todos os tempos? Vai ser uma festa da uva. A democracia e a repú­blica serão palavras risíveis. O ministro Celso de Mello provavelmente não lerá este artigo, pois se recolhe num retiro pro­posital para consultar sua "consciência indivi­dual". Mas, afinal de contas, o que é essa "consciên­cia individual" apartada de todos os outros ho­mens vivos no país? O novato Barroso, considerado um homem "de talento robusto e sério" como tantas perso­nagens de Eça de Queiroz, já lançou a ideia e fa­lou de sua "consciência individual" com orgu­lho e delícia: "Faço o que acho certo. Indepen­dentemente da repercussão. 

Não sou um juiz pautado sobre o que vai dizer o jornal no dia se­guinte" Mas, quem o pauta? A coruja de Miner­va, o corvo de Poe, ou os urubus que sobrevoam nossa carniça nacional? Ele não é pautado por nada? A população que o envolve, não o como­ve? Ele nasceu por partenogênese, geração es­pontânea, já de capa preta e sapatos ou foi for­mado como todos nós pelo olhar alheio, pelos limites da vida social, pelas ideologias e pelos hábitos que nos cercam? Que silêncio "fe­cundo" é esse que descobre essências do Ser na solidão? Ele é o quê? O Heidegger do "re­gimento"? Essa ideia "barrosiana" de integri­dade não passa de falta de humildade, de narcisismo esperando iluminação divina. E Celso de Mello aponta nessa mesma dire­ção. Será? Será que ele terá a crueldade (esta é a palavra) de ignorar a vontade explícita da po­pulação pela violenta anulação de nove anos de suspense, por uma questiúncula em rela­ção ao "regimento"? Por que não uma interpretação "sistemática" da lei, em vez da estrita análise literal? Transformará a "justiça supre­ma em suprema injúria" sobre todos nós? Os acontecimentos benéficos ao país sem­pre voltam atrás, depois de uma breve eufo­ria. Assim foi o milagroso surgimento da opi­nião pública nas ruas, logo reprimida não pe­la polícia, mas pelos punks fascistas encapuzados que amedrontaram todos, para alegria do Executivo e Legislativo. Todos os escânda­los inumeráveis voltam ao nada. Um amigo me chama de pessimista; respondo que o pessimista é um otimista bem informado. 

A verdade é que, desde o início, o desejo de ministros como o Lewandowski e o Toffoli era retardar o julgamento. Eu gelei quando vi a cara impassível do Lewandowski analisan­do o processo por seis meses e o Toffoli não se impedindo de votar, apesar de suas liga­ções anteriores com Dirceu. Depois, os dois novatos chegaram para proferir sentenças contra o processo de que não participaram. Em tudo isso há sim um forte desejo de fer­rar o Joaquim Barbosa, por inveja da fama que conquistou. E afirmo (com arrogância de profeta) que amanhã o Celso de Mello, com sua impecá­vel "consciência individual" vai votar "sim" pelos embargos. Será a vitória para os bolcheviques e cor­ruptos lobistas. O.k., Dirceu, você venceu.

Por Arnaldo Jabor

Dilma diz que respeita decisões do Supremo

Agência Brasil (Brasília) – A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (17) que respeita as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ela, a harmonia entre os Poderes é um dos princípios de sua gestão. Nesta quarta-feira (18), o STF decide se aceita os embargos infringentes de 12 réus condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão. A medida pode levá-los a um novo julgamento.
“Quanto à questão dos embargos infringentes, o governo federal adota, em todos os casos em que a Justiça está envolvida, uma postura muito clara: não só respeitamos as decisões judiciais como não as comentamos porque a Justiça é um outro Poder e eu acho que esse é um princípio que respeita um dos itens fundamentais da Constituição, que é da harmonia dos poderes. A harmonia dos Poderes implica  respeito muito grande entre eles”, disse Dilma em entrevista a rádios gaúchas nesta manhã.
Nesta quarta-feira, o ministro Celso de Mello, decano do STF, decidirá se são cabíveis os recursos que pedem novo julgamento para 12 réus condenados na Ação Penal 470. A votação sobre a validade dos embargos infringentes está empatada em 5 a 5. Caso Celso de Mello vote a favor da validade do recurso, um novo julgamento ocorrerá provavelmente em 2014.
Embora os embargos infringentes estejam previstos no Regimento Interno do STF, uma lei editada em 1990 sobre o funcionamento de tribunais superiores não faz menção ao uso da ferramenta na área penal. Para alguns ministros, isso significa que esse tipo de recurso foi revogado.
Na última segunda-feira (16), o secretário-geral da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho, disse ter “crença histórica” de que não houve uso de recursos públicos no caso que está sendo julgado pelo STF. Para ele, esses recursos têm como origem o caixa 2 de empresas para financiamento de campanhas eleitorais. “Tenho uma crença histórica de que não houve uso de recursos públicos, e sim um erro que tem de ser punido, todos sabemos, de uso do caixa 2 em eleições e processos eleitorais. É disso que se trata, a meu juízo. Qualquer desvio tem de ser punido”.

PPS resgata “refundação” com Marina Silva

A possibilidade cada vez mais clara de a Rede Sustentabilidade não sair do papel – o projeto está longe de validar as 491 mil assinaturas necessárias – está deixando PPS animado com o provável resgate da ideia de incorporar a ex-ministra Marina Silva aos seus quadros. E, além do próprio ingresso da presidenciável, a legenda trabalharia um cenário de “refundação” informal da sigla.
Os pós-comunistas estão loucos para atrair um nome de peso para o partido, que tem atuado como parceiro do PSDB nas gestões comandadas pelos tucanos.  Os membros da direção da agremiação estão no aguardo da negativa da homologação da Rede para fazer um novo convite oficial a Marina.
Antes da ex-ministra, o flerte do PPS com o ex-governador José Serra se arrastou até o início deste mês. Entretanto, o eterno presidenciável ainda alimenta o desejo de disputar a Presidência da República pelo PSDB. Algo bastante improvável.
O PPS discute internamente mecanismos que possam transformar o partido num mecanismo mais orgânico nos Estados e municípios, e a possibilidade de contar com um presidenciável próprio é encarada como a saída para isso. Mas a ausência de quadros mais expressivos joga a sigla na condição de satélite de outras candidaturas.
O namoro do PPS com Marina já “seduziu” muitos marineiros, que deixaram o PV junto com a ex-ministra e aportaram nas hostes pôs-comunistas. O que tornaria a legenda num ninho pouco estranho para a presidenciável. Vale ressaltar que os pôs-comunistas tentaram, sem sucesso, uma fusão com o PMN. Mas, na reta final das negociações, os mobilizadores encerraram a discussão.

Lula quer falar com Eduardo Campos antes da saída do PSB


O ex-presidente Lula (PT) ainda nutre o desejo de contar com Eduardo Campos (PSB) na reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2014. Durante encontro com Dilma Rousseff na última sexta-feira (13), Lula pediu à presidente que adie a destituição dos cargos do PSB no governo até que ele tenha uma nova conversa com Eduardo Campos.
De acordo com Vera Magalhães, da Coluna Painel, segundo auxiliares da petista, Lula avalia que, se o governador do Pernambuco se mantiver no patamar atual de intenção de voto, entre 5% e 6%, ele não será candidato. Assim, se o Planalto romper prematuramente com o PSB, pode jogar o partido no colo de Aécio Neves, rival do PT.
RESPOSTA
O líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), diz que os cargos do partido estão “100% à disposição” de Dilma. “O senador Humberto Costa deveria tomar a mesma atitude em relação aos cargos que o PT ocupa em Pernambuco e na prefeitura do Recife”, disse Albuquerque.

Dilma decide cancelar viagem aos EUA em outubro


A presidente Dilma Rousseff decidiu hoje, terça-feira, 17,  que não fará a visita aos EUA que estava programada para o dia 23 de outubro. Segundo assessores do Palácio do Planalto, a informação será divulgada hoje à tarde.

O presidente americano, Barack Obama, telefonou ontem para Dilma na tentativa de evitar o cancelamento da visita de Estado da brasileira no mês que vem.

No telefonema ontem, a presidente Dilma disse ao colega americano ter dificuldades para manter a viagem marcada para 23 de outubro.

A ida da presidente aos EUA estava em análise após acusações de que ela e a Petrobras foram alvo de espionagem pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA), segundo reportagens no programa “Fantástico”, da TV Globo, neste mês.

Fonte: Folha de S.Paulo

Intemautas organizam ato em frente ao STF

Mobilização nas redes visa a pressionar ministro que decidirá sobre embargos Manifestantes de organizações anticor-rupção marcaram um protesto em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) para o dia da decisão sobre a validade dos embargos infringentes. No Facebook, o perfil "Movimento Contra a Corrupção" postou uma imagem com a convocação para que "um milhão de pessoas" compareçam amanhã, às 14h, à "porta do Supremo". Os internautas pedem ao ministro Celso de Mello a rejeiçâo dos recursos que podem abrir novo julgamento e prolongar o caso por tempo indeterminado. Também pressionam os ministros pela prisão imediata dos mensaleiros. Até agora, o chamado teve 10,5 mil compartilhamentos. Empatada em 5 a 5, a votação será decidida pelo decano do STF. Há ainda eventos marcados no Rio, em São Paulo e em Porto Alegre. O número de pessoas confirmadas para os atos dessas cidades é baixo: 1.100 pessoas em São Paulo, menos de 200 no Rio e 30 na capital gaúcha. No perfil "Mensaleiros na Cadeia" os embargos infringentes são chamados de "golpe" Na página "Rejeita Celso de Mello" uma petição contra os recursos foi divulgada. Conta com cerca de três mil assinaturas. Na rede social, os manifestantes também usam o humor para protestar contra a impunidade. Na página do "Movimento Contra a Corrupção", numa montagem, vilões como Freddy Krueger e Jason pedem para ser julgados pelo ministro Ricardo Lewandowski. Em uma fotografia que registra uma cela lotada, balões indicam que os presos reivindicam os embargos infringentes. Alguns internautas duvidam do alcance do protesto de amanhã. "Será? Se fosse um jogo de futebol ou showsejalá do que for, certamente teria mais de um milhão... mas nesse caso acho que será mais uma tentativa inútil como a de 7 de setembro" opina Dinelza Galvão.

Senado aprova projeto que acaba com prisão para boca de urna

Alterações ainda terão de passar por análise da Câmara -Brasília- No primeiro dia do esforço concentrado desta semana, o Senado aprovou ontem o texto-base do projeto da minir-reforma eleitoral, mas sem mudanças significativas nas regras vigentes, principalmente em relação ao financiamento de campanhas. A principal alteração proposta, derrotada já na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pela oposição, era a diminuição do prazo de campanha em um terço. No plenário, o texto recebeu quase 60 emendas, que serão apreciadas no segundo turno da votação. Um dos pontos polêmicos é o dispositivo que extingue como crime passível de prisão a boca de urna e o uso de alto-falantes no dia da eleição. As alterações ainda terão de ser aprovadas na Câmara. O projeto, relatado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), pretende baratear as campanhas e, para isso, fixou um teto de gastos com cabos eleitorais. Mas, ao contrário do que queria o PT, não proibiu a prática. O texto limita o aluguel de veículos para trabalhar nas campanhas, proíbe a instalação de placas, faixas e pinturas de muros e o epvelopamento de veículos automotivos. O projeto mantém o período das convenções eleitorais de 12 a 30 de junho e estipula o dia 7 de julho como data do início das campanhas. E reduz para 24 horas o prazo para publicação das atas de convenções (o atual é de 5 dias). O projeto manteve a proibição do uso do Fundo Partidário para o pagamento de multas e liberou o uso de imagens externas nas inserções de TV. E prevê que, no semestre do ano eleitoral, seja interrompida a suspensão dos repasses de Fundo Partidário para quem teve as contas desaprovadas. O texto sofreu diversas críticas, de senadores da base e da oposição, por não tratar a fundo temas de relevância, como o financiamento das campainhas e medidas moralizadoras, como a proibição de contratação de cabos eleitorais, o que, na prática, dizem esses parlamentares, possibilita à compra de votos. — Isso não é minirreforma, é uma nanorreforma. Manter cabos eleitorais é "fake" de compras de votos — afirmou o senador Pedro Taques (PDl-MT).

Justiça condena Claro a pagar R$ 30 milhões por falhas no atendimento

A Justiça Federal em Brasília condenou a empresa de telefonia Claro a pagar R$ 30 milhões por descumprir regras de atendimento ao consumidor. A informação foi divulgada hoje (17) pela Advocacia-Geral da União (AGU). Ainda cabe recurso.
A ação contra a empresa foi movida pelo Ministério Público Federal (MPF), por institutos de defesa do consumidor, além da AGU. As entidades alegaram que a Claro não cumpre o Decreto 6.523/2008, que regulamenta o atendimento aos usuários por meio de call center, central de atendimento por telefone.
De acordo com a AGU, a empresa é a recordista de reclamações relacionadas a serviços de telefonia nos órgãos de proteção ao consumidor. Segundo informado no processo pelas entidades, de janeiro de 2009 a abril de 2011, o número de reclamações contra a Claro subiu 127 % (de 1.031 para 2.347). No mesmo levantamento, a queixa contra outras operadoras foi 9%.
Na decisão, a juíza Danielli Farias Rabelo, da 3ª Vara Federal de Brasília, disse que a empresa deve ser condenada a pagar indenização de R$ 30 milhões por gerar dano moral à coletividade.
“Diante dos diversos processos administrativos anexados à inicial, não se podem desconsiderar as consistentes provas do dano coletivo que experimentou os consumidores da Claro em razão da falha na prestação dos serviços de telefonia. Ademais, conforme consignado, a deficiência e ineficiência dos atendimentos prestados pelos call centers são publicamente conhecidas”, justificou.

Agência Brasil

MP solicita alteração de edital do concurso público de Icapuí

O Ministério Público do Estado do Ceará enviou uma recomendação ao prefeito de Icapuí, ao Instituto Bezerra Nelson Ltda e à comissão responsável pelo concurso público municipal previsto para ocorrer nos próximos dias 22 e 29 de setembro. O pedido é para que o edital do certame seja retificado em relação à exigência para os cargos de turismólogo e técnico em radiologia. A recomendação é foi enviada no último dia 12 pelo promotor de Justiça Adriano Jorge Pinheiro Saraiva.

No documento, o MP solicita que seja exigida a graduação tecnológica para o exercício da função de turismólogo. O edital publicado pela Prefeitura pede que o candidato tenha cursado o bacharelado em Turismo, mas essa exigência fere o artigo 2º da lei federal nº 12.591/2012, que define a atividade de turismólogo no Brasil. 

Além disso, o promotor de Justiça pede que o salário para o cargo de técnico em radiologia seja alterado de R$ 933 para R$ 1.720, sendo acrescido ainda sobre esse vencimento o percentual de 40% correspondente ao risco de vida e à insalubridade. O salário citado é o mínimo a ser pago para um profissional da área.

Com base na lei 7.394/85, o MP recomenda ainda que a jornada de trabalho dos técnicos seja de 24 horas semanais, e não de 40 horas, como prevê o edital em questão. Outra retificação solicitada pelo Ministério Público é que seja exigido diploma expedido  por uma escola técnica de radiologia para as pessoas que vão atuar na área. O Conselho Regional de Radiologia – 2ª Região/CE representou junto ao Ministério Público para contestar as cláusulas do edital. 
 É dado um prazo de cinco dias úteis para que o pedido seja atendido. Em caso de descumprimento, o Ministério Público ressalta que tomará as medidas cabíveis, incluindo o ajuizamento de uma ação civil pública.


                 MP pede nomeação de aprovados em concurso da Câmara Municipal

Também no dia 12 de setembro o promotor de Justiça Adriano Jorge Pinheiro Saraiva ingressou com um mandado de segurança junto à Vara Única da Comarca de Icapuí. A intenção é que a Câmara Municipal seja condenada a convocar e nomear os aprovados no concurso público anunciado pelo edital nº 01/2002, de 14 de agosto de 2012. A publicação do resultado do certame se deu em 4 de dezembro de 2012 e a homologação foi publicada no Diário Oficial  nº 147/2013, de 8 de agosto de 2013.

No dia 19 de agosto, foi publicada a portaria de convocação das pessoas que se classificaram dentro do número de vagas, mas a Câmara Municipal não nomeou os aprovados, mesmo tendo sido procurada por várias vezes pelo Ministério Público e pelos próprios candidatos.

“É oportuno observar que, se o poder público realizou concurso e divulgou um determinado número de vagas, é porque precisa que essas vagas sejam preenchidas pelos candidatos aprovados, que têm direito à nomeação”, afirma o promotor no documento. Ele lembra ainda que já existe no Brasil um entendimento por parte do Superior Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de que o candidato classificado dentro do número de vagas previstas em um concurso público tem direito líquido e certo à nomeação.

Justiça do Ceará condena a empresa Google a pagar R$ 10 mil

O Google Brasil Internet Ltda. deve pagar R$ 10 mil de indenização por manter duas comunidades de usuários que difamam o Instituto Cidades (Centro Integrado de Desenvolvimento Administrativo, Estatístico e Social). A decisão é do juiz Cid Peixoto do Amaral Netto, titular da 3ª Vara Cível de Fortaleza.

O Instituto Cidades alegou que organizou e realizou concursos para diversos órgãos públicos, sendo todos de grande repercussão nacional e de nível bastante elevado. Após pesquisa feita no site de relacionamentos Orkut, de propriedade do Google, foi constatada a existência de duas comunidades Instituto Cidades Nunca Mais e Lesado pelo Instituto Cidades. Ambas fazem referência à empresa de maneira grosseira com termos pejorativos, injuriosos e difamatórios.

Tais informações são de livre acesso, inclusive nas comunidades, ou seja, não apenas os que participam delas podem ver o conteúdo. O Instituto alegou que a empresa não verifica os dados informados pelos usuários, possibilitando assim a criação de perfis falsos e comunidades criminosas.

Sentindo-se prejudicada, no dia 7 de maio de 2007, a entidade ajuizou ação (nº 0030545-67.2007.8.06.0001), com pedido de tutela antecipada, requerendo a retirada do conteúdo da Internet. Além disso, pleiteou indenização por danos morais.

Em 24 de junho de 2008, o juiz concedeu a liminar conforme requerido. Na contestação, o Google afirmou não ser responsável pelo conteúdo postado no Orkut pelos usuários que, ao se cadastrarem, assumem, pessoalmente, todas as responsabilidades pela operação dos perfis e comunidades, bem como de permissão de visibilidade e acesso a outras pessoas.

Mesmo com a determinação judicial, o conteúdo não foi excluído do Orkut. Ao julgar o caso, o magistrado ressaltou que “resta induvidoso o abalo moral sofrido pela parte autora (Instituto) já que são incontáveis os prejuízos advindos da expressiva vinculação dos fatos desabonadores mencionados”.

Em decorrência, fixou o prazo de cinco dias para a retirada de tudo que esteja denegrindo a imagem do Instituto Cidades, além de determinar a reparação moral de R$ 10 mil. O juiz destacou, ainda, que a “insistência por parte da ré (Google) de conservar notícias que denigrem a imagem da empresa autora remonta um histórico perigoso de não cumprir decisões judiciais, trazendo, irremediavelmente, danos de ordem moral e que podem influenciar na saúde financeira da parte requerente”.

A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico dessa sexta-feira (13/09).

TJCE

domingo, 15 de setembro de 2013

Ex-BBB Kléber BamBam será candidato a deputado pelo PRB-SP

O ex-participante do programa da TV Globo “Big Brother Brasil”, Kléber BamBam, se filiou ao PRB-SP e será candidato a deputado estadual. Ele foi convidado pelo apresentador Celso Russomanno, ex-candidato a prefeito de São Paulo. Bambam diz que vai trabalhar “pelo povo, pela educação e pelo esporte” na política.

“Conheço o Celso da TV, o trabalho que ele faz é para o povo. Eu costumo dizer quando vou na TV que sou um artista do povo, só que sou transparente com minhas atitudes. Até mesmo de ter saído do BBB, mostrei que o dinheiro não é tudo.  Quero representar bem o povo, eu já vivi os dois lados da moeda, acho bacana conhecer agora o que acontece por dentro. O país estava muito desorganizado, agora começou a desorganizar e a verba que entra na política é muito grande, mas precisa estar dentro pra saber como funciona porque é uma país muito difícil, com muitas pessoas carentes”, afirmou o ex-BBB.

Para Lula, não é momento de hostilizar Eduardo Campos

Em passagem por Brasília na última sexta-feira (13), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a interlocutores que não é hora de hostilizar o governador Eduardo Campos (PSB-PE). Lula e Campos voltaram a conversar desde que estourou a onda de protestos pelo país, em junho.
Mas no Palácio do Planalto há uma forte pressão para tirar de cargos estratégicos do governo os aliados de Campos, entre eles o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.
Dilma Rousseff ficou contrariada com o encontro de Campos com o tucano Aécio Neves e com a defesa que o pernambucano fez do diplomata Eduardo Saboia, responsável pela fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina para o Brasil.
Blog do Gerson Camarotti