terça-feira, 10 de setembro de 2013

Justiça determina a reforma da Cadeia Pública de Mauriti

A juíza Danila Cláudia Le Sueur Ramaldes determinou que o Governo do Estado reforme a Cadeia Pública de Mauriti ou construa uma nova unidade, em um prazo de 120 dias. A decisão data de 26 de agosto e atende a um pedido feito pelo Ministério Público do Estado do Ceará, através do promotor de Justiça Ythalo Frota Loureiro. Ele havia ajuizado uma ação civil pública em outubro de 2006, alegando que não há no Município condições adequadas para a manutenção dos detentos.

Desde 2005 o MP realizou diversas visitas de inspeção no local, ocasiões em que foi constatada a flagrante má condição de funcionamento da unidade. Além da superlotação, a Cadeia não tem as mínimas condições de higiene, salubridade e segurança, inclusive já tendo registrado fuga de detentos. “Em recente processo instruído, está sendo apurada a facilidade que moradores locais têm de fornecer drogas e celulares para os presos, além de adentraram a Cadeia em dias em que não é permitida a visitação, demonstrando a falha na segurança”, acrescenta a magistrada.

Ressalte-se ainda que por diversas vezes a Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado foi oficiada pelo MP sobre a necessidade de solucionar o problema, mas não foram tomadas as providências cabíveis. A ação tramita há 7 anos e, até a presente data, o Estado não construiu a nova cadeia que era prometida para o biênio 2009/2010, nem tampouco reformou a unidade existente. 

Em caso de descumprimento da decisão, a juíza determina o pagamento de multa diária de R$ 10 mil, a ser depositada no Fundo Estadual de Direitos Difusos e Coletivos (FDID). Além disso, o representante do Estado deve responder por crime de desobediência. 

MPCE

Prefeito de Boa Viagem tem mandato cassado

Eleitoral (TRE). A votação foi realizada nessa segunda-feira (9) e Assef foi derrotado por unanimidade (6X0).
Esta é a segunda vez que o político é derrotado pela Justiça Eleitoral, em menos de 30 dias. A primeira votação, com pedido também de cassação do diploma, teve o resultado de cinco votos contra e um a favor de Assef.
Entenda a notícia:
O pedido de cassação votado pelo TRE foi feito pela coligação que tinha como candidata a prefeita Aline Vieira (PR), com base em irregularidades cometidas na gestão de Fernando. As duas derrotas impostas ao prefeito de Boa Viagem não entendem de permanecer no cargo.
Asset entrará com embargos declaratórios junto ao TRE, como estratégia para protelar o seu afastamento definitivo do comando administrativo da cidade. Depois do TRE Fernando poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Do Ceará Agora

Inscrições reabertas para quem quer ser voluntário na Copa do Mundo

Quem quiser fazer parte do time da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 ganhou uma nova chance a partir desde segunda-feira (09), com a reabertura do Programa de Voluntários da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. Um evento no Palácio Paiaguás, sede do governo do Estado do Mato Grosso, em Cuiabá – uma das 12 sedes da competição –, marcou a reabertura oficial do programa.

Após a Copa das Confederações, a nova janela de inscrições do Programa de Voluntários terá duração inicial de 15 dias podendo ser estendida por mais 15. Qualquer pessoa com mais de 18 anos poderá fazer parte do programa.  Em 2012, a primeira janela de inscrições teve a participação de mais de 130.719 pessoas, sendo 127.629 para a Copa do Mundo da FIFA.  A inscrição acontece neste endereço. Saiba como.

“O objetivo agora, mais do que aumentar este número, é ter voluntários com diferentes perfis, que falem outros idiomas, portadores de necessidades especiais, idosos e moradores do interior do país. O Programa de Voluntários da Copa do Mundo da FIFA 2014 busca um crescimento da cultura de voluntariado no país e promover um maior envolvimento da população brasileira com o evento, daquele jeito e com aquele carinho tipicamente brasileiro”, afirmou Rodrigo Hermida, gerente de voluntários do Comitê Organizador Local (COL). “Além disso, recebemos vários pedidos do exterior para que reabríssemos o programa e também esperamos atingir um número ainda maior de candidatos estrangeiros”, disse Hermida.

Brasileiro atleta de futebol americano quer ser voluntário

Representando os voluntários, o técnico de informática André Luís Sousa falou sobre a experiência que teve trabalhando em Brasília durante a Copa das Confederações da FIFA 2013 e sobre a expectativa em poder participar da Copa do Mundo da FIFA em sua cidade natal no ano que vem. “Eu me escrevi para ser voluntário em Cuiabá e pensei em ter uma prévia na Copa das Confederações. Foi muito interessante, uma experiência muito importante para mim, no contato com outas pessoas de diferentes culturas e também pelo lado profissional. Agora quero participar para fazer com que as pessoas levem a melhor impressão do nosso estado, do povo cuiabano e da nossa organização”, afirmou André Luís.

Coordenador do programa Brasil Voluntário, do Governo Federal, e representando o Ministério do Esporte, Ricardo Capelli, destacou a importância do voluntariado. “A responsabilidade do voluntário é muito grande, então nós temos que não só que agradecer como cuidar bem deles. São eles que vão naquele primeiro contato com as pessoas que estarão em torno do evento representar a imagem que muitos vão levar do nosso país. É um papel fundamental”, disse Capelli.


Capitão da seleção brasileira de futebol americano e do Cuiabá Arsenal, bicampeão brasileiro do esporte que se torna cada vez mais popular no Mato Grosso, Igor Mota destacou a importância da construção da Copa do Mundo da FIFA para o desenvolvimento do esporte e a chegada de grandes eventos em Cuiabá.
“Para qualquer esporte ter uma estrutura como essa que a Copa do Mundo está trazendo para o Brasil e principalmente para o nosso estado e a nossa cidade . Vai causar um grande impacto e o crescimento para vários esportes e aumentar a visibilidade deles”, disse Igor Mota, que anunciou que também irá se candidatar a uma vaga como voluntário da Copa do Mundo da FIFA 2014.


TRE inicia julgamento que pede a cassação de Raimundão

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) começa hoje, terça-feira (10), o julgamento do recurso contra a expedição dos diplomas do prefeito de Juazeiro do Norte, Raimundo Macedo (PMDB), e do vice-prefeito, Luiz Ivan Bezerra (PTB).

A sessão do tribunal não tem previsão de termino. Participam dela dois desembargadores, dois juízes, dois juristas, um procurador Regional Eleitoral e um secretário. Eles devem analisar perecer do Procurador Regional Eleitoral, Rômulo Moreira Conrado, relator do processo.

Os membros do colegiado debaterão sobre denúncia referente à prisão de 20 pessoas, no dia 7 de outubro, dia da eleição, supostamente, envolvidas na compra de votos (captação ilícita de sufrágio), aliciamento e transporte ilegal de eleitores, que beneficiariam, o então candidato, Raimundo Macedo.

No imóvel, onde se encontravam os detidos, foi encontrado vasto material de campanha, além de dinheiro, cópias de títulos eleitorais e crachás de fiscais eleitorais. As apreensões foram feitas pela Polícia Federal, após denúncia.

Para o julgamento, o Tribunal juntou as provas anexadas à ação e mandou ouvir as testemunhas do caso em Juazeiro do Norte. Foram ouvidas cinco testemunhas, além do prefeito Raimundo Macedo e do vice Luiz Ivan.

O Site Miséria teve acesso ao parecer do relator Rômulo Moreira. Sobre os testemunhos, o relator considera que os mesmo são insuficientes nas provas e inconclusos nas informações. Para o relator, “no caso concreto, não ficou comprovado que a entrega de bens, ocorrida em face de execução de programa social, tenha sido utilizada com o objetivo de compra de votos”. Ou seja, o relator opina pela manutenção do resultado das eleições.

Consultamos alguns especialistas que, mesmo com o parecer, prevêem um intenso debate, já que, o relator representa apenas um voto. Para alguns é eminente a possibilidade de adiamento por pedido de vistas. Há, ainda, a avaliação de que o caso de Juazeiro é semelhante ao de Tarrafas, onde a prefeito Lucinha Batista (PSB) foi cassada, também, pelo mesmo motivo.

O processo que tramita sob o N° 15-41.2013.6.06.0000, com parecer N° 14569/2013, foi impetrado pelo Partido dos Trabalhadores.


Miséria

Governo define calendário para leilão de rodovias

Do dia 18 de setembro até o dia 27 de dezembro deste ano, o governo federal pretende leiloar nove rodovias. O investimento previsto é de R$ 53 bilhões de reais (R$ 27 bilhões nos primeiros cinco anos e R$ 26 bilhões no espaço de 25 anos) para construir ou duplicar 7 mil quilômetros de estradas.

Anunciado em agosto de 2012 e mais de seis meses atrasado, o pacote de concessões já tem um novo calendário. Para garantir o sucesso na estreia, o governo reservou os trechos que o ministro dos Transportes Cesar Borges chama de "filé": da BR 262 (trecho no Espírito Santo e em Minas Gerais) e BR 050 (trecho em Goiás e Minas Gerais).
Por serem menos extensos, com menos risco e menos exigências de investimentos, são considerados mais competitivos e atrativos para o setor privado. As empresas devem apresentar suas propostas na BM&F Bovespa na sexta-feira e os envelopes serão abertos durante o leilão no dia 18. Já são 32 interessadas.
As regras preveem exploração por 30 anos e o critério para a vencedora é o menor valor de pedágio. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai participarcomo parceiro no financiamento, que pode chegar a 70% do projeto
A outra concessão já com edital publicado e data marcada é a da BR-101 na costa da Bahia, com leilão previsto para 23 de outubro. Outras 4 estão com estudos finalizados e precisam só do aval do TCU para publicação do edital.
Os últimos leilões, da BR-116 em Minas Gerais e da BR-040 em trecho de Minas, Distrito Federal e Goiás, estão previstos para o dia 27 de dezembro e ainda dependem da atualização dos estudos. Foram estes os primeiros trechos que tiveram o processo adiado no início deste ano.
Veja o calendário:
GrupoTrechoPublicação de editaisData provável da Licitação
1° GrupoBR-262/ES/MG*31 de julho18 de setembro
 BR-050/GO/MG*  
2° GrupoBR-101/BA*29 de agosto23 de outubro
3° GrupoBR-060/153/262/DF/GO26 de setembro25 de novembro
 BR-153/TO/GO  
4° GrupoBR-163/MS**25 de outubro20 de dezembro
 BR-163/MT  
5° GrupoBR-040/DF/GO/MG4 de novembro27 de dezembro
 BR-116/MG  
* Editais já publicados
** Excluídas do lote as BRs 267 e 262 (MS)
EXAME

Henrique Alves recebe hoje proposta de reforma política de iniciativa popular

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, receberá hoje, às 14h30, uma proposta de reforma política de iniciativa popular. A entrega será feita por representantes de entidades da sociedade civil, entre elas a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE).
O projeto prevê o fim do financiamento de campanhas eleitorais por empresas privadas, limite para doação de pessoa física para partidos e eleição para o Legislativo em dois turnos. O primeiro turno da eleição aconteceria com as pessoas votando em partidos, não em candidatos.
As entidades defendem que há tempo suficiente para que as regras já valham para as eleições de 2014. Para isso, o projeto teria que ser aprovado até o dia 5 de outubro deste ano.
A proposta ainda está reunindo apoio da população por meio do Avaaz, organização de campanhas globais que coleta assinaturas virtuais. É a primeira vez que assinaturas eletrônicas estão valendo juridicamente para um projeto de iniciativa popular. Para tramitar no Congresso, um projeto precisa da assinatura de 1,3 milhão de eleitores.

CNT: Avaliação do governo Dilma sobe de 31,3% a 38,1%

A avaliação positiva do governo Dilma Rousseff subiu de 31,3% em julho para 38,1% em setembro, segundo divulgou na manhã desta terça-feira (10), a Confederação Nacional do Transporte (CNT) em parceria com a MDA Pesquisa. A avaliação negativa, por outro lado, caiu de 29,5% para 21,9% no mesmo período. Os que consideraram o governo regular passaram de 38,7% para 39,7%.

O desempenho pessoal da presidente também apresentou maior aprovação: passou de 49,3% em julho para 58% em setembro. O porcentual de desaprovação caiu de 47,3% para 40,5% na mesma base de comparação. A pesquisa foi feita em 135 municípios, de 31 de agosto a 4 de setembro.
Fonte: Agência Estado

Maracanã e Arena Pernambuco tiveram isenção fiscal irregular, diz TCU

A reforma do Maracanã, no Rio de Janeiro, e a construção da Arena Pernambuco, no Recife, contaram com isenções fiscais concedidas pelo governo federal de forma irregular. De acordo com o TCU (Tribunal de Contas da União), as duas obras receberam benefícios do Recopa (Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou Modernização de Estádios de Futebol) sem estar habilitadas para tanto.

No Maracanã, o consórcio construtor obteve os descontos da renúncia fiscal antes mesmo de ter sido oficialmente habilitado no programa do governo federal. No caso da Arena Pernambuco, a isenção foi concedida sem a celebração de um termo aditivo no contrato da obra com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), condição para a obtenção do benefício.

Por causa do Recopa, o governo federal deixou de arrecadar, até o momento, R$ 462 milhões, de acordo com levantamento feito pelo MPF (Ministério Público Federal). O valor leva em conta benefícios concedidos a outros estádios. As arenas Dunas (RN), Mineirão (MG), Beira Rio (RS) e da Baixada (PR) apresentaram projetos com as estimativas de desoneração do Recopa. Os campos de Amazonas (AM) e Pantanal (MT) ainda possuem dependem de aprovação da Receita.
UOL

O veto que assombra o projeto de reeleição

Preocupada com o impacto financeiro da possível derrubada de vetos presidenciais pelo Congresso, a presidente Dilma Rousseff fez um apelo à base. Ela quer evitar que os parlamentares anulem a canetada que manteve a multa de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) imposta a empregadores que demitem empregados sem justa causa. O veto deve ir a votação no Congresso na próxima terça-feira.
O pano de fundo para a nova batalha do governo no Legislativo é uma disputa de interesses eleitorais. A presidente quer evitar, a qualquer custo, que o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida — que tem no FGTS a principal fonte de financiamento — perca recursos às vésperas da campanha presidencial de 2014. Por outro lado, os parlamentares estão sendo pressionados pelo lobby empresarial, principal interessado na extinção da multa. As empresas que trabalham pela derrubada do veto são as mesmas que financiam as campanhas eleitorais de deputados e de senadores, o que dá ao grupo um considerável poder de persuasão no Congresso.
De acordo com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, a extinção da multa significaria, para o governo, uma perda de aproximadamente R$ 3,2 bilhões já neste ano. "É uma retirada muito brusca de um valor significativo. Isso teria impacto nas contas do governo, na política de geração de emprego, na política de benefícios para população, e trará também uma maior facilidade na rotatividade de mão de obra", argumentou a ministra. Ideli afirmou que, se o veto for derrubado, o governo não terá como manter o ritmo de obras no Minha Casa, Minha Vida. O assunto dominou a reunião da tarde de ontem entre Dilma, Ideli, o vice-presidente da República, Michel Temer, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e parlamentares da base.
Uma saída aventada pelo Planalto é a extinção gradual da multa. A proposta escalonaria, nos próximos quatro anos, a redução do percentual até zerar o valor da multa em 2017. Em tese, a solução agradaria empresários, diminuindo o encargo sobre as demissões ao mesmo tempo em que manteria, ao menos por um período, o fluxo de recursos para o programa habitacional. Outra hipótese é destinar o montante da multa para o trabalhador, que só receberia o dinheiro no momento da aposentadoria. Nenhuma proposta, contudo, representa consenso entre governo e base, até o momento.
Outra preocupação do Executivo é a proposta que destina 10% da receita corrente bruta da União para a saúde. A ideia, que ganhou força no Congresso com as manifestações populares iniciadas em junho, geraria impacto imediato da ordem de R$ 40 bilhões nos cofres públicos.
Medidas provisórias
Além de ter de conquistar a boa-vontade da base governista em duas pautas em que o apelo popular joga contra o governo, o Planalto ainda terá de lidar com um Congresso cada vez mais duro no tratamento das medidas provisórias. Cobrado por deputados, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou ontem que enrijecerá as regras para admissão de MPs, a exemplo do comportamento já adotado pelo Senado.
Em maio, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), estabeleceu prazo mínimo de sete dias de tramitação para votar medidas aprovadas pela Câmara. A regra foi copiada por Henrique Eduardo Alves. "Esta Casa não vai mais apreciar nenhuma medida provisória que não chegue aqui com duas semanas (de prazo) — uma para o Senado, uma para a Câmara", anunciou Alves.
Ciro Gomes será
secretário do irmão
O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), nomeou o irmão e ex-ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, secretário de Saúde do estado. Ele substituiu Arruda Bastos (PCdoB), que deve se candidatar a deputado estadual em 2014. Arruda é o nono secretário a deixar o cargo nos últimos dias. Na sexta-feira, Cid exonerou parte da equipe devido à lei eleitoral, que exige dos futuros candidatos a desincompatibilização do cargo no governo seis meses antes da disputa. Todos os exonerados pretendem concorrer e se anteciparam ao prazo estipulado pela norma. Cid negou que a indicação possa ser considerada ato de nepotismo. Segundo o governador, Ciro Gomes é "uma pessoa de sua confiança" e tem "larga experiência como governador, ministro e prefeito".
Correio Braziliense

MP ingressa com ação contra ex-prefeito e ex-secretária de Saúde de Assaré

O Ministério Público do Estado do Ceará ingressou com uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra Francisco Evanderto Almeida, ex-prefeito de Assaré, e Sheyla Martins Alves, ex-secretária municipal de Saúde. Eles são acusados de terem removido ilegalmente servidores públicos logo após as eleições de 2012. A ação foi ajuizada no último dia 4 e é assinada pelo promotor de Justiça Lucas Felipe Azevedo de Brito. 


 De acordo com as investigações, no dia 5 de novembro do ano passado, a então secretária editou um comunicado que determinava a remoção de dois servidores. Eles trabalhavam na Vigilância Sanitária Municipal e foram transferidos para a equipe que atua no controle de endemias. O idealizador da mudança teria sido o ex-prefeito e a atitude ocorreu após o candidato apoiado por ele ter perdido a disputa eleitoral. 


Os servidores já haviam ingressado com um mandado de segurança contra os ex-gestores, requerendo a anulação do ato administrativo de remoção, e a Justiça deferiu o pedido. A conduta viola o artigo 73, V, da Lei 9.504/19997, que veda expressamente a transferência ou remoção de servidor público no período entre os três meses que antecedem o pleito eleitoral e a posse dos eleitos.

Na ação ajuizada pelo MP, o promotor de Justiça pede que o ex-prefeito e a ex-secretária de Saúde sejam condenados ao pagamento de uma multa civil, além de serem penalizados com a suspensão dos direitos políticos por um período de três a cinco anos; proibição de contratar com o poder público ou receber incentivos fiscais ou creditícios, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário.

MPCE

Opinião: encarecer a violência

A badema promovida pelos fascistoides do Black Bloc nas maiores cidades brasileiras e no Distrito Federal no 7 de Setembro deixou um saldo contraditório. De um lado, os mascarados conseguiram uma vitória ao esvaziar as comemorações da Data Nacional brasileira, atemorizando sabe-se lá quantos cidadãos que, em circunstâncias normais, de bom grado iriam com suas famílias ao local dos eventos. No Rio de Janeiro, chegaram a invadir a área do desfile oficial, na Avenida Presidente Vargas - algo inconcebível mesmo em Paris, a capital europeia mais habituada a conviver com protestos de toda sorte, na festa cívica do 14 de Julho. Com isso, os boçais que investem prazerosamente contra os "símbolos do capitalismo", neles incluídos, pelo visto, qualquer modalidade de patrimônio, além do espaço público, agrediram - mais do que o governo federal e os dos Estados onde deram vazão aos seus impulsos destrutivos - a própria Nação.
De outro lado, levaram ao fracasso o projeto alimentado nas redes sociais do que deveria ser, para os seus incentivadores, "a maior manifestação de protesto da História do Brasil". Desse modo, os arruaceiros perderam a relativa proteção de que desfrutavam nos idos de junho, ao se misturar com os participantes pacíficos nas passeatas e só se entregar à selvageria quando esses (e o aparato policial que os acompanhava) começavam a se dispersar. Em consequência, ficaram dessa vez expostos em maior número e em mais pontos propícios ao vandalismo, permitindo que - finalmente - a polícia os enfrentasse com o rigor necessário. Pelo menos 335 delinquentes foram presos em 11 capitais, Salvo por uma exibição isolada de truculência (a do PM de Brasília que se gabou de ter atingido com spray de pimenta, "porque quis", um grupo de ativistas), não se registraram casos de deliberada brutalidade policial. A reação das forças de segurança, além de legal e legítima, foi - já não sem tempo, repita-se - comensurável com os atos que a provocaram.
"O povo tem o direito de se indignar", disse a presidente Dilma Rousseff na sua fala pelo Dia da Pátria. Mas é escandalosamente óbvio que a ninguém é dado usar da força para consertar o País - no caso do Black Bloc, aliás, isso é pretexto. Esses grupelhos - e os setores bem-pensantes que dizem que os "compreendem", estetizam as suas vestimentas ou com eles se solidarizam no combate ao "Estado opressor" - são oligofrênicos morais e iletrados políticos. Não têm a menor ideia, ou, se a tiveram, já esqueceram, do que é viver sob opressão. Tampouco sabem o que dizem quando, no incentivo ou na aceitação da violência, acusam a democracia brasileira de ser um feudo das elites, que se revezam no poder ou nele coabitam. Está para fazer 11 anos desde que o País, apesar da desigualdade entranhada no seu tecido social, elegeu presidente da República um ex-sindicalista e retirante nordestino - um fato de repercussão mundial. E está para fazer três anos desde que elegeu para o seu lugar uma mulher que passou outro tanto na prisão por integrar uma organização armada contra a ditadura militar.
Não há, pois, atenuantes para a conduta desses bandos - que, incidentalmente, fazem um favor para todos quantos e a tudo quanto as ruas de junho denunciavam, ao perverter as demandas e o modo de agir, das manifestações. Eles são um anacronismo não apenas entre nós, nas também na Europa, cujas minorias ultrarradicais dos anos 1980 lhes serviram de exemplo. O tempo as desmoralizou e o mesmo provavelmente se dará entre nós. Mas a sociedade que os malfeitores intimidam não pode se dar ao luxo de esperar que definhem. Muito menos o Estado. Se a prevenção for impossível, há que coibir os autores e instigadores dos distúrbios, à medida que ocorrerem, por todos os meios legais ao alcance das autoridades. Os vândalos se acostumaram a pagar um preço relativamente baixo a cada incursão (embora isso tenha começado a mudar em várias frentes, incluindo a decisão da Justiça do Rio de obrigar os mascarados a se identificar). O custo-benefício tem de se tornar desfavorável aos baderneiros. E preciso encarecer a violência para desestimular parcela crescente dos que se sentem atraídos por ela.
Estadão

MP pede melhor estrutura para Conselho Tutelar de Quixadá


O Ministério Público do Estado do Ceará ajuizou uma Ação Civil Pública (ACP) contra a Prefeitura de Quixadá, no Sertão Central, e a secretária de Desenvolvimento Social do Município, Ângela Brena Calixto Pereira. O pedido é para que sejam dadas ao Conselho Tutelar de Quixadá condições adequadas de funcionamento. A ação foi ajuizada no último dia 4 pelo promotor de Justiça Marcelo Pires.

Segundo o MP, a unidade se encontra em condições precárias, funcionando em dependências inadequadas, não dispondo de meios essenciais para o desenvolvimento de suas atribuições, como, por exemplo, linha telefônica, aparelho de fax ou veículo para garantir os deslocamentos necessários ao andamento dos trabalhos.

Ressalte-se ainda que durante três meses a 3ª Promotoria de Justiça de Quixadá tentou solucionar o problema de forma extrajudicial, mas os representantes da Prefeitura não tomaram as atitudes cabíveis, argumentando que não há condições financeiras para isso. No entanto, na ação, o promotor aponta dados do orçamento do Município para 2013 que demonstram que existem recursos suficientes para resolver os problemas estruturais do Conselho Tutelar.

Na ACP, o Ministério Público pede que a Justiça fixe uma multa diária a ser paga, caso o Município não garanta uma estrutura mínima de funcionamento para a unidade em um prazo de 10 dias, e solicita ainda que seja determinado o bloqueio de R$ 70 mil do orçamento municipal, devendo essa verba ser destinada somente à reestruturação do Conselho Tutelar. 

MPCE