terça-feira, 10 de setembro de 2013

Maracanã e Arena Pernambuco tiveram isenção fiscal irregular, diz TCU

A reforma do Maracanã, no Rio de Janeiro, e a construção da Arena Pernambuco, no Recife, contaram com isenções fiscais concedidas pelo governo federal de forma irregular. De acordo com o TCU (Tribunal de Contas da União), as duas obras receberam benefícios do Recopa (Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou Modernização de Estádios de Futebol) sem estar habilitadas para tanto.

No Maracanã, o consórcio construtor obteve os descontos da renúncia fiscal antes mesmo de ter sido oficialmente habilitado no programa do governo federal. No caso da Arena Pernambuco, a isenção foi concedida sem a celebração de um termo aditivo no contrato da obra com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), condição para a obtenção do benefício.

Por causa do Recopa, o governo federal deixou de arrecadar, até o momento, R$ 462 milhões, de acordo com levantamento feito pelo MPF (Ministério Público Federal). O valor leva em conta benefícios concedidos a outros estádios. As arenas Dunas (RN), Mineirão (MG), Beira Rio (RS) e da Baixada (PR) apresentaram projetos com as estimativas de desoneração do Recopa. Os campos de Amazonas (AM) e Pantanal (MT) ainda possuem dependem de aprovação da Receita.
UOL

O veto que assombra o projeto de reeleição

Preocupada com o impacto financeiro da possível derrubada de vetos presidenciais pelo Congresso, a presidente Dilma Rousseff fez um apelo à base. Ela quer evitar que os parlamentares anulem a canetada que manteve a multa de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) imposta a empregadores que demitem empregados sem justa causa. O veto deve ir a votação no Congresso na próxima terça-feira.
O pano de fundo para a nova batalha do governo no Legislativo é uma disputa de interesses eleitorais. A presidente quer evitar, a qualquer custo, que o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida — que tem no FGTS a principal fonte de financiamento — perca recursos às vésperas da campanha presidencial de 2014. Por outro lado, os parlamentares estão sendo pressionados pelo lobby empresarial, principal interessado na extinção da multa. As empresas que trabalham pela derrubada do veto são as mesmas que financiam as campanhas eleitorais de deputados e de senadores, o que dá ao grupo um considerável poder de persuasão no Congresso.
De acordo com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, a extinção da multa significaria, para o governo, uma perda de aproximadamente R$ 3,2 bilhões já neste ano. "É uma retirada muito brusca de um valor significativo. Isso teria impacto nas contas do governo, na política de geração de emprego, na política de benefícios para população, e trará também uma maior facilidade na rotatividade de mão de obra", argumentou a ministra. Ideli afirmou que, se o veto for derrubado, o governo não terá como manter o ritmo de obras no Minha Casa, Minha Vida. O assunto dominou a reunião da tarde de ontem entre Dilma, Ideli, o vice-presidente da República, Michel Temer, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e parlamentares da base.
Uma saída aventada pelo Planalto é a extinção gradual da multa. A proposta escalonaria, nos próximos quatro anos, a redução do percentual até zerar o valor da multa em 2017. Em tese, a solução agradaria empresários, diminuindo o encargo sobre as demissões ao mesmo tempo em que manteria, ao menos por um período, o fluxo de recursos para o programa habitacional. Outra hipótese é destinar o montante da multa para o trabalhador, que só receberia o dinheiro no momento da aposentadoria. Nenhuma proposta, contudo, representa consenso entre governo e base, até o momento.
Outra preocupação do Executivo é a proposta que destina 10% da receita corrente bruta da União para a saúde. A ideia, que ganhou força no Congresso com as manifestações populares iniciadas em junho, geraria impacto imediato da ordem de R$ 40 bilhões nos cofres públicos.
Medidas provisórias
Além de ter de conquistar a boa-vontade da base governista em duas pautas em que o apelo popular joga contra o governo, o Planalto ainda terá de lidar com um Congresso cada vez mais duro no tratamento das medidas provisórias. Cobrado por deputados, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou ontem que enrijecerá as regras para admissão de MPs, a exemplo do comportamento já adotado pelo Senado.
Em maio, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), estabeleceu prazo mínimo de sete dias de tramitação para votar medidas aprovadas pela Câmara. A regra foi copiada por Henrique Eduardo Alves. "Esta Casa não vai mais apreciar nenhuma medida provisória que não chegue aqui com duas semanas (de prazo) — uma para o Senado, uma para a Câmara", anunciou Alves.
Ciro Gomes será
secretário do irmão
O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), nomeou o irmão e ex-ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, secretário de Saúde do estado. Ele substituiu Arruda Bastos (PCdoB), que deve se candidatar a deputado estadual em 2014. Arruda é o nono secretário a deixar o cargo nos últimos dias. Na sexta-feira, Cid exonerou parte da equipe devido à lei eleitoral, que exige dos futuros candidatos a desincompatibilização do cargo no governo seis meses antes da disputa. Todos os exonerados pretendem concorrer e se anteciparam ao prazo estipulado pela norma. Cid negou que a indicação possa ser considerada ato de nepotismo. Segundo o governador, Ciro Gomes é "uma pessoa de sua confiança" e tem "larga experiência como governador, ministro e prefeito".
Correio Braziliense

MP ingressa com ação contra ex-prefeito e ex-secretária de Saúde de Assaré

O Ministério Público do Estado do Ceará ingressou com uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra Francisco Evanderto Almeida, ex-prefeito de Assaré, e Sheyla Martins Alves, ex-secretária municipal de Saúde. Eles são acusados de terem removido ilegalmente servidores públicos logo após as eleições de 2012. A ação foi ajuizada no último dia 4 e é assinada pelo promotor de Justiça Lucas Felipe Azevedo de Brito. 


 De acordo com as investigações, no dia 5 de novembro do ano passado, a então secretária editou um comunicado que determinava a remoção de dois servidores. Eles trabalhavam na Vigilância Sanitária Municipal e foram transferidos para a equipe que atua no controle de endemias. O idealizador da mudança teria sido o ex-prefeito e a atitude ocorreu após o candidato apoiado por ele ter perdido a disputa eleitoral. 


Os servidores já haviam ingressado com um mandado de segurança contra os ex-gestores, requerendo a anulação do ato administrativo de remoção, e a Justiça deferiu o pedido. A conduta viola o artigo 73, V, da Lei 9.504/19997, que veda expressamente a transferência ou remoção de servidor público no período entre os três meses que antecedem o pleito eleitoral e a posse dos eleitos.

Na ação ajuizada pelo MP, o promotor de Justiça pede que o ex-prefeito e a ex-secretária de Saúde sejam condenados ao pagamento de uma multa civil, além de serem penalizados com a suspensão dos direitos políticos por um período de três a cinco anos; proibição de contratar com o poder público ou receber incentivos fiscais ou creditícios, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário.

MPCE

Opinião: encarecer a violência

A badema promovida pelos fascistoides do Black Bloc nas maiores cidades brasileiras e no Distrito Federal no 7 de Setembro deixou um saldo contraditório. De um lado, os mascarados conseguiram uma vitória ao esvaziar as comemorações da Data Nacional brasileira, atemorizando sabe-se lá quantos cidadãos que, em circunstâncias normais, de bom grado iriam com suas famílias ao local dos eventos. No Rio de Janeiro, chegaram a invadir a área do desfile oficial, na Avenida Presidente Vargas - algo inconcebível mesmo em Paris, a capital europeia mais habituada a conviver com protestos de toda sorte, na festa cívica do 14 de Julho. Com isso, os boçais que investem prazerosamente contra os "símbolos do capitalismo", neles incluídos, pelo visto, qualquer modalidade de patrimônio, além do espaço público, agrediram - mais do que o governo federal e os dos Estados onde deram vazão aos seus impulsos destrutivos - a própria Nação.
De outro lado, levaram ao fracasso o projeto alimentado nas redes sociais do que deveria ser, para os seus incentivadores, "a maior manifestação de protesto da História do Brasil". Desse modo, os arruaceiros perderam a relativa proteção de que desfrutavam nos idos de junho, ao se misturar com os participantes pacíficos nas passeatas e só se entregar à selvageria quando esses (e o aparato policial que os acompanhava) começavam a se dispersar. Em consequência, ficaram dessa vez expostos em maior número e em mais pontos propícios ao vandalismo, permitindo que - finalmente - a polícia os enfrentasse com o rigor necessário. Pelo menos 335 delinquentes foram presos em 11 capitais, Salvo por uma exibição isolada de truculência (a do PM de Brasília que se gabou de ter atingido com spray de pimenta, "porque quis", um grupo de ativistas), não se registraram casos de deliberada brutalidade policial. A reação das forças de segurança, além de legal e legítima, foi - já não sem tempo, repita-se - comensurável com os atos que a provocaram.
"O povo tem o direito de se indignar", disse a presidente Dilma Rousseff na sua fala pelo Dia da Pátria. Mas é escandalosamente óbvio que a ninguém é dado usar da força para consertar o País - no caso do Black Bloc, aliás, isso é pretexto. Esses grupelhos - e os setores bem-pensantes que dizem que os "compreendem", estetizam as suas vestimentas ou com eles se solidarizam no combate ao "Estado opressor" - são oligofrênicos morais e iletrados políticos. Não têm a menor ideia, ou, se a tiveram, já esqueceram, do que é viver sob opressão. Tampouco sabem o que dizem quando, no incentivo ou na aceitação da violência, acusam a democracia brasileira de ser um feudo das elites, que se revezam no poder ou nele coabitam. Está para fazer 11 anos desde que o País, apesar da desigualdade entranhada no seu tecido social, elegeu presidente da República um ex-sindicalista e retirante nordestino - um fato de repercussão mundial. E está para fazer três anos desde que elegeu para o seu lugar uma mulher que passou outro tanto na prisão por integrar uma organização armada contra a ditadura militar.
Não há, pois, atenuantes para a conduta desses bandos - que, incidentalmente, fazem um favor para todos quantos e a tudo quanto as ruas de junho denunciavam, ao perverter as demandas e o modo de agir, das manifestações. Eles são um anacronismo não apenas entre nós, nas também na Europa, cujas minorias ultrarradicais dos anos 1980 lhes serviram de exemplo. O tempo as desmoralizou e o mesmo provavelmente se dará entre nós. Mas a sociedade que os malfeitores intimidam não pode se dar ao luxo de esperar que definhem. Muito menos o Estado. Se a prevenção for impossível, há que coibir os autores e instigadores dos distúrbios, à medida que ocorrerem, por todos os meios legais ao alcance das autoridades. Os vândalos se acostumaram a pagar um preço relativamente baixo a cada incursão (embora isso tenha começado a mudar em várias frentes, incluindo a decisão da Justiça do Rio de obrigar os mascarados a se identificar). O custo-benefício tem de se tornar desfavorável aos baderneiros. E preciso encarecer a violência para desestimular parcela crescente dos que se sentem atraídos por ela.
Estadão

MP pede melhor estrutura para Conselho Tutelar de Quixadá


O Ministério Público do Estado do Ceará ajuizou uma Ação Civil Pública (ACP) contra a Prefeitura de Quixadá, no Sertão Central, e a secretária de Desenvolvimento Social do Município, Ângela Brena Calixto Pereira. O pedido é para que sejam dadas ao Conselho Tutelar de Quixadá condições adequadas de funcionamento. A ação foi ajuizada no último dia 4 pelo promotor de Justiça Marcelo Pires.

Segundo o MP, a unidade se encontra em condições precárias, funcionando em dependências inadequadas, não dispondo de meios essenciais para o desenvolvimento de suas atribuições, como, por exemplo, linha telefônica, aparelho de fax ou veículo para garantir os deslocamentos necessários ao andamento dos trabalhos.

Ressalte-se ainda que durante três meses a 3ª Promotoria de Justiça de Quixadá tentou solucionar o problema de forma extrajudicial, mas os representantes da Prefeitura não tomaram as atitudes cabíveis, argumentando que não há condições financeiras para isso. No entanto, na ação, o promotor aponta dados do orçamento do Município para 2013 que demonstram que existem recursos suficientes para resolver os problemas estruturais do Conselho Tutelar.

Na ACP, o Ministério Público pede que a Justiça fixe uma multa diária a ser paga, caso o Município não garanta uma estrutura mínima de funcionamento para a unidade em um prazo de 10 dias, e solicita ainda que seja determinado o bloqueio de R$ 70 mil do orçamento municipal, devendo essa verba ser destinada somente à reestruturação do Conselho Tutelar. 

MPCE

FHC assume hoje vaga na ABL com 87% de aprovação

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso passa a ocupar, nesta terça-feira (10), a cadeira nº 36 da Academia Brasileira de Letras. Sua vitória foi expressiva: obteve 87% de aprovação, 34 dos 39 votos possíveis na eleição realizada em junho pela instituição.
Na sede da ABL no centro do Rio, um prédio histórico inspirado no Petit Trianon de Versailles, o ex-presidente sempre contou com o apoio de muitos acadêmicos. Chegou a ser lembrado em ocasiões anteriores, mas hesitava em apresentar sua candidatura.

Em entrevista à Folha em março de 2013, após encaminhar a carta que formalizou sua inscrição, FHC justificou a decisão: "Minha reticência sempre foi a de que não sou homem de letras e não queria criar constrangimentos por ter sido presidente da República. Mas agora, passados tantos anos da presidência e mantida, se não mesmo que ampliada, a convicção de vários membros da ABL de que eu deveria juntar-me a eles, acabei por concordar."
A escolha da ABL leva em consideração a produção intelectual do candidato, mas o histórico profissional também exerce certa influência.
"Joaquim Nabuco e Machado de Assis trocaram muitas correspondências sobre os critérios que deveriam nortear as escolhas. E Nabuco defendia que a presença na academia não deveria ficar restrita às Letras", disse à Folha o advogado Celso Lafer, que ocupa a cadeira de nº 14 da ABL.
"Sempre tiveram presença na Academia não só poetas e romancistas, mas também pensadores do Brasil como Nabuco, Euclides da Cunha, Raymundo Faoro e Celso Furtado", citou o acadêmico, que ocupou o cargo de ministro das Relações Exteriores durante o segundo mandato de FHC.
Lafer foi quem encaminhou a carta que formalizou a candidatura de FHC. A escritora Nélida Piñon desde o início também deixou explícito seu apoio. No período da escolha, comentou a vantagem de FHC sobre seus concorrentes. Disse que em determinando momento da vida, "após tantas lutas, é justo receber a realidade já acolchoada."
Fernando Henrique Cardoso presidiu o país por dois mandatos, de 1995 a 1998, e de 1999 a 2002.
Doutor em sociologia,é autor ou coautor de 23 livros e mais de cem artigos acadêmicos, nos quais transita pelos campos da sociologia, ciências políticas, economia e relações internacionais.
"Dependência e Desenvolvimento na América Latina", escrito com Enzo Faletto, foi sua primeira obra de grande repercussão. Nos anos 1970, FHC retornou ao Brasil e seus livros foram influenciados pelo cenário político do país.
Em seu discurso de posse na ABL, o ex-presidente deve mencionar o fundador da cadeira nº 36, Afonso Celso, autor de "Por que me Ufano de meu País", de 1900, uma exaltação ao amor incondicional à pátria, que popularizou a palavra "ufanismo".
O lugar foi ocupado, em ordem cronológica, pelo médico Clementino Fraga, o bioquímico Paulo Carneiro, o diplomata José Guilherme Merquior e o jornalista João de Scatimburgo. FHC é o sexto acadêmico.

Folha

Presidente afaga Congresso antes de análise de vetos

Às vésperas de enfrentar a pauta bomba montada pelos parlamentares, a presidente Dilma Rousseff aproveitou ontem o discurso durante a cerimônia de sanção da lei que destina recursos dos royalties do petróleo do pré-sal às áreas de Educação e Saúde para elogiar, o Congresso e destacar a sensibilidade dos parlamentares aos pleitos das ruas.
“Devemos reconhecimento pela sensibilidade social e pela visão estratégica que o Congresso demonstrou ao incluir a destinação de parcelas dos recursos também para o investimento na Saúde”, disse Dilma, que a partir do dia 17 terá de contar com seus aliados do Parlamento para que nenhum de seus recentes vetos seja derrubado.
A relação entre Dilma e o Congresso ficou abalada após as manifestações de junho. Como resposta às ruas, a presidente propôs, entre outras coisas, a realização de um plebiscito para mudar o sistema político do País. Os parlamentares não gostaram e interpretaram a proposta como uma forma de Dilma tentar jogar em suas costas a culpa pelos problemas do País apresentados pelos manifestantes.
Entre os pactos de Dilma, também estava a destinação de 100% dos royalties de petróleo para a Educação. O Congresso mudou o projeto de dividiu o bolo com a Saúde, texto que acabou sancionado ontem pela presidente com os elogios aos integrantes do Congresso. Depois da cerimônia no Palácio do Planalto, Dilma recebeu líderes da Câmara dos Deputados, Hoje será a vez de a presidente receber líderes do Senado.

Presidente do PPS pede que Dilma seja multada por pronunciamento

O presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), enviou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) uma representação contra a presidente Dilma Rousseff por propaganda eleitoral antecipada. Segundo ele, o pronunciamento de Dilma, veiculado em rede nacional de rádio e televisão na sexta, continha mensagem “cifrada e subliminar” em que ela se colocou como “a pessoa mais apta e qualificada” para administrar o país.
“O pronunciamento da representada no dia 6 de setembro de 2013 (…) evidencia o propósito eleitoral embutido em suas palavras. A evidente e notória pré-candidata Dilma Rousseff não economizou elogios ao seu próprio governo e ao governo de seu antecessor, comparando-os, sutilmente, com governos anteriores”, diz trecho da representação.

Justiça avalia criação de partido e abre temporada de trocas

O Tribunal Superior Eleitoral deve abrir hoje a temporada de troca-troca de políticos entre os partidos com vistas às eleições do próximo ano. Com tendência de aprovação, o tribunal julga pedido de registro do nanico PROS (Partido Republicano da Ordem Social), que espera atrair cerca de 20 deputados federais até o dia 5, prazo final de filiação para os que quiserem concorrer no ano que vem.
O PROS será o 31º partido político do país. A legislação brasileira pune parlamentares que trocam de partido com a perda do mandato, mas não prevê punições para quem entra em novas siglas. Outros dois processos de criação de partidos estão em fase final de tramitação no TSE, mas, diferentemente do PROS, estão vinculados a grupos que farão oposição à presidente Dilma Rousseff na campanha eleitoral de 2014.

PF liga cúpula do Ministério do Trabalho a desvio de verba

A Polícia Federal desarticulou ontem um suposto esquema de desvio de recursos públicos centrado em verbas do Ministério do Trabalho. Por ordem da Justiça Federal, o secretário-executivo da pasta, Paulo Roberto Pinto, foi ouvido pela PF em Brasília, sendo liberado em seguida. Ele é suspeito de participar das fraudes em apuração.
Foram presas 22 pessoas. Outras 11 foram conduzidas mediante ordem judicial. A suspeita da PF e da CGU (Controladoria Geral da União) é que a fraude tenha desviado R$ 400 milhões, valor liberado nos últimos cinco anos para o IMDC (Instituto Mundial do Desenvolvimento e da Cidadania), uma Oscip de Belo Horizonte que presta serviços de qualificação profissional para jovens e adultos desempregados.
A entidade atua em 11 Estados e no Distrito Federal. O presidente do IMDC, o empresário Deivson Vidal, foi preso e teve carros, dinheiro, joias e um helicóptero apreendidos. Foram realizadas buscas também na sede do Ministério do Trabalho, em Brasília. A entidade teria fraudado convênios de cursos e serviços de transporte de jovens, cobrando por trabalho que não foi prestado.
“O então secretário-executivo [Pinto] atuava facilitando a atuação investigada no ministério de modo a excluir, inclusive, a Oscip do cadastro de inadimplentes e permitindo que prestações de contas pudessem ser feitas sem a devida precaução”, disse o delegado Marcelo Freitas.
Funcionário do Banco do Brasil e filiado ao PDT, Pinto, 41, chegou à pasta como assessor especial em 2007.
Em três anos, assumiu a secretaria-executiva, transformando-se num dos principais aliados do então ministro Carlos Lupi, que deixou o posto sob acusações de irregularidades em 2011.
Número 2 do Trabalho, Pinto chegou a responder como ministro por alguns meses.
Planalto afasta dois, mas mantém secretário no posto
O Ministério do Trabalho decidiu manter no cargo o número dois da pasta, Paulo Pinto, investigado. Em nota, o ministério não só reiterou que o secretário-executivo “prestou depoimento e retornou às suas atividades” como anunciou a exoneração de dois servidores investigados pela PF.
Segundo o ministério, o funcionário Anderson Brito foi demitido, e o servidor de carreira Geraldo Reisenbeck perdeu o cargo de diretor de contratos e convênios.
Ainda ontem, o Ministério do Trabalho também informou que pediu informações sobre a investigação da Polícia Federal e que vai suspender convênios.

Novo secretário de Segurança Pública do Estado admite que pasta está aberta a mudanças

Nomeado nesta terça-feira (9) para ser titular da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS/CE) Servilho Paiva admitiu a possibilidade de mudanças na pasta. Entretanto, foi cauteloso ao relatar os tipos de ações. "Posso conversar com o governador. Então, a porta está aberta para mudanças".

Paiva relatou que irá fortalecer o policiamento com motocicletas FOTO: KID JUNIOR

Entre as possíveis ações, Paiva citou a revisão na gestão do programa Ronda do Quarteirão, mas afirmou que ainda conversará com o governador Cid Gomes, pois ainda não recebeu relatório da pasta."Uma revisão, talvez, na questão da gestão do Ronda. Esse particular a gente vai avaliar quando receber os dados e vai considerar sempre no princípio que deverá haver continuidade".

Paiva relatou que irá fortalecer algumas ações já iniciadas pelo ex-secretário Francisco Bezerra, como o aumento do policiamento com motocicletas, devido à agilidade do veículo. "O coronel Bezerra está potencializando o grupo Raio. O batalhão de motocicleta é o único equipamento que você tem mobilidade para se combater um eventual assalto no engarrafamento, isso não quer dizer que o carro não seja necessário.  É um tipo de equipamento que você deve potencializar para determinados tipos de horários, à noite ele se torna mais vulnerável em contrapartida do veículo". E completou: "eu apoio plenamente e devo fortalecer o policiamento de motocicleta, eu acho mais rápido e adequado. Não é a toa que a bandidagem o adota como veículo".

Servilho Paiva informou que pretende elaborar um plano de segurança pública estabelecendo metas. Para o novo secretário, a sociedade não deseja um xerife. "A sociedade procura mais um gestor do que um xerife".  

Na terça-feira (9), Paiva informou que irá à Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado e no turno da tarde conversará com o coronel Francisco Bezerra, na SSPDS. 

Diário do Nordeste

Após nomeação, Ciro Gomes diz que irá acabar com o 'piscinão' do HGF

No primeiro dia como secretário de Saúde do Ceará, o ex-ministro Ciro Gomes afirmou que recebeu "ordens" do governador e irmão Cid Gomes para resolver o problema dos leitos na ala de espera do Hospital de Geral de Fortaleza (HGF), conhecido como “piscinão”. "Eu tenho ordem do governador para resolver o problema e não posso demorar mais que 90 dias. E vou fazer", afirmou, após o anúncio oficial dos oito novos secretários de governo na noite desta segunda-feira (9).
O novo secretário de Saúde não deixou de criticar a gestão passada de Fortaleza. “O sistema colapsou porque nos últimos dez anos a rede municipal ambulatorial foi destruída. Eu tenho garantido que isso na gestão do prefeito Roberto Cláudio vai ser resolvido”, diz. Segundo Ciro Gomes, será reforçado uma central de regulação que encaminhará para as unidades de saúde. “Ao invés de a população ir caoticamente para onde achar que deve ir, ela vai ser referida pelo sistema”, afirma.

Ciro Gomes foi o primeiro novo secretário anunciado oficialmente pelo governador nesta segunda-feira (9). Antes de apresentar o nome do irmão, Cid Gomes afirmou que a saúde é a área de maior preocupação da população. “Escolhi a pessoa que é para mim é a melhor referência em gestão pública”, justificou Cid Gomes.
Ciro Gomes também comentou sobre o programa Mais Médicos. “Eu acho que foi mal empacotado e mal anunciado, mas isso é uma opinião antiga. Hoje, para mim, é um excelente programa”, afirmou. O ex-ministro ainda comentou que mantém uma boa relação com o presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará, José Maria Pontes. “Tenho maior respeito e estima por ele”. Em 1992, quando era governador do Ceará, Ciro enfrentou uma crise com a classe médica, após os profissionais da área entrarem em greve. Na ocasião, Ciro comparou os médicos a sal: "são brancos, baratos, e se acha em todo lugar", disse.

G1