O PMDB realiza, amanhã, o seminário “Para onde a cidadania quer levar o Brasil?”, em Brasília, onde discutirá o cenário político e as alianças para as eleições de 2014. Além disso, o encontro debaterá com especialistas e lideranças partidárias, no Congresso Nacional, os acontecimentos sociais, políticos e econômicos, principalmente os protestos que tomaram as ruas de todo o Brasil. O seminário é promovido pela Fundação Ulysses Guimarães e acontecerá no Plenário da Câmara dos Deputados, de 10h às 13h. Entre os expositores estarão Renato Meirelles, Paulo Baía e Thiago de Aragão.
segunda-feira, 1 de julho de 2013
Ministra convoca reunião para discutir medidas de proteção a estrangeiros
Titular da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, a ministra Maria do Rosário convocou para esta terça-feira (2) uma reunião extraordinária para debater medidas de proteção aos estrangeiros residentes no Brasil, após o assassinato do menino boliviano Brayan Yanarico Capcha, de 5 anos. O menino foi morto por chorar demais durante um assalto à residência de sua família, em São Paulo. Membros da Comissão para Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae) e do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) avaliarão formas de fornecer maior proteção e garantia de direitos aos estrangeiros. “O assassinato do Brayan foi o ato de mais completa desumanidade que eu vi recentemente. Não vou mais me perguntar o que move um ato desses, que é a total desvalorização da vida, mas sim o que podemos fazer para aumentar a segurança e as garantias das pessoas que vêm procurar oportunidades no Brasil”, declarou a ministra. Maria do Rosário anunciou que a Conatrae e o CDDPH discutirão em João Pessoa, na Paraíba, o acordo de direito à residência em vigor no Mercosul, firmado pelo Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai – suspenso temporariamente do bloco – além da Bolívia e Chile. Informações da Agência Brasil.
Após pesquisa, base endurece com Dilma e faz cobranças
A queda da popularidade e das intenções de voto na presidente Dilma Rousseff, em pesquisas após as manifestações de rua, apontam para uma mudança na correlação de forças do governo federal com os aliados no Congresso Nacional. Em vez de meros carimbadores de propostas do Executivo, governistas já admitem que a "cartilha da presidente" não será rezada cegamente pelo Legislativo. Ainda que reservadamente, aliados também cobram trocas na articulação política e na equipe econômica.
Manifestações e pesquisas também mexeram com a rotina de Dilma. Hoje, a presidente faz uma rara reunião ministerial para "colocar todos os ministros a par das resoluções do governo, dos encaminhamentos e também fazer recomendações de como conduzi-los", disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que se reuniu ontem com Dilma e outros sete colegas de Esplanada. A reunião, segundo Bernardo, é para "não deixar os projetos pararem, todos saberem de que forma estão sendo encaminhadas as reivindicações e. também garantir que não haja paralisia ou retrocesso dos programas sociais".
Se no Executivo o momento parece ser de freio de arrumação, as quedas de 27 pontos na avaliação positiva de Dilma e de 21 pontos de intenção de voto na presidente captada pelo Datafolha levou aliados a afirmar que são contrários a propostas de interesse do Planalto no Legislativo. Defendem, também, mudanças na equipe econômica e na articulação política, caso essa última não seja fortalecida.
"Muda a relação do Congresso com a presidente, ela vai ter que dialogar mais para aprovar os projetos propostos, inclusive vai ter que abrir um canal com a oposição", adverte o deputado Lúcio Vieira Lima, cacique do PMDB baiano, "A pesquisa foi um desastre. Agora vamos ter que remar tudo de novo. Vai ser uma eleição dura, acabou a brincadeira. Jogaram uma eleição fora em 30 dias, vai ter que recompor o governo. A Dilma vai ter que, realmente, ter um governo de coalizão, senão vai ficar sozinha", disse um senador líder de partido aliado.
Ministros* Surpreso com a dimensão da queda, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), defende que o governo tenha. um interlocutor nos moldes de José Dirceu e Antonio Palocci, que chefiaram a Casa Civil.
"Com isso facilitaria muitas coisas", disse Nogueira. Perguntado se defendia a saída das ministras das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e da Casa Civil, Gleisi Hoflman, o senador respondeu: "Ou (devem) sair ou ganhar autoridade, porque quem faz o ministro é a própria presidente". Outro senador próximo a Dilma defende reservadamente: "A Ideli e a Gleisi vão precisar sair".
A pressão pela troca da equipe econômica também cresce entre aliados. Persiste a preocupação com a inflação, que não foi debelada. "O Guido Mantega não tem como se manter, porque ele não inspira mais confiança", disse outro líder dabase aliada, referindo-se ao ministro da Fazenda.
Projeto» No Congresso, a primeira vítima da "cartilha da presidente" será o projeto que inibe criação de partidos. Patrocinada pelo Palácio do Planalto, a proposta prejudicaria a eventual candidatura da ex-ministra Marina Silva. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não deve colocar mais o projeto em pauta. "Se aprovar agora, é casuísmo, ainda mais no momento em que a Marina está bem nas pesquisas", afirmou o líder do PMDB no Senado, Eunícío Oliveira (CE) , outrora defensor da aprovação do texto.
Também acuados pelas manifestações, os parlamentares começaram a aprovar um "pacote positivo" de medidas, algumas das quais sem combinar com o governo. Entre as propostas, está a que estabelece o repasse de recursos do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), atualmente retidos pela União, para Estados e municípios.
O líder do PT no Senado, Wellington Dias, afirmou que ainda não é possível prever mudanças na relação de aliados do Congresso frente ao novo cenário de popularidade da presidente. Para o petista, entretanto, já existia uma tensão no ar. "Antes das mobilizações, já havia uma alteração na relação de quem era base e oposição. O tensionamento já existia", destacou. Estadão
Jornais do mundo falam sobre vitória do Brasil contra a Espanha
A vitória do Brasil sobre a Espanha na final da Copa das Confederações foi destaque no notíciário internacional, sobretudo na Espanha. Jornais espanhóis ressaltavam a atuação de Neymar - que acaba de ser contratado pelo Barcelona - e classificaram como pesadelo a partida que aconteceu no Maracanã na note deste domingo.
Confirma abaixo algumas manchetes:
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Marca.com: Maracantazo. O site especializado apontou o Brasil como superior desde o início da partida e destacou a proximidade da Copa do Mundo de 2014.

El Mundo: Pesadelo no Maracanã. O jornal apontou o Maracanã como "Terra Santa" dos brasileiros, lembrando que ele segue inviolável para os europeus. De acordo com matéria publicada no site, a atuação dos comandados de Felipão foi digna de sonho.

El País: O sonho do Maracanã foi um pesadelo. O principal jornal espanhol também fala em sonho/pesadelo. A matéria lembra que o time de del bosque pegou bem menos na bola do que o de costume.

As: Maracanã devorou a Seleção (Espanhola). Para este portal de notícias espanhol, a final da Copa das Confederações contou com o melhor do Brasil e o pior da Espanha.

Gazzetta dello Sport: Show de Neymar e Fred. Brasil afunda a Espanha. Esse jornal italiano exalta o ataque do Brasil e também lembra que o Mundial está cada vez mais próximo.
domingo, 30 de junho de 2013
Pesquisa eleitoral confirma queda de Dilma Rousseff e embate com Marina Silva em 2014
Depois de três semanas de manifestações de rua em todo o país, a
presidente Dilma Rousseff é a pré-candidata que mais perdeu apoio na
corrida pelo Planalto.
Sua taxa de intenção de votos cai até 21 pontos percentuais. Embora
ainda lidere a disputa de 2014, a queda indica que hoje ela teria de
enfrentar um segundo turno.
Para piorar a situação da presidente, seu antecessor, Luiz Inácio Lula
da Silva, se mostrou bem mais resiliente à insatisfação geral dos
eleitores com os políticos.
Além de ter perdido só dez pontos percentuais, o petista ainda ganharia
no primeiro turno a eleição hoje em um dos cenários apresentados.
Há um crescente movimento dentro do PT que pede a volta de Lula em 2014.
O Datafolha foi à ruas na quinta e na sexta-feira. Entrevistou 4.717
pessoas em 196 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais
para mais ou para menos.
O cenário hoje mais provável para a sucessão inclui Dilma, Marina Silva
(Rede), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Nessa simulação, a
petista tinha 51% das intenções de voto nos dias 6 e 7 deste mês. Agora,
desceu para 30%. Esse é o mesmo percentual da aprovação de seu governo,
apurada no mesmo levantamento e divulgada ontem pela Folha.
Nesse mesmo cenário, Marina Silva subiu de 16% para 23%. Aécio Neves foi de 14% para 17%. Campos oscilou de 6% para 7%.
Os três adversários juntos pularam de 36% para 47%. Nessa hipótese, seria realizado um segundo turno entre a petista e Marina.
Impressiona o aumento de eleitores sem candidato --que dizem não saber
quem escolher ou que afirmam votar em branco, nulo ou nenhum. No início
do mês, eram 12%. Agora, são 24%.
No outro cenário no qual Dilma aparece como candidata é incluído também o
presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa --que tem
negado intenção de disputar eleições.
Nessa hipótese, a petista tem 29% e há três nomes empatados em segundo
lugar: Marina (18%), Aécio e Joaquim (15% cada um). Campos pontua 5%.
Lula é testado em duas simulações. Numa delas, vai a 45%. Nesse cenário,
Marina, Joaquim, Aécio e Campos somam juntos 43% e ficam empatados
tecnicamente com o ex-presidente. Haveria possibilidade de segundo
turno.
Em outra cartela, quando o nome de Joaquim não é incluído, Lula tem 46%
contra 37% de Marina, Aécio e Campos somados -aí o petista venceria no
primeiro turno.
No geral, é possível dizer que os votos perdidos por Dilma foram, em
parte, herdados por Marina e Joaquim. Um outro segmento de ex-dilmistas
preferiu fazer um "pit stop" no grupo dos que
não têm candidato. Aécio e Campos não se beneficiaram da desidratação de Dilma.
não têm candidato. Aécio e Campos não se beneficiaram da desidratação de Dilma.
Outro indicador duro com a atual presidente é na pesquisa espontânea,
aquela na qual o entrevistado não é confrontado com uma lista de nomes. A
petista já havia caído de 35% para 27% de março para o início de junho.
Agora, bateu em 16%. Lula se manteve estável, com 6%. Joaquim Barbosa,
que nunca aparecia na pesquisa espontânea, surge com 2%.
Há oscilações nas intenções de voto quando se comparam as taxas do
interior do país e de áreas urbanas. Dilma vai melhor no interior. Folha
sábado, 29 de junho de 2013
Oposicionistas falam sobre queda da popularidade de Dilma Rousseff
A oposição não vê motivos para festejar a queda acentuada de Dilma de olho em 2014. "A gravidade do momento é tal que tanto o governo como a oposição não podem pensar em si próprios", avaliou o presidente do Democratas, Agripino Maia (RN). "Com a eclosão das manifestações, o jogo zerou. A oposição sempre pregou no deserto e, de repente, essa mobilização dá à oposição a perspectiva de se preparar para um bom embate", afirmou o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR).
O presidente do Democratas, senador Agripino Maia (RN), disse que o resultado da pesquisa é uma "constatação clara" dos equívocos da gestão petista. "Acabou este tempo de governar em nome da reeleição", disse, ao cobrar de Dilma "humildade de mudar" e ao ressaltar que a oposição está disposta a conversar com a presidente em torno do pacto lançado semana passada. Os oposicionistas, porém, são contrários à realização do plebiscito para se fazer uma reforma política. Agripino Maia defende melhorias na gestão fiscal e uma forte atuação para debelar o câmbio e a inflação altas no País.
O líder do PSDB do Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), avaliou a queda de popularidade da presidente como um "tombo catastrófico, um sinal amarelo". Para ele, Dilma desperdiçou a capacidade de liderança que tinha para fazer reformas importantes, como a tributária, enquanto ainda apresentava elevados índices de aprovação. "A capacidade de atuação agora fica mais difícil. Ela não atuou quando tinha gordura para queimar. Mas ainda há tempo, desde que se disponha a fazer a atribuição dela e não perca seu tempo com manobras políticas como a do plebiscito", afirmou. Estadão
Ato pede melhorias na educação em Juazeiro do Norte
A população de Juazeiro do Norte, no interior do Ceará, voltou a fazer protestos de rua nesta sexta-feira. Cerca de duas mil pessoas fizeram uma caminhada pelas principais vias da cidade pedindo melhorias nos serviços de saúde, educação e segurança, além de garantia de emprego.
O protesto seguiu pelas ruas de forma pacífica e ordeira e não foram registradas ocorrências. “Queremos mais educação na nossa cidade para as escolas terem mais educação e melhorar o salário dos professores, eles merecem”, diz a estudante Eliza Bernardes.
Por precaução, a prefeitura teve a segurança reforçada. “Foi uma manifestação pacífica, graças a Deus”, diz o guarda municipal. Além da prefeitura, outros prédios públicos, como Câmara Municipal e sede da Previdência, tiveram segurança reforçada.
O protesto terminou em frente à agência bancária onde o prefeito da cidade, Raimundo Macedo, foi sitiado na manifestação de 18 de junho. Na ocasião, cerca de sete mil pessoas encurralaram o prefeito em represália à lei que reduzia benefícios salariais dos professores. Nesta sexta-feira, o prefeito afirmou que iria criar uma nova lei restabelecendo os benefícios.
As pessoas dizem que vão continuar os protestos até que outras reivindicações sejam atendidas. “As manifestações são legítimas e pacíficas. A gente luta pelo passe livre e em apoio aos protestos que ocorrem no sudeste e sul do país e principalmente pelas pautas concretas que estão aqui em Juazeiro do Norte, como foi a redução do salário dos professores, a questão do transporte sucateado que tem, as escolas rurais estão sendo fechadas e todas as outras pautas”, resume a estudante Tatiane Soares. G1
PT, PDT, PCdoB e PSB defendem plebiscito com fórum
Os presidentes do PT, PDT, PCdoB e o vice-presidente do PSB se reuniram hoje em São Paulo para firmarem apoio à proposta de um plebiscito sobre a reforma política e traçarem estratégia para defender a ideia. Além Rui Falcão, do PT, Carlos Lupi, do PDT, Renato Rabelo, do PCdoB, e Roberto Amaral, do PSB, também participaram da reunião o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que compõe a executiva nacional do PT, e o presidente da Fundação Maurício Grabois, Adalberto Monteiro.
Eles decidiram criar um fórum onde serão debatidas as ideias em torno do plebiscito, inclusive as que forem apresentadas pelos demais partidos da base aliada do governo da presidenta Dilma Rousseff. Os quatro partidos pretendem começar uma campanha nacional a favor do plebiscito e irão se reunir com frequência para discutir o assunto – o próximo encontro será em Brasília, no dia 3. “Na reunião vamos discutir o que vai constar no plebiscito, as perguntas que deverão ser apresentadas”, disse Paulo Teixeira. “O fórum é inicial dos quatro partidos, mas vamos ouvir outras entidades e outros partidos”.
O fórum criado hoje também deverá ser utilizado para consultar as ideias dos movimentos sociais e do movimento sindical sobre o plebiscito e sobre a reforma política. Pretende-se ajudar a definir as questões que vão balizar a consulta popular, mas não entrar em detalhes sobre a reforma para não criar confusão na população.
Os quatro partidos também definiram que vão apoiar que a reforma inclua financiamento público exclusivo de campanha e voto proporcional em listas que serão elaboradas pelas agremiações partidárias. A ideia de que a consulta popular seja feita por meio de um referendo, que foi apresentada esta semana pela oposição, foi rechaçada pelos presidentes dos quatro partidos.
“A proposta do plebiscito já foi acordada com a presidenta e dez partidos da base, então nós queremos manter o que foi proposto pela presidenta. Além disso, nós entendemos que devemos consultar o povo antes [de fazer a reforma]”, defendeu Teixeira. Agência Brasil
'O que muda um país é o fim da impunidade', diz prefeito do Rio
Dedicado a "administrar a crise" desde que os protestos tomaram conta da cidade e do país, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB) vai contra a corrente que aposta na reforma política como resposta à insatisfação generalizada e diz que o melhor caminho seriam medidas concretas de combate à corrupção. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Paes, que participou no início da semana, em Brasília, da reunião extraordinária convocada pela presidente Dilma Rousseff com prefeitos e governadores, fez uma crítica indireta à demora do governo em reagir. "Estava me agoniando a ausência da presidenta", afirmou.
Embora tenha propostas de mudanças no sistema eleitoral e aprove a ideia do plebiscito, Paes diz que a prioridade deve ser outra. "O que muda um país é o fim da impunidade. No Brasil há uma lerdeza. Aqui há uma sensação de impunidade muito grande, que desacredita as instituições, tende a uma generalização. Tenho minhas teses, como o voto distrital misto, mas não acho que seja resposta para crise de representatividade. Não acredito nesse modelo como transformador da política brasileira", afirmou.
Para Paes, a reunião com a presidente foi importante para que ela compartilhasse a responsabilidade pelas falhas do poder público apontadas nas mobilizações. "Ela precisava fazer aquele gesto. Ninguém foi ali para fazer debate nem esperava isso. Ali se dizia o seguinte: temos um problema que é brasileiro, que pertence a todos. Não é um problema do (Fernando) Haddad ou do Eduardo Paes, que, a pedido do Guido Mantega, atrasaram o aumento da passagem de ônibus. Meu movimento claramente com o Haddad foi dizer isso não são os vinte centavos. As pessoas estão nas ruas por vários motivos. Então, precisava, sim, a presidenta da República fazer o movimento que fez", disse o prefeito. Veja
Dilma Rousseff não assistirá final da Copa das Confederações no Maracanã
Convidada oficialmente para a abertura e encerramento da Copa das Confederações, a presidente Dilma Rousseff não assistirá do estádio do Maracanã à final da competição, disputada entre Brasil e Espanha, às 19h deste domingo (30), segundo a ESPN. A emissora informou que a ausência da chefe do Executivo Nacional à última partida do torneio foi confirmada pela assessoria do Palácio do Planalto. Na abertura, a presidente foi vaiada pela torcida no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Joseph Blatter chegou a falar sobre a possível ausência de Dilma nesta sexta-feira (28). “Não sou profeta, não posso prever [se ela vai]”, declarou o suíço, de forma ríspida. Antes desta sexta, a presença da presidente era considerada como certa pela entidade máxima do futebol.
O país das oportunidades perdidas
Em 1941, o escritor austríaco Stefan Zweig, exilado aqui durante a Segunda Guerra, publicou um livro que deu ao Brasil a famosa alcunha de país do futuro. Naquela época, quase 70% da população vivia no campo e metade das exportações era de produtos agrícolas. De lá para cá, a economia nacional deu saltos, ganhou destaque mundial e ofereceu à sociedade o melhor nível de vida de sua história. Mesmo assim, os brasileiros ainda não chegaram à terra prometida, embora não tenha faltado chances para isso. Pior: pagam caro hoje pela crise de confiança no futuro. Há várias situações nas quais o governo ignorou nos últimos anos vantagens próprias do território e do perfil populacional, além de raros momentos favoráveis da conjuntura externa. Se os tivesse levado em conta, importantes avanços poderiam ter ocorrido e as badaladas conquistas nas áreas social e econômica seriam consolidadas.
A espetacular onda de crescimento global verificada na primeira década do século, com grande fluxo de capitais especulativos e forte valorização dos alimentos e dos minerais vendidos ao mundo pelo Brasil, foi a folga perdida para a administração federal realizar reformas estruturais. Boa parte do desequilíbrio das contas externas e do desconforto fiscal da União é resultado dessa negligência diante da chamada bonança externa. Da mesma forma ocorreu com a janela aberta pelo bônus demográfico — como é classificado o período no qual a proporção de gente em idade ativa é bem maior em relação aos dependentes de auxílio previdenciário. Essa seria uma chance para ajustar as contas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no vermelho há 15 anos, que corre o risco de acabar sem ser em nada aproveitada.
Os disparates se repetem no dia a dia dos negócios do país, como recursos hídricos cada vez mais escassos se perdendo no esgoto e toneladas da safra recorde de grãos se espalhando pelas estradas esburacadas. É também de impressionar que a mais promissora zona agrícola do planeta, o Mato Grosso, apenas consegue armazenar um quinto da sua produção. Apesar de Zweig e outros analistas vislumbrarem infinitos alvos para o Brasil se desenvolver econômica e socialmente, a história mostra que a desatenção com as oportunidade de hoje cobram muito caro amanhã. O economista, diplomata e ex-ministro do Planejamento, Roberto Campos, apontou a classe dirigente como o maior gargalo do progresso nacional. Numa frase, ele resumiu bem as sucessivas frustrações com os cochilos do gigante: "O Brasil não perde a oportunidade de perder oportunidades". Oxalá os protestos populares que ganham as ruas possam produzir mudanças também na forma de se planejar o futuro. Em vez de o populismo abusar dos dias de fartura, em nome dos índices eleitorais, a racionalidade de Estado deveria estar presente, desarmando bombas e adubando o sucesso duradouro. Correio Braziliense
Aprovação a gestão Dilma tem maior queda e vai a 30%, aponta Datafolha
A aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff caiu para 30%, segundo pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (29) pelo jornal "Folha de S.Paulo". O número de eleitores que consideram o governo bom ou ótimo caiu 27 pontos percentuais desde o início dos protestos no país. Há três semanas, a aprovação era de 57%. De acordo com o instituto, é a maior queda de popularidade registrada desde o início da gestão Dilma.
A pesquisa foi realizada na quinta (27) e sexta (28) com 4.717 pessoas, em 196 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. É a segunda vez desde que a presidente assumiu o cargo, em 2011, que sua avaliação cai acima da margem de erro da pesquisa. Em março, o índice de aprovação do governo atingiu 65%.
O percentual de pessoas que consideram a gestão Dilma ruim ou péssima passou de 9% para 25%, segundo a pesquisa. A nota média da presidente, numa escala de 0 a 10, caiu de 7,1 para 5,8.
Os entrevistados pelo Instituto Datafolha também avaliaram o desempenho da presidente em relação aos protestos. O levantamento apontou que, para 32%, a postura de Dilma foi ótima ou boa. Outros 38% julgaram como regular e 26% avaliaram como ruim ou péssima.
Diante das manifestações em centenas de cidades brasileiras, a presidente Dilma Rousseff fez um pronunciamento na TV no dia 21 de junho e propôs aos 27 governadores e aos 26 prefeitos de capitais convidados por ela para reunião no Palácio do Planalto, no dia 24, a adoção de cinco pactos nacionais: por responsabilidade fiscal, reforma política, saúde, transporte, e educação.
Plebiscito
A pesquisa Datafolha mostra ainda que 68% dos entrevistados apoiam a ideia de um plebiscito para consultar a população sobre questões ligadas à reforma política. Outros 19% disseram que Dilma agiu mal ao propor a ideia, e 14% não souberam responder.
O instituto diz ainda que 73% dos pesquisados são favoráveis à criação de uma constituinte para elaborar uma reforma política. Sobre esse tema, 15% mostraram-se contrários à proposta.
Economia
O Datafolha também avaliou a expectativa dos entrevistados em relação à inflação: 54% acham que o índice vá aumentar. No último levantamento, 51% afirmaram acreditar no aumento. Para 44% o desemprego vai crescer, enquanto na pesquisa anterior o índice era de 36%. Segundo o instituto, 38% acreditam que o poder de compra do salário vai cair, aumento de 11 pontos percentuais em relação ao último levantamento. G1
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