terça-feira, 15 de janeiro de 2013

TV da Câmara Municipal de Fortaleza transmitirá missas e cultos


No que depender do esforço de alguns parlamentares, a TV Fortaleza – televisão oficial da Câmara Municipal – passará a transmitir, todos os domingos, uma programação de missas e cultos evangélicos. A ideia original de incluir conteúdo religioso na emissora é do presidente da Casa, Walter Cavalcante (PMDB), mas o vereador Elpídio Nogueira (PSB) se encarregará de formalizar a proposta. Segundo ele, ainda nesta semana, haverá reunião técnica para tratar do assunto. 
O tema promete gerar debates dentro e fora do Legislativo, já que a Constituição Federal determina o Estado laico (neutro, em relação às questões religiosas). Inicialmente, Elpídio sinalizou ao O POVO que duas religiões serão contempladas pelo espaço na TV Fortaleza. “A proposta é transmitir a missa dominical da Catedral de Fortaleza, pela manhã. À noite, seria o culto de uma igreja evangélica, fazendo um rodízio entre as igrejas”, descreveu.

Questionado sobre a participação de outras correntes religiosas – como o espiritismo, judaísmo, budismo, candomblé, entre outras – o vereador afirmou que “não haverá dificuldade” de incluí-las. “Qualquer grupo terá espaço. Falamos em missa e culto porque são os dois maiores. Mas, não tem nenhuma dificuldade. Se procurarem a gente, haverá espaço aberto”, afirmou.

A intenção de transmitir conteúdo religioso na TV do Legislativo foi anunciada por Walter Cavalcante no ano passado, durante campanha para a mesa diretora da Câmara. O peemedebista é identificado com os movimentos religiosos e trabalhou para a construção de monumentos em espaços públicos da Capital, como a de Nossa Senhora de Fátima, na Avenida 13 de Maio, erguida em 2008 com apoio da Prefeitura.
 
Mobilização
A expectativa é que a proposta desenhada por Elpídio Nogueira seja apresentado à Mesa Diretora em fevereiro. Procurados pelo O POVO,representantes de religiões no Ceará disseram que pretendem se mobilizar para garantir um pedaço da fatia da programação. 

“Às vezes, queremos realizar um evento e não temos a mesma facilidade de divulgação que outros movimentos têm. Vamos nos mobilizar. É importante o espaço na televisão para se tratar de fé, de espiritualidade, de ética. Agora, o ideal é pensar algo que contemple todas as manifestações”, afirmou o presidente da Federação Espírita do Ceará, Felipe Klein.

A presidente da União Espírita Cearense de Umbanda, Mãe Suzana Sá de Oliveira, quis lembrar que “vários umbandistas votaram em Walter Cavalcante”, mas disse não ter expectativas sobre a inclusão de sua religião na programação. A União já teve um programa de rádio onde eram anunciados eventos, endereços de terreiros e canções tocadas nos cultos da Umbanda. “Mas era caríssimo. Deixei de pagar”, relata.
 O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

Segundo informações do site da Câmara Municipal, a TV Fortaleza “tem programação voltada para a informação, o serviço e a educação para a cidadania. Noticiário, debates, entrevistas, cultura e o cotidiano, em todos os seus detalhes, da Câmara Municipal de Fortaleza”. 
Saiba mais

O Artigo 19 da
Constituição Federal diz: “É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes, relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público”. 

Ainda segundo a Constituição, o Estado brasileiro é laico. Isso não significa que seja ateu ou antirreligioso, mas que deve ser neutro em relação às questões religiosas e garantir a liberdade de culto e crença da população.
O vereador Elpídio Nogueira se disse “um dos maiores defensores do Estado laico” na Câmara. “O estado laico significa que você deve respeitar as maiorias e os princípios do povo da cidade. A grande maioria daqui é católica e evangélica. Não se pode é colocar a religiosidade oficialmente, mas retratar o aspecto religioso da cidade”, afirmou o parlamentar.
 De acordo com Elpídio, a definição da programação da TV Fortaleza é matéria administrativa e não precisa passar pelo plenário. A emissora terá, ainda, novidades como programa de Língua Brasileira de Sinais (Libras) e espaços para artistas cearenses.

Serviço 
Assista à programação da TV Fortaleza, da Câmara Municipal
Onde: Canal 6 (NET), 61.4 (Canal Digital) ou pela Internet, através dowww.cmfor.ce.gov.br

Senador Cristovam Buarque critica submissão ao Executivo

Diante do fracasso das tentativas de lançar um concorrente politicamente viável ao líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), na eleição para a presidência do Senado, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) está enviando carta aos colegas com duras críticas à "falta de transparência", "desvios éticos", "submissão" ao Poder Executivo e "inoperância" da gestão nos últimos anos. Para ele, o resultado é um Legislativo "incompetente e inconsequente".
Cristovam, que já enviou o documento para mais da metade dos senadores e tem recebido sugestões, busca apoio para a divulgação de um documento cobrando do próximo presidente compromisso com medidas para "recuperar a eficiência e a credibilidade" da Casa. Entre as sugestões - que recebeu de João Capiberibe (PSB-AP) -, está a criação de uma comissão de parlamentares para acompanhar e fiscalizar a administração do biênio 2013-2014.
"Nos últimos anos o Senado tem acumulado posicionamentos que desgastaram sua imagem perante o povo brasileiro, especialmente pela falta de transparência, pela edição de atos secretos, pela não punição exemplar de desvios éticos e pela perda da capacidade de agir com independência", afirma.
Além de "submissão" ao Executivo, aceitando as medidas provisórias os requisitos previstos na Constituição, o senador aponta "inoperância" do Congresso, citando como exemplo a não apreciação de 3.060 vetos presidenciais acumulados por quase 20 anos. Nesse tema, classifica como "ridícula" a tentativa de votar esses atos pendentes em uma tarde - numa estratégia comandada pelo presidente, José Sarney (PMDB-AP), e líderes partidários com o objetivo de apreciar o veto da presidente Dilma Rousseff à nova repartição da receita do petróleo. Cristovam integra o grupo suprapartidário de senadores que pretendia lançar uma alternativa viável à sucessão de Sarney, mas fracassou. Embora Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) ainda admitam a colegas que podem se disputar, as chances de vitória são consideradas nulas, por falta de articulação.
O senador do PDT questiona o lançamento de um candidato sem chance, apenas para marcar posição. Prefere coletar apoios para um documento cobrando compromissos do próximo presidente com uma profunda reforma na administração, que dê à Casa um "novo rumo".
Na carta aos colegas, Cristovam compara o processo eleitoral da próxima Mesa Diretora, a ser escolhida em 1º de fevereiro, às eleições do passado, comandadas por "coronéis" da política.
"Voltaremos [do recesso] apenas para ratificar o nome, nomeado sem apresentar qualquer proposta que mude o nosso funcionamento. Votaremos como os eleitores que iam às urnas na Primeira República, levando a cédula sem conhecer o nome do candidato escrito nela pelos antigos coronéis de interior", afirma. A condição de Renan como o candidato do PMDB - partido que tem o direito ao cargo por ter a maior bancada - é conhecida, mas o líder adia a oficialização de sua candidatura, para reduzir o desgaste com a lembrança de processos por quebra de decoro que sofreu e exposição a novas críticas. É exatamente o que está acontecendo com o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (RN). Candidato a presidente daquela Casa, está sofrendo denúncias na mídia.
No documento que está enviando aos senadores, o representante do DF lembra recentes motivos de desgaste da Casa, como a não votação do Orçamento para 2013 e a não definição de novos critérios de rateio do Fundo de Participação dos Estados até 31 de dezembro de 2012, descumprindo determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). O Legislativo jogou "as finanças dos Estados em um abismo", avalia.
Acrescenta o fim "vergonhoso" da CPI do Cachoeira e o "equívoco" cometido pela administração do Senado por não descontar Imposto de Renda de parte do salário dos senadores. Para o representante do DF, a consultoria jurídica do Senado tem feito "análises frágeis" e precisa de uma reforma.
"Tudo isso exige que a eleição de um novo presidente seja feita com debates entre nós senadores para, antes da eleição, sabermos quais as propostas para recuperar a eficiência e a credibilidade do Senado, ajudando a recuperar a de todo o Parlamento", diz Cristovam na carta. Critica a falta de debate de ideias entre os parlamentares, o plenário vazio e os discursos feitos "para a televisão". A primeira sugestão apresentada por Cristovam é a realização de reuniões ordinárias de segunda a sexta, para limpar a pauta de assuntos importantes como os vetos presidenciais, a reforma política, o Código Civil, as reformas no regimento e na estrutura do Senado, as relações com os demais poderes (inclusive como tratar as MPs e como evitar a judicialização da política), o novo Plano Nacional de Educação e a revisão dos critérios de distribuição do Fundo de Participação dos Estados.
Também pede um mecanismo que "impeça o rolo compressor nas votações", reforma da consultoria legislativa para impedir os "erros recentes", manifestação explícita dos votos em comissões e plenário, cumprimento dos prazos regimentais, redução do número de comissões, escolha de relatores por "critérios republicanos pré-definidos", com rodízio entre todos os senadores e criação de um comitê de senadores para acompanhar e fiscalizar as decisões tomadas pelos servidores e pela mesa diretora.
"Este comitê asseguraria total transparência aos processos licitatórios, inclusive com divulgação ampla pela internet de todas as receitas e gastos do Senado, mantendo os senadores permanentemente informados sobre a gestão da Casa", propõe.
Cristovam defende que o próximo presidente garanta o "papel fiscalizador" do Senado, instalando automaticamente todo pedido de comissão parlamentar de inquérito feito pelo número mínimo de senadores, exigido pela Constituição. Essa ideia foi apresentada por Randolfe.
O senador do PDT termina a carta, cujo título é "Uma nova presidência e um novo rumo para o Senado", pedindo sugestões aos colegas para "ajudar a reorientar os rumos" do Legislativo.

2014: Leônidas Cristino x Eunício Oliveira


"No Ceará, o governador Cid Gomes não poderá concorrer a reeleição uma vez que já está no seu segundo mandato consecutivo. Nos bastidores, o secretário Especial dos Portos, Leônidas Cristino está costurando o caminho para ocupar o Palácio Abolição em 2014. Leônidas sucedeu Cid Gomes na prefeitura de Sobral e, no ano passado, intensificou a participação em eventos ao lado do atual governador.
Outro que sonha com a vaga de Cid Gomes é o senador Eunício Oliveira. O peemedebista ainda não fala abertamente sobre a candidatura, mas também não esconde que sonha em administrar o Ceará. O senador, que é presidente do PMDB, mantém a aliança estadual com Cid Gomes, que além de governador é presidente do PSB no Ceará, e tenta atrair o apoios para disputar o governo do Estado em 2014."
Correio Braziliense

Assessor de líder peemedebista na Câmara pede demissão após denúncias

O assessor do líder do PMDB na Câmara Federal, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), pediu demissão nesta segunda-feira (14). O colaborador deixou o cargo um dia depois de areportagem publicada pelo Jornal Folha de S. Paulo revelar que Aluizio Dutra de Almeida é dono de uma empresa que recebeu dinheiro público de emendas parlamentares do próprio peemedebista. O ex-assessor de gabinete é sócio da Bonacci Engenharia e Comércio Ltda. Conforme reportagem deste domingo (13), pelo menos três prefeituras do Rio Grande do Norte contrataram a empresa por meio de emendas - cotas do Orçamento da União - indicadas por Henrique Alves. Na edição desta segunda, a Folha divulgou ainda que o Departamento Nacional de Obras contra as Secas ( DNOS), controlado politicamente pelo deputado Henrique Eduardo, repassou mais R$ 1,2 milhão para a mesma empresa por meio de prefeituras. Aluizio Dutra trabalhava com o parlamentar desde 1998 na Câmara e é tesoureiro do PMDB regional, presidido pelo deputado, que é o favorito para ser eleito presidente da Casa na eleição de fevereiro próximo, com o apoio da base aliada do governo, da presidente Dilma Rousseff e de partidos de oposição.

Peemedebistas rechaçam isolamento da sigla caso DEM se aproxime de Dilma em 2014

As articulações políticas em torno de futuras alianças para disputar a sucessão da presidente Dilma Rousseff estão apenas começando, mas dois lances recentes no tabuleiro político podem representar um prenúncio de isolamento do PMDB na corrida pelo Palácio do Planalto. O recente estreitamento da relação entre Dilma e o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, é um deles. Depois de vir a Salvador para conversar com a chefe do Executivo nacional, Campos disse que não vai se candidatar e vai apoiar a reeleição da petista. O segundo e mais imprevisível lance: a aproximação do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM) com a presidente. No caso de um eventual alinhamento de democratas e socialistas à candidatura de Dilma, em tese, as chances de os peemedebistas ficarem isolados aumentam. Mas os deputados federais pelo PMDB, Arthur Maia (BA) e Sandro Mabel (GO), não pensam assim. Embora não acredite na possibilidade de a legenda construir um projeto nacional para lançar candidato próprio à sucessão da presidente Dilma Rousseff (PT), Arthur Maia não descarta completamente a hipótese e defende que a sigla “não tenha cargos” nem na prefeitura de Salvador, tampouco no governo estadual, para poder “trilhar um caminho de independência” em 2014. Sandro Mabel aposta no fortalecimento da legenda nos próximos anos e na construção de uma candidatura peemedebista ao Planalto em 2018. Para isso, explica, o PMDB tem investido em lideranças que apresentem resultados concretos para o crescimento do partido. Um expediente adotado pela sigla tem sido o de substituir os líderes dos diretórios regionais que não conseguem manter ou ampliar o número de peemedebistas eleitos na região. “Não apresentou resultado, a gente troca todo mundo”, declarou Mabel, que participou de um almoço nesta segunda-feira (14), na capital baiana. 

Vem aí o aumento de gasolina e diesel

O governo vai reajustar em 7% o preço do combustível. O óleo diesel também vai subir, mas em nível um pouco menor - entre 4% e 5%. A expectativa é a de que o anúncio seja feito na semana que vem. Para amenizar o impacto desse aumento e evitar uma piora nos índices de inflação, a equipe econômica estuda algumas medidas que poderão ser adotadas nos próximos meses.

Estado do Ceará deve fornecer tratamento para idosa com diabetes


O Estado do Ceará deve fornecer insulina e material de monitoramento glicêmico à idosa M.C.O., que tem diabetes. A decisão é do juiz Joaquim Vieira Cavalcante Neto, respondendo pela 9ª Vara da Fazenda Pública do Fórum Clóvis Beviláqua.

Segundo os autos (nº 0130894-68.2013.8.06.0001), a paciente, de 63 anos, sofre de Diabetes Mellitus Tipo 2, desde 2008. Ela deve fazer uso contínuo dos medicamentos “Glulisina” e “Glargina” para controlar a glicêmia. Os fármacos têm utilização mais prática e acarretam menos efeitos colaterais.

A idosa também necessita de material de monitoramento, como glicosímetro, agulhas, entre outros. Por não dispor de recursos financeiros suficientes, M.C.O. ajuizou ação contra o Estado requerendo o fornecimento do tratamento.

Ao analisar o caso, o magistrado destacou que a saúde é direito de todos e dever do Estado, conforme prevê o artigo 196 da Constituição Federal. “Intolerável, portanto, qualquer omissão do Poder Público quando se trata da promoção e proteção da vida e da saúde do cidadão, e em última análise até mesmo da dignidade humana”.

Em caso de descumprimento, o juiz fixou multa diária de R$ 1.000,00. A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico da última sexta-feira (11/01).

Correios criam novo serviço de entrega rápida de mercadorias


A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) deu início hoje (14) ao Sedex 12, serviço de entrega rápida de documentos e mercadorias. O novo serviço permite três tentativas de entrega em dias consecutivos, a primeira em até 12 horas após à postagem. Serão atendidas mais de mil cidades de 17 estados.
A captação e distribuição do serviço acontecerá nos estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo (interior). No Piauí, Alagoas, Rio Grande do Norte, Paraíba e a capital de São Paulo haverá apenas a captação deste serviço.
O chefe do departamento Comercial de Encomendas dos Correios, Ricardo Fógos, disse que criação do Sedex 12 foi uma oportunidade de estimular a demanda por serviços da linha courieraos clientes de novos mercados", disse. Segundo ele, "o serviço vai oferecer alternativa aos clientes de cidades para as quais não há viabilidade operacional do Sedex 10, uma vez que esse serviço depende da atividade de transporte."

EBC

Após reunião com Dilma, Eduardo Campos evita comentar sobre 2014


Após mais de duas horas de reunião com a presidente Dilma Rousseff, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse nesta segunda-feira (14) que os dois conversaram sobre parcerias entre os governos federal e estadual, investimentos em obras e sobre a situação da estiagem no Estado.
A presidente e o governador também trataram dequestões políticas, mas Campos evitou comentar a continuidade da aliança entre o PT e o PSB para as eleições de 2014 e disse que seu partido não quer "eleitoralizar" o debate político brasileiro nesse momento. As informações são da Agência Brasil.
"Não chegou a hora de tratar de 2014. Estamos tratando de ajudar a presidenta a vencer o ano de 2013. A disposição do PSB é dar a contribuição do partido para que possamos retomar o crescimento econômico, para que possamos tratar da pauta efetiva do país", disse.
Diálogo em temas como distribuição de royalties do petróleo
Segundo Campos, é preciso priorizar a "pauta real" do país e ajudar o governo a enfrentar as dificuldades do cenário econômico mundial, além de facilitar o diálogo em temas como o Fundo de Participação dos Estados e a distribuição de royalties do petróleo.
"O bom aliado é aquele que, em uma hora como essa, em vez de discutir o eleitoral, discute o político, o que interessa ao país. O que interessa ao país, neste momento, não é criar dificuldade para a presidenta Dilma, é ajudá-la a vencer as dificuldades que uma conjuntura internacional adversa impõe ao mundo e que ela com muita coragem tem enfrentado", disse.
Dilma deve ir a Pernambuco no dia 18 de fevereiro, segundo Campos. "Uma parte da agenda tem a ver com a questão da estiagem".

Deputado quer aprovar até a Copa projeto de lei que regulariza a prostituição no Brasil



Em um prostíbulo, mulheres adultas são forçadas a prestar favores sexuais e a conviver com menores exploradas. O dinheiro fica para o cafetão e, se alguém denunciar, corre risco de morte. Embora criminosa, esta cena não é tão excepcional quanto parece --ela faz parte do cotidiano de muitas cidades brasileiras.
No Brasil, prostituição não é crime, é uma profissão legalizada. Ilegais são as casas de prostituição, o que dá margem aos mais diversos tipos de abusos e corrupção.
De olho no aumento da exploração sexual durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) protocolou um projeto de lei na Câmara dos Deputados para regularizar a profissão das prostitutas. Ele quer que a proposta seja aprovada até 2014, para evitar a proliferação de casos como o divulgado no último dia 10, quando uma jovem conseguiu fugir de uma casa onde era explorada sexualmente e mantida em cativeiro, em São Paulo.
Não é a primeira vez que uma iniciativa como a de Wyllys é levada a cabo no Brasil. O ex-deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) já havia protocolado um projeto semelhante durante seu mandato (1995-2011), mas o texto foi arquivado após ele deixar a Câmara. Agora, o diálogo com as prostitutas voltou a ganhar força, com a expectativa gerada por estes dois grandes eventos esportivos.
Em entrevista ao UOL, Jean Wyllys explicou a necessidade de um projeto como este, enfatizando sempre a urgência da regularização das casas onde são prestados serviços sexuais e a diferença entre prostituição e exploração sexual.
UOL - Por que um projeto de lei que regulamente o trabalho das prostitutas?
Jean Wyllys - Há uma demanda pelo serviço sexual das prostitutas e dos prostitutos, pois a prostituição não é só feminina. Essas pessoas existem, elas são sujeitos de direitos. As prostitutas se organizaram em um movimento político nos anos 70 e início dos anos 80, um movimento que no Brasil foi encabeçado principalmente pela Gabriela Leite, fundadora da grife Daspu e presidente da ONG Da Vida. O projeto é um esforço de atender à reivindicação deste movimento. Tais reivindicações estão em absoluto acordo com a minha defesa pelas liberdades individuais, pela defesa dos direitos humanos de minorias, ou seja, não é uma pauta alienígena ao meu mandato, ao que eu defendo, como os direitos sexuais e reprodutivos da mulher, a descriminalização das drogas e os direitos dos LGBTs. Já houve uma tentativa de atender à demanda deste movimento antes [com o ex-deputado Gabeira], e eu retomei. Então temos uma segunda tentativa agora, com um projeto mais bem-elaborado e construído em parceria com o movimento social. Antes de eu protocolar esse projeto, ele foi submetido a várias reuniões com lideranças do movimento das prostitutas e com feministas. Foi um projeto amplamente discutido.
UOL - Em que pé está a tramitação do projeto na Câmara?
Wyllys
 - O projeto está agora na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, onde será relatado pela deputada Érika Kokay (PT-DF), que é favorável a ele. Em seguida, vai para a Comissão de Seguridade Social e Família e, depois, para plenário. Mas esse projeto tem um objetivo maior, que é garantir dignidade às profissionais do sexo, reconhecer seus direitos trabalhistas. Atualmente, elas não contam com dignidade, são exploradas por redes de tráfico humano, por cafetões e por proxenetas. Por que isso acontece? Porque a prostituição não é crime no Brasil, mas as casas de prostituição são. E são poucas as prostitutas que trabalham de maneira absolutamente autônoma, sem precisar de um entorno e de relações. Então, a maioria delas acaba caindo em casas que operam no vácuo da clandestinidade. O projeto quer acabar com isso. Garantir, portanto, direitos trabalhistas e uma prestação de serviço em um ambiente absolutamente seguro. Outro objetivo do projeto é o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. Um erro muito cometido pela imprensa, um erro comum, é falar em prostituição infantil. Não existe prostituição infantil. A prostituição é uma atividade exercida por uma pessoa adulta e capaz. Se uma criança faz sexo em troca de dinheiro, em troca de objetos, seja lá o que for, esta criança está sendo abusada sexualmente, e exploração sexual é crime. Atualmente, muitas crianças são exploradas em casas de prostituição, justamente porque essas casas são ilegais, elas não têm fiscalização. Quando a polícia consegue investigar uma casa, o policial acaba recebendo propina. E as prostitutas adultas não podem sequer denunciar. Se denunciarem, o proxeneta mata. É uma situação que não pode continuar. O que pode resolver este estado de coisas é um projeto que regulamente a atividade das prostitutas e torne legais as casas de prostituição.
UOL - Então o projeto está focado na legalização das casas?
Wyllys - 
Exatamente, porque a prostituição não é crime no Brasil. A prostituição é estigmatizada e marginalizada, mas não é crime o que a prostituta faz, ela não é uma criminosa. O que é crime, segundo o Código Penal, é a casa de prostituição. Só que, ao fazer da casa de prostituição um crime, a prostituta é taxada como criminosa, porque nenhuma prostituta é autônoma a ponto de trabalhar sozinha. E, embora a casa de prostituição seja crime, eu, você, toda a imprensa e a polícia sabe que há casas de prostituição funcionando. Se estão funcionando no vácuo da ilegalidade, alguém está permitindo que funcionem assim, alguém está recebendo propina para não denunciá-las. Temos aí o crime da corrupção policial como um crime decorrente da ilegalidade das casas. Então, é melhor para todo mundo que as casas operem na legalidade, que o Estado possa recolher impostos, fiscalizá-las, levar políticas públicas de saúde da mulher e, sobretudo, proteger as crianças e adolescentes.
UOL - O projeto de lei contempla apenas prostitutas mulheres acima dos 18 anos ou outras formas de prostituição, como a masculina e a de travestis?
Wyllys - 
Todas as pessoas adultas e capazes, incluindo as mulheres transexuais, as travestis e os garotos de programa. Então, a ideia é para todos, é um projeto que vai se aperfeiçoar na medida em que ele for sendo relatado, porque a cada relatoria novas questões vão sendo incorporadas. Num primeiro momento, eu ouvi muito mais as mulheres, é verdade, porque esse movimento está organizado desde o final dos anos 70. Os garotos de programa não se mobilizaram em um movimento político, eles existem como um coletivo disperso.
UOL - Há um prazo para o projeto ir a plenário?
Wyllys - 
Não, não há um prazo, porque tem a tramitação nas comissões. Eu vou colocar todas as minhas relações na Câmara para fazer o projeto tramitar, e é claro que eu vou contar com aliados, porque haverá uma bancada que provavelmente vai se opor ao projeto, e vai se opor por puro moralismo. A oposição que eu vou ter é esta, é uma oposição moral. Mas eu vou concentrar todos os meus esforços para fazer o projeto tramitar o mais rápido possível, antes da Copa do Mundo. Talvez converse com as lideranças da bancada do PT, que são prováveis aliados, com bancadas de esquerda e com a bancada feminina, que é uma bancada controversa, porque não há um consenso nesta bancada sobre a prostituição.
UOL - Quais as principais barreiras para a aprovação do projeto no Congresso?
Wyllys - 
Essa bancada moralista, a bancada conservadora que reúne evangélicos fundamentalistas, católicos fundamentalistas e conservadores laicos, que não são católicos nem evangélicos, mas são conservadores, hipócritas, moralistas.
UOL - E as principais barreiras na sociedade na luta pelos direitos das profissionais do sexo?
Wyllys - 
Eu não sei dizer, não vou falar em nome de toda a sociedade, detesto essa generalidade. A sociedade é muito diversa para eu falar em nome dela. O que posso dizer é que, desde que protocolei esse projeto, tenho recebido reações de apoio que me surpreendem, que vêm de pessoas que eu nem esperava que fossem apoiar. E, ao mesmo tempo, claro que apareceram vozes dizendo que o deputado Jean Wyllys quer incentivar a prostituição. É um discurso rasteiro. Eu não quero incentivar a prostituição, as prostitutas existem, elas estão aí prestando serviço, e, se há um serviço, há demanda. A sociedade que estigmatiza e marginaliza a prostituta é a mesma sociedade que recorre a ela. Eu não estou inventando este estado de coisas. Na narrativa mais antiga produzida pela humanidade, a prostituição já é citada. Não é à toa que dizem que é a profissão mais antiga do mundo. Eu quero dar dignidade a estas profissionais, sobretudo o proletariado. Pois aquela prostituta de classe média alta que divide um apartamento no Rio ou nos Jardins de São Paulo talvez seja menos vulnerável que o proletariado da prostituição, que depende das casas e de exploradores sexuais. Eu quero proteger os direitos delas, garantir a dignidade e combater a exploração sexual de crianças e adolescentes. Qualquer pessoa de bom senso entende isso e se coloca a favor do projeto. Quem tem se colocado contra é quem quer deturpar deliberadamente o projeto ou pessoas muito moralistas, que acham que a prostituição é um mal em si. E aí não adianta você argumentar que é uma questão de liberdade individual, que uma pessoa adulta pode escolher ser prostituta. Se as pessoas não compreendem isso, vão achar sempre que a prostituição é uma desgraça.
UOL - Que situação o senhor visualiza no Brasil durante a Copa e as Olimpíadas?
Wyllys - 
Eu acho que vai haver um aumento da demanda por serviços sexuais, porque haverá muito mais turistas. As pessoas vão prestar esses serviços, então que elas prestem os serviços dentro de regras mínimas, que proteja tanto um quanto outro. Quantos turistas não são levados por redes de exploradores de prostitutas, em que elas servem de laranja para um crime? É para proteger ambos os lados, não só o lado de quem oferta o serviço, mas também de quem demanda.
UOL - O senhor conversa com prostitutas sobre as perspectivas para esses dois eventos esportivos?
Wyllys - 
Sim, claro. Como eu disse, esse projeto foi construído com elas. Estive com prostitutas no Pará, na Bahia, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais. E por meio de redes sociais. É uma demanda das prostitutas, que encontraram no meu mandato o diálogo que elas tinham antes com o Gabeira. Eu sou o único deputado hoje que pode abrir o mandato para essa demanda. Os deputados têm medo dessa pauta, têm medo de serem estigmatizados por essa pauta, de serem difamados e de perder as eleições. Eu não tenho medo de perder as eleições, não nasci deputado, sou professor universitário e jornalista. Se eu não conseguir me reeleger na próxima eleição, tenho meu trabalho, minha profissão. Então, eu não vou temer defender uma minoria. As prostitutas têm uma perspectiva em relação à Copa do Mundo e às Olimpíadas de que a exploração vai aumentar, elas vão ser expostas a uma violência ainda maior, a integridade das crianças e adolescentes vai estar ainda mais ameaçada.
UOL - Como o senhor avalia o surgimento de movimentos neofeministas como o ucraniano Femen, que realiza protestos na Europa contra a prostituição?
Wyllys - 
Existem feminismos no plural, e não feminismo. Eu não vou falar do Femen, porque não conheço essas meninas, para além de elas colocarem o peito na rua. Mas eu conheço o feminismo de longa data, eu me considero feminista e tenho muitas amigas feministas. Há um feminismo de viés esquerdista e socialista que é abolicionista, ou seja, quer abolir a prostituição, porque considera a prostituição um subproduto do regime capitalista. Esse discurso é equivocado, na medida em que antes do capitalismo já existia a prostituição. De mais a mais, todos somos mercadoria numa sociedade capitalista, todos nós vendemos a nossa força de trabalho, utilizamos o nosso corpo para empreender e executar esse trabalho. Não é por conta disso que a gente vai negar a uma categoria os direitos trabalhistas. O outro equívoco desse feminismo socialista é que ele advoga pela autonomia da mulher sobre o seu corpo, e aí quer tutelar o corpo da mulher dizendo que ela não tem o direito de prestar um serviço sexual com o seu corpo. Que história é essa? Então você faz um discurso de que quer libertar a mulher e de que a mulher é dona de seu corpo, que não se pode tutelar o corpo da mulher, para tutelar o corpo da mulher? Ora. Tanto é que na França há um embate entre a ministra dos Direitos das Mulheres [Najat Vallaud-Belkacem, que é feminista abolicionista] e o movimento das prostitutas, que dizem "nós escolhemos ser prostitutas, não somos vítimas. A gente só quer trabalhar com dignidade e garantir os nossos direitos". Ou seja, a mulher tem que ter autonomia sobre o seu corpo, inclusive para se prostituir, se ela quiser. E há ainda um terceiro ponto no discurso dessas feministas, que as coloca ao lado da Igreja. Se estas feministas lutam pelo direito ao aborto, como elas podem dar mão à igreja contra o direito à prostituição? Não lhe parece um paradoxo, que elas defendam o direito ao aborto e neguem à mulher o direito a se prostituir? Isso é moralismo e um policiamento da sexualidade feminina.


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Agenor Neto pode assumir o DNOCS


O Ministério da Integração Nacional, determinou nova auditoria no DNOCS, para apurar irregularidades, apesar de um dos diretores do órgão ser um auditor da Controladoria Geral da União. Hoje, em Brasília, se falou na possibilidade de mudança no comando do DNOCS. O atual diretor iria perder o cargo para o ex-prefeito de Iguatu, Agenor Neto, indicado pela direção nacional do PMDB. Esta foi a nota postada no Blog do Roberto Moreira. 

 Em seguida, entramos em contato com o diretor de jornalismo da TV Diário que fez a seguinte declaração, “ além do nome de Agenor neto que possui o apoio de Eunício Oliveira e Aníbal Gomes, foram apresentados mais quatro nomes que serão analisados e o sucessor poderá ser anunciado nos próximos dias”, disse. Confira a entrevista na íntegra para concedida para a Rádio Iguatu.Net:

 

O Departamento Nacional de Obras Contras as Secas (DNOCS) é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Integração Nacional e com a sede da administração central em Fortaleza. Se constitui na mais antiga instituição federal com atuação no Nordeste. Criado sob o nome de Inspetoria de Obras Contra as Secas (IOCS) em 21 de outubro de 1909, em 1919 recebeu ainda o nome de Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas, até que em 1945 passa a chamar-se DNOCS. 

Dispõe a sua legislação básica tem por finalidade executar políticas do Governo Federal, no que se refere a beneficiamento de áreas e obras de proteção contra as secas e inundações, irrigação, radicação da população em comunidades de irrigantes e subsidiariamente, outros assuntos que lhe seja cometidos pelo Governo Federal, nos campos do saneamento básico, assistência às populações atingidas por calamidades públicas e cooperação com os Municípios, possuindo grande atuação no semi-árido do Nordeste e norte de Minas Gerais.

MPF denuncia a Caixa por irregularidades no financiamento do "Minha Casa, Minha Vida"


O MPF (Ministério Público Federal) no Espírito Santo ajuizou ação civil pública contra a Caixa Econômica Federal pela prática de “venda casada” nos financiamentos relativos ao Programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal. De acordo com as investigações, a Caixa oferecia taxas reduzidas aos consumidores que adquirissem outros serviços do banco.

De acordo com a denúncia, o banco omitia  informações relevantes a respeito dos financiamentos – como a não necessidade de abrir uma conta corrente para ter o pedido de crédito analisado –, induzindo os clientes a abrirem contas correntes, movimentá-las, quase que exclusivamente para o pagamento de prestações.
Para o MPF, os casos observados durante as investigações caracterizam claramente violação ao artigo 39 do CDC (Código do Direito do Consumidor), no qual se estabelece que é vedada a prática de venda casada, isto é, condicionar a venda de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço. Também de acordo com o CDC, a oferta de informações inverídicas ou mesmo a omissão de dados relevantes aos consumidores infringem direito básico dos consumidores.
Tendo em vista que as violações foram cometidas em tema envolvendo o direito fundamental à moradia, gerando perda de credibilidade no Estado e nas instituições, além de sensação de desamparo, angústia e indignação nos consumidores, o MPF pede que a Caixa seja condenada ao pagamento de multa no valor de R$ 500 mil por dano moral coletivo e que divulgue em suas agências e empresas terceirizadas, em local visível e de fácil acesso, as principais informações acerca dos financiamentos imobiliários.
Como forma “punitiva/pedagógica”, o MPF requer que a Caixa deixe de exigir a aquisição de outro produto ou serviço como condição para a análise e deferimento do financiamento e que não faça distinção de tratamento entre consumidores correntistas e não-correntistas, sob pena de multa no valor de R$ 10 mil por consumidor lesado.
A ação é válida para os municípios de Boa Esperança, Conceição da Barra, Jaguaré, Montanha, Mucurici, Nova Venécia, Pedro Canário, Pinheiros, Ponto Belo, São Mateus e Vila Pavão.

UOL