segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Projeto barra leilão de tempo no rádio e TV


Uma proposta em tramitação na Câmara altera a Lei Eleitoral para evitar que os partidos ditos nanico façam parte de coligações com o objetivo de favorecer legendas maiores, proporcionando a eles mais tempo de propaganda gratuita no rádio e na TV.
O autor, deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), explica que, atualmente, muitas legendas pequenas, com pouca ou nenhuma representatividade, acabam praticando uma espécie de leilão, ao colocarem à disposição de partidos maiores o tempo de propaganda a que têm direito.
Pelo Projeto de Lei, partidos que não estiverem coligados na eleição majoritária (para presidente, governador, prefeito e senador) só poderão ceder seu tempo de propaganda no rádio e na TV se o número de candidaturas registradas por eles para as eleições proporcionais alcançar, pelo menos, 70% das vagas a que têm direito no pleito.
Pela Lei Eleitoral vigente, cada partido pode registrar candidatos na proporção de até uma vez e meia do total de lugares a serem preenchidos nas Câmaras Federal, legislativas e municipais e nas Assembleias Legislativas.
Para coligações, podem ser registrados candidatos até o dobro do número de lugares a preencher. Essa regra vale apenas para a distribuição de dois terços do tempo total, uma vez que, pela legislação vigente, o terço do tempo restante é distribuído igualitariamente entre todos os “partidos e coligações que apresentarem candidato e tiverem representação na Câmara dos Deputados”.
O Estado CE

Com seis vetos, Dilma sanciona lei que prorroga concessão de energia


A presidente Dilma Rousseff sancionou com seis vetos o projeto de lei de conversão à Medida Provisória 579, que dispõe sobre as concessões de energia elétrica e reduz os encargos setoriais para permitir energia mais barata ao consumidor. De acordo com o texto, as concessões de energia elétrica poderão ser prorrogadas uma única vez, a critério do poder concedente, pelo prazo de até 30 anos.
Entre os vetos estão duas condições impostas para a prorrogação da concessão: a submissão aos padrões de saúde e segurança no trabalho e de respeito aos direitos e garantias dos consumidores a serem definidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pela legislação vigente e a definição pela Aneel das atividades acessórias que poderão ser executadas com terceiros.
Na avaliação do Ministério de Minas e Energia, a proposta pretendia atribuir à Aneel competência estranha à sua finalidade institucional. Ressalta ainda que essas questões já estão garantidas pela legislação trabalhista e de defesa do consumidor.
A presidente vetou também o dispositivo que permitia a devolução da Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica aos empreendedores. Para o Ministério da Fazenda, isso "desvirtua a vinculação do produto da arrecadação da atividade que deu causa à sua instituição".
Foi vetado ainda o artigo 31, que permitia às concessionárias de energia que não tiveram suas obras iniciadas em razão de comprovados atos ou fatos alheios à sua gestão o direito de equilíbrio econômico-financeiro. Na avaliação do governo, os termos de reequilíbrio estabelecido no texto "violam os princípios da isonomia e da modicidade tarifária".

IG

"Jornal Nacional" fecha 2012 com pior desempenho no Ibope desde 2000

O "Jornal Nacional", da Rede Globo, fechou 2012 com o pior desempenho no Ibope desde o começo dos anos 2000, informou o portal F5, da Folha de S.Paulo, do último domingo (13/1).


Em 2012, o "JN" teve média de 28,2 pontos de Ibope. Em 2011, foram 32 pontos. Em 2000, o jornalístico marcava 39,2 pontos. Na década, o melhor desempenho foi em 2004, com 39,8 pontos.

Paulo Diógenes terá assessores humoristas

Três humoristas cearenses poderão ser encontrados diariamente na Câmara Municipal de Fortaleza, a partir dessa legislatura que se inicia. É que o humorista e agora vereador Paulo Diógenes (PSD) terá dois assessores que também trabalham com humor: Lailton Melo, o "Lailtinho Brega", e Ciro Santos. De acordo com o parlamentar, os dois colegas de profissão vão auxiliá-lo no desenvolvimento de projetos nas três áreas que pretende focar seu trabalho: humor, cultura e tratamento contra a dependência química.

A escolha dos dois humoristas, segundo o vereador, se deu pela confiança construída ao longo dos 25 anos de amizade entre eles e pelo próprio fato de trabalharem com humor. "São pessoas que trabalharam comigo na campanha inteira, que acreditaram no meu sonho", acrescenta. Lailtinho e Ciro Santos foram os dois coordenadores da campanha de Paulo Diógenes. Além deles, o ator Carri Costa e o psicólogo Tauma Gonçalves de Morais também vão assessorar o parlamentar. "Quis fazer um gabinete para atender todas as pessoas no trabalho que me propus a fazer", explica.

Paulo Diógenes, no entanto, ressalta que, assim como ele, Ciro e Lailton não estarão na Casa Legislativa como humoristas, mas como cidadãos. "As pessoas imaginam a gente como sendo só humorista na vida, mas nós temos outras facetas. Além do Paulo Diógenes humorista, existe o Paulo cidadão. Um Paulo Diógenes que, há 14 anos, estava na dependência química. Um Paulo que, há quatro anos, montou uma instituição para (tratamento de) dependentes químicos", destaca.

Paulo Diógenes diz que, como vereador, vai lutar pela criação de mais clínicas de internamento em Fortaleza. O parlamentar afirma que também vai sugerir projetos de ressocialização, por meio de cursos e de oportunidades de trabalho. O humorista disse que vai defender ainda trabalhos de assistência social com as famílias dos dependentes, "que também adoecem com eles".

Pandemia
Na avaliação de Paulo Diógenes, as drogas são problemas bem antigos, mas só agora os governantes estão se dando conta das graves consequências causadas por ela na sociedade. "As pessoas estão começando a perceber que é uma pandemia", ressalta. Prova disso, lembra, é que só recentemente o Governo do Estado criou a Assessoria Especial de Políticas Públicas sobre as Drogas - presidida pela ex-procuradora geral do Estado, Socorro França - e o prefeito Roberto Cláudio, a Coordenadoria de Políticas sobre Drogas, que será presidida por Maria Juliana Sena.

Outro objetivo do parlamentar é propôr ações educacionais por meio de vários tipos de arte. Segundo Lailtinho Brega, um dos projetos é o das lonas culturais, por meio das quais a população de vários bairros terá acesso a apresentações artísticas. "A grande ideia é seduzir a droga por meio da arte, do humor e da cultura. Dizem que ela é sedutora, mas nada é mais sedutora do que a arte", afirmou o assessor parlamentar, acrescentando que ele, Ciro e Paulo Diógenes estão estudando as leis do Município e o regimento interno da Câmara para que o mandato consiga aprovar muitos projetos.

Criatividade
Para conseguir desenvolver o máximo de ações sem onerar o orçamento do Município, Paulo Diógenes afirma que toda a equipe dele pretende trabalhar com muita criatividade no desenvolvimento dos projetos. Ele afirma ainda que ele, Lailtinho e Ciro Santos vão continuar trabalhando, paralelamente, como humoristas em outros horários. 


Diário do Nordeste

Iluminação pública salta até 144,9 % na mudança de faixa

Os consumidores mais desatentos não devem sequer notar que, ao pagar a conta de energia elétrica, está ali embutido um percentual referente à Contribuição de Iluminação Pública (CIP). O valor dessa taxa, que é direcionada integralmente para manutenção e ampliação da iluminação municipal, é calculado de acordo com o nível de utilização de energia na residência, podendo variar de forma significativa. Em Fortaleza, um cliente que consome, no mês, entre 31 e 100 KiloWatts/Hora (KWH), paga R$ 3,30 de CIP. No entanto, se o consumidor passar para a faixa seguinte (de 101 para 250 KWH), o seu desembolso passa a ser de R$ 7,85, o que representa 138% a mais.

Acima disso, no grupo residencial que utiliza entre 251 e 500 KWH, a contribuição passa a ser de R$ 19,23, aproximadamente 144,9% superior à cobrança na faixa anterior. O valor máximo, para quem registra consumos superiores a 1.000 KWH, é de R$ 100,86.

Em vigor desde abril de 2012, os dados pertencem à atual tabela da AMC (Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania), que, na Capital, é responsável pela CIP. No caso de clientes não residenciais, as taxas são ainda maiores, podendo atingir até R$ 204,84.

No ano passado, a arrecadação de Fortaleza com tal contribuição foi de R$ 118,4 milhões, o que representa uma queda de 2,2% em relação a 2011, quando as receitas obtidas por esse meio foram de R$ 121,1 milhões. A diminuição ocorre desde 2010, ano em que arrecadou-se R$ 126 milhões com essa contribuição. Conforme a AMC, dentre os principais serviços mantidos por meio da Contribuição, estão a manutenção e a modernização do nível tecnológico do parque de iluminação da cidade, o qual objetiva reduzir o consumo de energia e promover uma maior segurança ao trânsito de pedestres e turistas. Para isso, é fundamental o papel da população ao notificar sobre eventuais problemas. Além disso, os recursos são utilizados para aumentar o número de pontos de iluminação em Fortaleza. Há, ainda, a chamada "manutenção preditiva", cuja função é substituir equipamentos que ainda não apresentam defeitos, mas cuja vida útil já se aproxima do fim.

A contribuição legal, criada por meio da emenda constitucional nº 39, de dezembro de 2002, é cobrada de todas as unidades consumidoras que dispõem de energia, inclusive apartamentos, condomínios, salas comerciais e indústrias. Vale ressaltar que os clientes da classe "Residencial baixa renda" são isentos. Esses usuários consomem até 60 KW h/mês. De acordo com o núcleo de Gestão Energética (Nugen), ligado à AMC, mais de 176 mil pontos de iluminação existem, atualmente, na cidade. Em 2002, o parque era constituído por 131 mil, 34% a menos.

Mais informações:
O consumidor pode solicitar serviços de iluminação pública por meio do número 0800-2802115

VICTOR XIMENESREPÓRTER DIÁRIO DO NORDESTE



Ex-deputado Severino Cavalcanti deixa prefeitura sucateada


Aos 82 anos e com a ficha suja até 2015, o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP) encerrou seu mandato de prefeito em João Alfredo (PE) sem pagar salários de dezembro dos servidores, devendo a fornecedores e sob denúncias de sucateamento de equipamentos públicos.
As contas do município estão bloqueadas pela Justiça.
Nos quatro anos em que administrou sua cidade natal (a 110 km de Recife, com pouco mais de 30 mil habitantes), ele nunca cumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Foi multado duas vezes pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), por ultrapassar o limite de 54% de comprometimento da receita com o pagamento de pessoal.


No ano eleitoral de 2010, Severino chegou a comprometer 79% da receita municipal com esses salários.
Mesmo assim, os servidores não recebiam em dia. Havia indícios de que a prefeitura pagava fornecedores em detrimento aos funcionários, disse o promotor de Justiça Luiz Guilherme Lapenda.
Por esse motivo, em 2012, as contas da prefeitura foram bloqueadas duas vezes pela Justiça, a pedido de Lapenda.
Severino, que já havia comandado a Prefeitura de João Alfredo entre 1963 e 1966, tentou se reeleger no ano passado, mas a Justiça recusou a sua candidatura, com base na Lei da Ficha Limpa.
Ele está proibido de disputar eleições até 2015 porque renunciou ao mandato de deputado em 2005, após ser acusado de receber um mensalinho para manter ativo um restaurante da Câmara.
Severino apoiou a candidatura de sua vice na chapa, Anna Mendes (PSDB), mas a tucana foi derrotada por Maria Sebastiana (PTB).

CASO DE POLÍCIA

Logo após assumir, a nova prefeita reclamou do que viu e acusou o seu antecessor de sucatear a prefeitura.
Boletins de ocorrência foram lavrados na delegacia da cidade para registrar os problemas que ela encontrou.
Os mais graves estão no único hospital do município.
A sala de cirurgia foi interditada porque a porta que isolava o bloco do restante da unidade foi arrancada. A área de assepsia dos cirurgiões também ficou sem porta.
Na sala de vacinas, a energia elétrica foi cortada no final do ano, e 3.000 doses que estavam estocadas em geladeiras foram perdidas.
Postos de saúde foram desativados, e tratores e veículos da frota oficial, como ônibus escolares, estão parados por falta de manutenção.
As dívidas com fornecedores, segundo a prefeita, chegam a R$ 2,69 milhões, o equivalente a 6,3% do Orçamento municipal de 2013.
Os eleitores fiéis de Severino se dividem ao avaliar o que pode ter sido o último mandato de seu mais ilustre cidadão. Para o comerciante José Manço Ferreira, 74, o desempenho dele foi decepcionante. Não acredito que terá outra oportunidade.
Outro antigo eleitor de Severino, José Nemésio de Lima, 83, discorda. Para ele, o ex-prefeito foi injustiçado e é vítima de complô dos adversários desde o mensalinho.
Na política é assim mesmo, disse ele.

Folha


domingo, 13 de janeiro de 2013

Câmara Federal gasta R$ 280 milhões em reforma de imóveis


A reforma dos 432 apartamentos funcionais destinados aos deputados federais vai custar pelo menos R$ 280 milhões aos cofres públicos, segundo estimativas da Câmara - o que equivale a R$ 650 mil para cada imóvel.
Com os R$ 280 milhões, seria possível pagar o auxílio-moradia de R$ 3 mil a todos os 513 deputados por 15 anos. Se a Câmara optasse por vender os 432 aptos pelo valor de mercado que afirma terem, R$ 2,35 milhões cada, a operação renderia R$ 1,014 bilhão. O valor arrecadado na eventual venda seria o suficiente para pagar auxílios-moradia a todos os deputados de R$ 3 mil por 660 meses, ou 54 anos.
Até agora, a Casa já gastou cerca de R$ 108 milhões com os nove prédios que já passaram ou ainda estão sendo reformados. Nos outros nove edifícios devem ser gastos mais R$ 172 milhões - valor que pode subir, porque será feito um novo edital de licitação. Só em banheiras de hidromassagem, os gastos devem atingir R$ 1,5 milhão.
Cerca de 90 deputados estão na lista de espera por um apartamento. Os primeiros contratos de licitação para as reformas foram firmados em 2007. De lá para cá, seis prédios - com 24 apartamentos cada um - foram entregues depois de atrasos que, somados, extrapolaram em mais de três anos a data prevista para conclusão das obras. Entre os motivos da demora estão problemas com construtoras, como abandono no meio da execução e falência.
O deputado Julio Delgado (PSB-MG), da 4.ª Secretaria da Mesa Diretora, responsável por providenciar o apartamento funcional ou verba de auxílio-moradia, atender aos pedidos de reparos e acompanhar o andamento das obras, defende que agora os imóveis, que pertencem todos à União, estão mais valorizados. O cálculo é que valem hoje, em média, R$ 2,35 milhões cada um.
"Quando eu assumi essa função, fiz um levantamento e vi que apenas quase 200 deputados ocupavam os apartamentos funcionais e mais de 300 requisitavam o auxílio-moradia de R$ 3 mil. Isso significa que éramos obrigados a manter vigilância, limpeza e reparos em prédios em que moravam meia dúzia de pessoas. Era um desperdício."
E continua: "Com a revitalização dos prédios, tornamos os funcionais mais atrativos e invertemos esse número: hoje, menos de 200 recebem o auxílio-moradia. E com lista de espera", afirma. "Sei que essa história da banheira de hidromassagem vai pegar mal, mas já estava prevista nos editais de licitação muito antes de eu assumir a Secretaria, então eu não tenho nada a ver com isso", justifica Delgado.
IG

Motorista envolvido em acidente usando celular deve responder por crime doloso


O motorista que provocar um acidente ou atropelar alguém por estar falando ao celular enquanto dirige deve responder por crime doloso, ou seja, intencional. Na prática, a decisão do Tribunal Federal Regional da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, significa que, nesses casos, os réus serão julgados por um júri popular e estarão sujeitos a penas mais severas do que se condenados por um crime culposo, quando não é intencional.
Ao julgar o recurso do administrador de empresas Márcio Assad Cruz Scaff, acusado de ter atropelado e matado a policial rodoviária federal Vanessa Siffert, o juiz da 3ª Turma do TRF-1, Tourinho Neto, considerou que “as provas produzidas até o momento sugerem que o réu assumiu o risco de produzir o resultado [morte da policial]”, mesmo estando dentro dos limites de velocidade permitida.
Se for condenado pelo crime de homicídio simples, o administrador pode pegar de seis a 20 anos de prisão, em regime fechado. Caso respondesse por crime culposo, estaria sujeito a pena que varia de um a três anos. Para o presidente da Comissão de Direito de Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Mato Grosso, Thiago França Cabral, a decisão, “inflexível”, contribui para combater a impunidade no trânsito.
“Casos como esses, além de um grande absurdo, são frequentes em nosso país. Por isso, a importância de se ter um [Poder] Judiciário forte, inflexível e implacável em suas decisões. Não só por uma questão de justiça, como também como forma de combater a impunidade no que diz respeito à violência no trânsito”.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2000 e 2008, mais de 300 mil brasileiros perderam a vida em acidentes de trânsito, situação que, em 2009, levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a apontar o Brasil como o quinto país em mortes no trânsito
Scaff atropelou Vanessa na noite de 26 de outubro de 2006, na BR-316, em Ananindeua, no Pará. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, o administrador dirigia conversando ao celular quando ultrapassou os carros parados em uma barreira da Polícia Rodoviária Federal, avançou sobre os cones de sinalização e atingiu a policial de 35 anos, que estava em serviço e morreu em razão dos ferimentos. Consta do processo que Scaff também estava visivelmente embriagado e admitiu ter usado substâncias entorpecentes na véspera da ocorrência. Três cigarros de maconha e mais 4,7 gramas da substância foram encontradas no interior do veículo.
Em agosto de 2010, a 4ª Vara Federal Federal Criminal do Pará decidiu que Scaff seria julgado por um Tribunal de Júri por crime doloso, já que havia assumido o risco ao dirigir de forma desatenta e por ter consumido drogas na véspera. O réu então recorreu ao TRF-1, que negou o pedido para que a denúncia fosse alterada de crime doloso para culposo.
AG. Brasil

Em 2012, Câmara teve mais projetos de lei para fazer homenagens do que para educação ou saúde


No ano passado, os deputados federais apresentaram mais projetos de lei com propostas de homenagens do que em importantes áreas sociais, como educação ou saúde.
De um total de 1.653 projetos, 106 sugerem a criação de datas comemorativas, mudanças de nome de trechos de rodovia, viadutos e aeroportos ou a concessão do título de "capital nacional" de alguma coisa para municípios. Os números do que contemplam as áreas de educação e saúde foram menores: 94 e 95, respectivamente.

O tema que mais recebeu atenção dos parlamentares foi relativo ao setor do trabalho e emprego (137 projetos de lei). Em seguida, aparecem propostas nas áreas de desenvolvimento urbano e trânsito (124), administração pública (123), tributação (118) e direitos humanos (114). Veja tabela completa no final.
 
O levantamento foi feito pelo UOL com base em dados fornecidos pela Câmara dos Deputados. A divisão por temas foi fornecida pela Casa. Os projetos estão em diferentes estágios de tramitação na Casa e a maior parte não virou lei ainda. 

Exemplos de proposta

As propostas de homenagem incluem a criação de datas para celebrar, por exemplo, o cicloturismo, o açaizeiro, a inclusão telefônica e os blogueiros e blogueiras. Outras proposições de data pretendem chamar a atenção para problemas de saúde, como a cardiopatia congênita e o câncer bucal.
 
Algumas são curiosas, como a que defende a instituição do Dia Nacional da Eubiose em 10 de agosto. No seu projeto, o deputado William Dib (PSDB-SP) justifica que esse é o dia de fundação da Sociedade Brasileira de Eubiose, organização religiosa que prega a vida "em perfeita harmonia com as leis universais", segundo o site da entidade.
 
Entre os projetos de lei para reconhecer a primazia de determinado município em algum aspecto, há propostas para conferir à cidade paulista de Orlândia o título de "Capital Nacional do Futsal" e à paranaense Terra Roxa o mérito de ser a "Capital Nacional da Moda Bebê". Nenhum deles virou lei ainda.
 

Educação 

 
Na área de educação, foram propostos no ano passado 94 projetos de lei, entre eles um que torna obrigatório o ensino de libras (Língua Brasileira de Sinais) na formação inicial e continuada dos professores da educação básica. Outro propõe o uso do saldo do FGTS para pagar curso de ensino superior. Também tramita na Câmara um projeto que determina que quem se forme em universidade pública preste serviços à sociedade durante um ano.

Saúde

Em relação à saúde, os deputados trouxeram 95 projetos à Câmara. Um deles trata da venda fracionada de medicamentos em clínicas veterinárias e pet shops. Outro estabelece que os locais de realização de prova de vestibular e concurso público tenham postos de atendimento médico.
Um terceiro trata da obrigação de haver o consentimento dos dois cônjuges antes que um se submeta a procedimento de esterilização. Há ainda a proposta de obrigar as unidades de saúde a instalarem câmeras de segurança em unidades de terapia intensiva neonatal, berçários e maternidades.
Projeto que chama a atenção é o que dispõe sobre a criação do "Programa Segunda Sem Carne", que propõe que toda segunda-feira a carne e seus derivados fiquem fora do cardápio dos restaurantes dentro de órgãos públicos, incluindo escolas.

Outras áreas

Também há um projeto de lei que proíbe o uso de cerol em pipa e outro que faz modificações na legislação sobre licitação para incentivar a contratação de pessoas com mais de 50 anos. Há ainda um que determina a internação compulsória para tratamento médico de estupradores contumazes, com opção de castração química, e outro que proíbe o uso de algemas em mulheres antes, durante e depois do parto.
 
No total, a Casa recebeu 1.841 projetos, mas nem todos foram de deputados: 14 vieram de outros órgãos da Casa, como comissões; outros 20, do Executivo; 128, do Senado; 26, do Judiciário; e 4, da Procuradoria Geral da República.
  • Arte UOL

UOL

sábado, 12 de janeiro de 2013

FHC:o maestro da oposição


Escondido por correligionários nas últimas três eleições ao Palácio do Planalto, Fernando Henrique Cardoso costuma comparar os ex-presidentes da República, como ele, a vasos chineses: valiosos e bonitos, mas ninguém sabe ao certo qual utilidade lhes dar e onde os guardar. Agora, tanto ele como o PSDB encontraram uma função à altura de quem comandou os destinos do Brasil por oito anos e colocou o País no trilho da estabilidade econômica. FHC retomou a condição de protagonista do jogo político e mostra que pode ser muito útil para o projeto eleitoral da oposição. Atuando como um maestro, articula com dirigentes tucanos, soluciona pendências com outros partidos e convoca antigos auxiliares para colaborar com a criação de um extenso programa de governo. A interlocutores, tem dito que os tucanos não podem repetir o antigo erro de centrar esforços apenas na tentativa de desconstruir o PT. Para alcançar a vitória nas urnas, será necessário, segundo o ex-presidente, oferecer um novo horizonte aos eleitores e apresentar propostas de mudanças administrativas mais condizentes com o momento atual.  As articulações capitaneadas por ele servirão para pavimentar a candidatura à Presidência da República em 2014 do senador mineiro Aécio Neves, hoje o principal nome da sigla para a disputa. Mas, enquanto a candidatura não é oficializada, o objetivo é reorganizar a legenda e seus aliados para que cheguem fortalecidos à próxima eleição.
Na semana passada, Fernando Henrique Cardoso entrou em cena para tentar debelar a ameaça do DEM de se aliar a outro partido, que não o PSDB, no próximo pleito. Parceiro histórico dos tucanos, o Democratas flerta com o PSB, legenda presidida pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Para que o namoro com os socialistas não vire casamento, o ex-presidente marcou conversas com dirigentes e acionou seu principal interlocutor na agremiação aliada: o prefeito de Salvador, ACM Neto. “Não podemos deixar o DEM fora da nossa aliança”, tem repetido. Num outro canal de diálogo, o ex-presidente atua arduamente para aglutinar o próprio PSDB. Nos últimos dias, interlocutores do ex-governador de São Paulo José Serra disseminaram a notícia de que ele estaria de malas prontas para deixar o tucanato, caso seu nome não fosse considerado para a disputa presidencial. FHC já manifestou publicamente a preferência por Aécio, mas trabalha internamente para impedir a saída de Serra e, consequentemente, de seu grupo político. Uma das soluções encontradas foi oferecer mais espaço dentro da legenda como compensação. Até o fim de 2012, por exemplo, o senador Cássio Cunha Lima estava confirmado para assumir a liderança do PSDB no Senado. Atualmente, FHC sugere o nome de Aloysio Nunes Ferreira, serrista de primeira hora, para a função.
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RUMOS SELADOS
FHC e Aécio Neves combinam cada passo no jogo
que definirá o destino da dupla em 2014
Claro que o agrado a Serra é uma jogada bem combinada com Aécio. Aliás, desde o ano passado, os dois atuam em total sintonia. Não fazem movimento político que ambos não saibam, tenham acordado previamente ou em que não estejam juntos. Na quarta-feira 26, por exemplo, um dia depois do Natal, o ex-presidente e Aécio Neves discutiram a conjuntura econômica com integrantes da chamada ala monetarista da gestão FHC. Na sala do apartamento do senador Aécio Neves, na zona sul carioca, o trio de economistas Pedro Malan, Armínio Fraga e Edmar Bacha teceu análises para municiar o discurso da oposição. Eles analisaram também um receituário na linha liberal para o Brasil crescer mais de 5% ao ano. Entre as estratégias está a ampliação das parcerias com o setor privado, corte de gastos públicos e o aumento de investimentos em infraestrutura. Outros especialistas no assunto próximos ao ex-presidente também participarão da formulação de propostas na área, como Gustavo Franco, Pérsio Arida, André Lara Resende e Elena Landau.
As reuniões ocorrerão no Instituto Teotônio Vilela, entidade de estudos e formação ligada ao PSDB. A ideia é transformar o órgão, presidido pelo ex-senador Tasso Jereissati, numa espécie de polo aglutinador das diretrizes desta “nova oposição”. “As conversas e convites ainda estão num estágio incipiente. Devem ganhar corpo a partir do começo deste ano”, comenta Marcus Pestana, deputado federal e presidente do PSDB mineiro. “Integrantes de diversas áreas do governo FHC serão chamados a participar, além de especialistas de Estados e capitais administrados pelo partido e integrantes da oposição”, complementa. Os planos dos tucanos para a área de relações exteriores devem ter como pensadores os diplomatas Luiz Felipe Lampreia e Sérgio Amaral, integrantes da gestão tucana à frente da Presidência da República. Na equipe responsável pelas ideias para a saúde, a presença do médico Eugênio Vilaça é outra aposta. Aliados dizem que o ex-presidente insiste na reformulação das propostas do partido para o País como condição básica para a retomada do Executivo federal na próxima eleição.
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VOANDO DO NINHO?
Derrotado duas vezes na corrida presidencial, José Serra se mostra irascível
e ameaça deixar o PSDB se não for o candidato do tucanato
Outro plano de FHC, com vistas a 2014, consiste em selar a eleição de Aécio Neves, em maio, para a presidência nacional do PSDB. Além de praticamente sacramentar o nome do senador mineiro na corrida por 2014, o movimento faz parte de uma estratégia baseada nos partidos parlamentaristas europeus em que o líder da oposição é, na maioria das vezes, o indicado pela legenda para exercer o cargo máximo em uma possível vitória. Para dirigentes da sigla, a tática é também uma tentativa de fazer com que Aécio ganhe mais projeção nos noticiários e faça o contraponto à presidenta Dilma Rousseff, candidata natural à reeleição. Tornar o senador mineiro o principal nome da oposição é justamente uma das razões de os tucanos adiantarem a sua indicação para concorrer à Presidência da República. Para trabalhar a imagem do pré-candidato, Fernando Henrique Cardoso e outros aliados correm contra o tempo a fim de definir o responsável por comandar a comunicação da campanha. Também pretendem contratar um instituto de opinião para abastecê-los de pesquisas. Em recentes reuniões, o ex-presidente afirmou que o partido não pode desperdiçar a oportunidade de propagar o nome e as ideias de Aécio nas 120 inserções comerciais e no programa de dez minutos de tevê a que terão direito até o lançamento da pré-candidatura oficial.
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VELHOS COMPANHEIROS 
O ex-presidente do BC Armínio Fraga e o ex-ministro Pedro Malan
já discutem um programa alternativo para os tucanos
Depois que for ungido a presidente nacional do PSDB, o senador mineiro colocará em prática outras estratégias definidas com FHC de olho em 2014. Entre elas, a de realizar um périplo pelas principais capitais do País durante este ano. A caravana tem como um dos objetivos dar projeção nacional ao seu nome, pouco conhecido fora da região Sudeste. Durante as visitas, Aécio Neves pretende denunciar os atrasos de obras de infraestrutura do País e apresentar seus projetos para diferentes áreas, atraindo a atenção de jornais e rádios locais. Aproveitará também os palanques para arregimentar diferentes setores da sociedade ao PSDB e costurar acordos com diretórios de partidos da base aliada que estão estremecidos com o governo federal na esfera municipal ou estadual. Na avaliação de integrantes da legenda, a oposição só terá condições de voltar ao Palácio do Planalto se atrair partidos que hoje estão aliados à gestão petista. Agora, para conquistá-los a candidatura tucana precisa virar o próximo ano em patamares competitivos. Para isso, eles confiam na efetividade da articulação e na velha forma política de Fernando Henrique Cardoso.
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ISTO É

Copa do Nordeste: Sorteio da escala de arbitragem acontece dia 15 em Fortaleza

A Comissão de Arbitragem da CBF confirmou para o próximo dia 15 de janeiro (quarta-feira), às 16h50, no Hotel Amuarama, em Fortaleza, o sorteio da escala de árbitros para a 1ª rodada da Copa do Nordeste.

Com a participação do presidente da CA/CBF, Coronel Aristeu Tavares, do vice-presidente da entidade Antonio Pereira da Silva, do instrutor de árbitros Milton Otaviano, e do presidente da CA/FCF, Leandro Serpa, o evento será realizado durante a última etapa da pré-temporada dos árbitros para a Copa do Nordeste.

A Competição, formada por 16 clubes nordestinos, terá a participação exclusiva de árbitros da região.

SERVIÇO:
Sorteio da escala e arbitragem para a 1ª Rodada da Copa do Nordeste
Data e Horário: Dia 15 de janeiro às 16h50
Local: Hotel Amuarama. Avenida Deputado Oswaldo Studart, 888 – Bairro de Fátima.
Mais informações: Assessoria de Imprensa da FCF - (85) 3206-6505 / 8890-0940 

PSB rechaça notícia de que Eduardo teria vetado nome de Ciro Gomes para ministério


O trânsito entre o PSB de Pernambuco e o PSB do Ceará não é lá dos mais fluidos.
O governador cearense Cid Gomes e seu irmão Ciro Gomes vêm dando demonstrações de que já não nutrem tanto apreço assim pelo governador pernambucano, Eduardo Campos, presidente nacional da sigla.
Não o convidaram, por exemplo, para reforçar o palanque do então candidato a prefeito socialista em Fortaleza, Roberto Claudio (que acabou eleito para o Executivo da capital cearense).
E olha que Eduardo percorreu o país inteiro respaldando concorrentes do partido.
Os dois também já se manifestaram contra a eventual candidatura de Eduardo à Presidência da República em 2014. Defendem que o PSB se mantenha no palanque de Dilma Rousseff.
Ainda assim, qualquer notícia que exponha rusgas entre os Gomes e o governador de Pernambuco é rechaçada. A filosofia socialista é apagar qualquer faísca que possa produzir incêndio.
E assim está sendo em relação à informação de que Eduardo teria vetado o nome de Ciro para um cargo federal, veiculada nessa quinta-feira em coluna da revista Época. Nesta sexta, o partido reagiu com nota assinada por Roberto Amaral:
O vice-presidente Nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Roberto Amaral, refuta, com veemência, informações publicadas em portal da revista semanal de que haja restrições dentro do partido ao governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), e a seu irmão, Ciro Gomes.
“Isso é invencionice”, afirma. “Não há, nem nunca houve, veto do Eduardo Campos (presidente Nacional do PSB e governador de Pernambuco) à participação desses companheiros no governo”, frisa.
Roberto Amaral desmente, igualmente, que tenha se reunido com o governador Cid Gomes, que está nos Estados Unidos, ou com o ex-ministro Ciro Gomes.