sexta-feira, 20 de julho de 2012
UVA recebe inscrições de concurso público para professor efetivo
O Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), autorizou a realização de Concurso Público de Provas e Títulos para provimento de cargo de professor efetivo assistente e adjunto da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral. O Edital 09/2012, que fixa as normas do Concurso, foi publicado no Diário Oficial do Estado no dia 10 de julho e está disponível no site da Uva.
As inscrições serão recebidas no período de 20 de julho a 02 de agosto de 2012, exclusivamente através da Internet, no endereço eletrônico http://concursos. uvanet.br, para os Cursos de Engenharia Civil e de Letras. A titulação exigida é de Mestre e Doutor. Estão sendo ofertadas 20 vagas.
Após a conclusão do preenchimento da ficha de inscrição on-line, deverá ser impresso o boleto bancário, também disponível na Internet, para o pagamento da inscrição, no valor de R$ 100,00, em qualquer agência bancária, até o dia 03 de agosto.
O Concurso será coordenado, administrado e realizado pela Comissão Executiva de Processo Seletivo – CEPS/UVA. A aplicação das provas escrita dissertativa, didática e de títulos ocorrerá nos dias 14 e 15 de agosto, no campus CIDAO, em Sobral.
A remuneração total, incluindo vencimento base, gratificação de dedicação exclusiva, gratificação de regência de classe e gratificação de incentivo pessoal, com regime de trabalho de 40 horas semanais, será de R$ 5.310,79 para Professor Auxiliar/ Nível A; de R$ 7.016,71 para Professor Assistente/Nível D; e de R$ 9.927,81 para Professor Adjunto/Nível I.
As vagas
Das 20 vagas ofertadas, 13 são destinadas para o Curso de Engenharia Civil, para lotação no Centro de Ciências Exatas e Tecnologia, nos seguintes setores de estudo: Construção Civil (04), Estrutura (02), Física na Engenharia (01), Matemática na Engenharia (01), Meio Ambiente (01), Recursos Hídricos (02) e Solos (02).
Para o Curso de Letras, do Centro de Filosofia, Letras e Educação, são sete vagas nos setores de estudo Língua Inglesa (03); Literatura da Língua Inglesa (01); Ensino de Língua Inglesa (01), Linguística e Teoria da Literatura (02).
Serviço
Comissão Executiva do Processo Seletivo – CEPS
Av. Dr. Guarany, 317 – Campus CIDAO, Derby, Sobral-CE
Fone/fax: (88) 3677-4210 – site: www.uvanet.br
Assessoria de Comunicação e Marketing Institucional da UVA
Governo do Ceará autoriza pagamento para Anistiados Políticos
As indenizações somam o valor de R$640 mil. Desses, R$ 450 mil serão pagos aos anistiados com processos deferidos em 2009, e R$ 190 mil para os casos julgados em 2008.
O Governo do Estado do Ceará autorizou o pagamento da indenização no valor de R$ 640 mil para ex-presos políticos que tiveram os processos deferidos pela Comissão Especial de Anistia Wanda Sidou, vinculada à Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus). Dessa verba, R$ 450 mil serão pagos a 18 anistiados cujos processos foram deferidos em 2009, e R$ 190 mil para o pagamento do lote residual para os casos julgados em 2008, que devem ser pagos no início de agosto.
Duzentos e vinte oito processos foram julgados pela Comissão Especial de Anistia, que recebe e avalia a procedência dos pedidos de indenização das pessoas detidas sob acusação de terem participado de atividades políticas entre os dias: 2 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979, que tenham ficado sob a guarda e responsabilidade de órgãos da estrutura administrativa do Estado do Ceará, ou em quaisquer dependências desses órgãos, e que sofreram sevícias que deixaram comprometimentos físicos e psicológicos.
Nove pagamentos foram efetuados aos anistiados ou familiares, totalizando cerca de R$ 5,5 milhões em indenizações que podem ficar entre R$ 5 mil (mínimo) e R$ 30 mil (máximo), fixados de acordo com os critérios estabelecidos no artigo 6°, da Lei 13.202/2002.
Segundo a secretária da Justiça e Cidadania, Mariana Lobo, o pagamento aos anistiados é uma vitória na luta pela defesa da democracia e direitos humanos. "Embora a retratação do Estado e a indenização não possa amenizar os efeitos e sofrimentos sofridos pelos anistiados e seus familiares, é de fundamental importância ao Governo do Estado reconhecer os erros do passado e pedir oficialmente as desculpas do Estado às vítimas de perseguição política e seus familiares", afirmou.
Serão beneficiados os seguintes anistiados: Amílcar Ximenes Pontes; Antônio Giovani Leite Sampaio; Bérgson Gurjão Farias; Cleide Vasconcelos Dantas; Expedito Nogueira; Francisco Joacir Vieira Tavares; Francisco Zamnhof de Oliveira; João
Bastos Neto; João Batista Cavalcante; João Ferreira de Vasconcelos; João Ricardo Silva; Luis Gonzaga Diógenes; Mércia Vasconcelos Pinto; Moacir Carlos de Pinho; Moises Pimentel; Paulo Emílio de Andrade Aguiar; Vicente Augusto Gondim Teixeira e Zelito Nunes Magalhães.
Assessoria de Comunicação da Secretaria da Justiça e Cidadania
Projeto torna guarda compartilhada possível mesmo sem acordo entre os pais
A professora de literatura Ghandia Brandão e o arquiteto Fábio Domingues se separaram em 2008, depois de mais de uma década juntos. Durante o relacionamento, Ghandia e Fábio tiveram uma filha, a Clara, hoje com doze anos. Após a separação, nenhum dos dois quis passar apenas fins de semanas com a filha. Ambos queriam participar ativamente da vida e da educação da filha. Por isso, como conta Fábio, optaram pela guarda compartilhada.
"Ela é muito melhor do que uma guarda unilateral, onde fica só com o pai ou com a mãe, normalmente com a mãe, e o pai acaba virando um pai de passeio, não vira um pai educador, um pai orientador."
Às segundas, quartas e sextas, Clara fica com a mãe. Às terças e quintas, com o pai. E os fins de semana são revezados. Mas nem sempre é tão fácil conseguir acordo em casos como esse. Muitas vezes, um dos pais não quer abrir mão da guarda total sobre os filhos. Atualmente, o Código Civil prevê a guarda compartilhada em casos de separação, sempre que possível. Mas, segundo a juíza da Família Ana Louzada, esse "sempre que possível" vem abrindo brecha para várias interpretações.
"Por essa locução 'sempre que possível', tem-se entendido que seria necessário que houvesse consenso entre os genitores. Eu particularmente não concordo com isso, eu entendo que realmente a guarda deve ser, na sua grande maioria, compartilhada."
Para evitar duplas interpretações, um projeto (PL 1009/11) em análise na Câmara retira do Código Civil essa expressão "sempre que possível". A ideia é que ninguém possa interpretar que a guarda compartilhada só pode ser concedida se houver acordo entre as duas partes. Basta que os pais tenham as condições e a vontade de ter a guarda da criança. O deputado e advogado Efraim Filho, do DEM da Paraíba, acredita que a guarda unilateral prejudica a criança.
"Está comprovado de forma plena que essas simples visitas são ineficientes e ineficazes para gerar um vínculo de amor, de carinho, de afeto, saudáveis e plenos para o desenvolvimento da criança."
Segundo Gandhia, mãe de Clara, os benefícios não foram apenas para a filha.
"Acho que a mãe acaba esquecendo um pouco de si, da não-mãe, que ela também é mulher, ela também desempenha vários outros papéis. Aí eu fui aprendendo a usar esses momentos pra mim."
A proposta que deixa mais clara a previsão da guarda compartilhada mesmo quando não há acordo entre os pais está na Comissão de Constituição e Justiça. Se aprovada lá, segue para o Senado.
Agência Câmara
Desinteresse do governo diante das greves sobra para os cidadãos
Do total de 59 universidades federais que existem no País, 58 estão paralisadas há dois meses em decorrência de movimento grevista.
Entre as 30 superintendências regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (ncra), 28 deixaram de operar há um mês.
Funcionários das áreas de administração, judicial, hospitalar e de outros setores também ensaiam ações grevistas.
O mesmo ocorre nas estatais. Na Eletrobrás a greve começou há três dias. Na Petrobrás, está em fase de articulação.
O que chama a atenção nesse quadro é a incapacidade do governo para prever os movimentos e a sua tolerância com as horas paradas. Parece que, nas articulações entre governo e grevistas, a importância do cidadão comum é cada vez menor.
Os servidores públicos são, de longe, os campeões em número de greves e de horas paradas no Brasil. No banco de dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) existe uma série histórica que confirma claramente essa afirmação: ela mostra que, entre 2004 e 2010, não parou de aumentar o peso do setor público nas paralisações.
Se alguém pinçar dali o ano de 2010, o último disponível, verá que do total de 446 greves registradas no Brasil naquele ano, 60,3% ocorreram no setor público. O pior é que das 44.910 horas paradas em decorrências de ações grevistas, 85% couberam aos servidores.
Outro dado que impressiona: só naquele ano foram identificados nove movimentos grevistas cuja duração se estendeu além de 90 dias. Em 2009, esse número não havia passado de três.
Em decorrência de problemas internos, o Dieese ainda não contabilizou os números de 2011, o primeiro ano do governo Dilma. Nem dos primeiros meses de 2012. Pelo andar da carruagem, não serão melhores que os do passado.
Blog de Roldão Arruda
Acidente da TAM: o crime e os culpados
Nos anos 90, no mercado de CEOs, ganharam fama os chamados “exterminadores de custos”. Em alguns casos, utilizando metodologias sofisticadas, como o “seis sigmas”, que permite mapear processos e identificar desvios mínimos. Em outros casos, os inomináveis processos de “reengenharia” ou de cortar custos com machado.
Foi o que ocorreu com a TAM, quando a gestão saiu das mãos de aviadores – como o próprio comandante Rolim – para a de açougueiros de mercado, a partir da gestão de Marco Bologna, egresso do mercado financeiro.
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A busca do resultado rápido levou a um desmonte dos padrões de qualidade da empresa. Cortou no treinamento, no atendimento ao público, no lanche de bordo. Pilotos e tripulações foram submetidos a uma pressão sem precedentes por resultados, para aproveitar ao máximo o boom de passageiros proveniente do fim da Varig e do advento das novas classes sociais.
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Os cortes eram sem rumo, sem plano de vôo, sem controle de processos.
Por exemplo, a empresa pagava uma nota preta por um sistema que permitia o controle das tripulações – evitando sobrecarga de horário. Mas não se utilizava o sistema, provocando uma balbúrdia infernal na definição das equipes de voo. Só passou a ser utilizado quando a soma de multas trabalhista tornou-se pesada.
A visão de gestão se baseava meramente nos números financeiros imediatos, sem pensar na lógica do setor, na visão de médio prazo, na perda do diferencial competitivo (que lhe permitia cobrar acima dos concorrentes) e, principalmente, na segurança dos passageiros.
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O que ocorreu no acidente da TAM em Congonhas foi um crime, cujos responsáveis maiores foram os CEOs que levaram a companhia aquela situação e os dirigentes da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) que fecharam os olhos para o abuso.
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O avião estava com o reverso (a peça que permite frenar o avião no solo) avariado. Havia orientação do fabricante de que, em caso de reverso avariado, o avião deveria parar no primeiro lugar que conseguisse para consertá-lo, antes de prosseguir o voo. Mas o avião continuou voando muito tempo devido ao ritmo maluco imposto pela empresa aos pilotos
Provavelmente o avião estava com sobrepeso.
Na época, um dos comentaristas do meu blog escreveu um post detalhadíssimo, com dados impressionantes. Foi até o site da Airbus e levantou as especificações do modelo de Airbus, inclusive o peso da aeronave vazia. Depois, somou o tanque cheio – a TAM abastecia o avião em Porto Alegre, para economizar ICMS. Levantou o número de passageiros – o avião estava superlotado – estimou um peso médio per capita para passageiros e bagagens. Somando tudo, o peso final superava em muito as recomendações da fabricante.
A essas situações de risco somou-se uma terceira: a pista recém-recapeada do aeroporto. Mais que isso: uma noite de chuva intensa.
Definir um ou dois culpados não refresca a situação. No pano de fundo, a disputa desenfreada das companhias de aviação para aproveitar cada centavo da demanda de passageiros e a complacência cúmplice da ANAC para com essa prática.
Luis Nassif
FMI alerta para inflação no Brasil em 2013
Em relatório individual sobre o Brasil, o Fundo Monetário Internacional (FMI) sugere que a retirada oportuna das medidas de estímulo será necessária para manter a inflação sob controle no próximo ano. Na quinta-feira, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), destaca o controle da inflação como uma das condições que o deixou baixar a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto porcentual para 8% ao ano.
Para o BC, o cenário prospectivo para a inflação manteve sinais favoráveis, o que permite a manobra com a Selic.”O Comitê ressalta também que, no cenário central com que trabalha, a taxa de inflação posiciona-se em torno da meta em 2012”. O centro da meta atual de inflação é de 4,5% com dois pontos de margem para cima e para baixo.
Veja
ONU renova, por mais 30 dias, mandato de missão de observadores à Síria
O Conselho de Segurança das Nações Unidas renovou, por mais 30 dias, o mandato da Missão de Supervisão à Síria, Unsmis.
Os militares estão no país árabe para acompanhar a implementação do Plano de Paz de Seis Pontos, proposto pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe à Síria país, Kofi Annan.
Patrulhas
A decisão do Conselho levou em consideração as recomendações do Secretário-Geral, Ban Ki-moon, de reconfigurar a Unsmis. Um outro ponto analisado foi o aumento da insegurança na Síria.
A Missão foi formada em abril para um mandato inicial de três meses, e que expirou neste 20 de julho.
Com o aumento da violência, a ONU decidiu suspender as patrulhas regulares que os boinas-azuis faziam em várias áreas.
Segundo organizações não-governamentais os combates na Síria entre tropas do governo e opositores do presidente Bashar al-Assad podem ter matado de 13 a 15 mil pessoas desde março do ano passado.
O agravamento da violência levou cerca de 1 milhão de sírios a fugir de suas casas, desde a última semana.
ONU
Timemania não paga 10% da dívida dos clubes; comissão estuda mudanças no jogo
Criada em 2007 para ajudar os clubes de futebol brasileiros a pagar suas dívidas, a Timemania não decolou. O volume esperado de R$ 500 milhões em apostas não chegou em 2011 a R$ 160 milhões. As dívidas dos clubes chegam a R$ 4 bilhões, metade disso em dívidas com o governo. O jogo não chegou a pagar 10% dessas dívidas fiscais.
A Comissão de Turismo e Desporto quer achar um meio de fazer o mecanismo mais eficiente e criou um grupo de trabalho que já está discutindo o problema com os clubes e a Caixa Econômica Federal, que administra os jogos no Brasil.
Coordenador do grupo de trabalho, o deputado Danrlei de Deus, do PSDB gaúcho, afirma que é preciso atuar em duas frentes: tornar o jogo mais popular e ampliar o acesso às apostas por meio da Internet.
"Um consenso é a recolocação do produto no mercado de uma forma mais atrativa. A saída é a questão da Internet. Praticamente todo mundo já tem jogo pela internet"
Danrlei informou que a Caixa Econômica já está estudando modelos de jogos pela internet existentes nos outros países. O parlamentar explicou que é preciso criar uma legislação para a liberação do jogo pela internet. Ele também acredita que será necessário criar um novo jogo, completamente diferente para entrar no lugar da Timemania. Uma mudança que o deputado acredita ser fundamental é a participação ativa dos clubes no novo modelo.
"Os clubes, principalmente, têm de mudar sua atitude com relação ao jogo. Tem sim que colocar seus atletas, já que todos têm hoje um contrato de imagem, colocar à disposição para que se possa usar"
Hoje, o jogo apresenta 80 números e 80 clubes de futebol, o apostador escolhe dez números e um Time do Coração. Se tiver de três a sete acertos dos 7 números sorteados, ganha. Se acertar o Time do Coração, também ganha. Os sorteios são realizados às quartas-feiras e aos sábados, a partir das 20 horas.
Agência Câmara
TIM entra com ação na Justiça contra decisão da Anatel
A TIM entrou nesta sexta-feira (20) com mandado de segurança na Justiça Federal contra a decisão da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) de proibir a comercialização de novos pacotes de voz e dados a partir de segunda-feira (23).
A operadora pediu que o juiz do processo suspenda imediatamente a decisão da agência e autorize a comercialização de novas linhas pelas empresa. Ele ainda não examinou o pedido.
Em comunicado enviado ontem, em que explicava a decisão de recorrer à Justiça, a empresa contestava os dados que levaram à decisão da Anatel e diz que "considera a punição excessiva e provoca um desequilíbrio na competitividade do mercado".
A agência determinou na quarta-feira que três das maiores operadoras de telefonia móvel do país -TIM, Oi e Claro-- estarão proibidas de comercializar novas linhas devido à baixa qualidade dos serviços prestados aos clientes.
As três deverão apresentar um plano de melhorias em até 30 dias. Enquanto este documento não for entregue e aprovado pela agência, as vendas continuarão suspensas. A multa para a empresa que descumprir a norma é de R$ 200 mil por dia.
Representantes da empresa se reuniram com técnicos da Anatel na quinta-feira para levantar todos os pontos que devem ser sanados para atender às exigências da reguladora. A TIM se comprometeu a levar uma pré-proposta na segunda (23), dia em que começa a proibição das vendas
A decisão sobre reverter a interrupção nas vendas cabe à própria agência reguladora. A Anatel informou nesta sexta-feira que prevê melhora consistentes nas redes das operadoras no prazo de até seis meses.
MENSAGEM AOS CLIENTES
A TIM começou a enviar, a partir da tarde de ontem, mensagens de textos via celular (SMS) a seus clientes para falar sobre a suspensão da Anatel.
No texto, a companhia se refere às "notícias recentes" e diz que continua a investir para "garantir a qualidade dos serviços e sua satisfação".
A empresa termina o SMS com a frase: "Obrigado por ser cliente TIM".
Folha
Candidatos, eleitores e partidos políticos descobrem força da internet nas eleições
Embora a televisão ainda seja o principal veículo para informação de quem vai votar, os eleitores, os partidos políticos e os candidatos descobriram a força da internet e das mídias sociais e pretendem usá-las com intensidade nesta campanha.
Em cidades com mais de 200 mil eleitores, onde o acesso é mais fácil, a internet será usada “cada vez mais” pelos políticos, disse à Agência Brasil o diretor de Atendimento e Planejamento do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Iprespe), Maurício Garcia. Para ele, isso será possível pelo crescimento do uso de telefones celulares de banda larga e dos tablets, dispositivos portáteis de acesso a internet.
Garcia ressaltou, porém, que o eleitor não forma, necessariamente, opinião a partir do acesso a páginas de partidos ou candidatos. “Isso acontece quando as informações estão disponíveis em grandes portais ou em ferramentas como o Twitter, quando um amigo que acompanha coloca alguma informação que desperta a curiosidade da pessoa.”
Ele lembrou, no entanto, que, quanto menor a cidade e maior a dificuldade de acesso ao conteúdo de internet, mais pesa na formação de opinião do eleitor a propaganda eleitoral no rádio e na televisão. De acordo com Garcia, nessas localidades, existem outros fortes formadores de opinião, como padres e pastores e líderes sindicais.
A busca crescente de informações na internet é constatada também em sites oficiais. Em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, com 15 milhões de eleitores espalhados por 853 municípios, a busca por informações no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do estado mais que dobrou da última eleição municipal, em 2008, para cá.
Levantamento feito pelo coordenador de comunicação do TRE-MG, Rogério Tavares, mostra que, há quatro anos, 98 mil mineiros procuraram se informar sobre o pleito na página do tribunal, entre 16 de junho e 17 de julho. No mesmo período deste ano, este número pulou para 222 mil acessos individuais.
“Denúncias de propaganda irregular e informações sobre o partido político e as normas das eleições concentram o maior número de acessos”, disse Tavares. Entretanto, é grande o número de eleitores, especialmente da capital, Belo Horizonte, e de Uberlândia segunda maior cidade mineira, que buscam os dados dos candidatos, declarações de bens, por um link – porta de acesso a outra página – do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No TRE de Goiás, até agora, os conteúdos mais acessados foram os de serviços como retirada de certidões negativas criminais, filiações e inscrições do eleitor para ser mesário voluntário no dia do pleito. Segundo o coordenador da seção de Intranet e Internet do Tribunal, Rafael Didma, este ano “o pico” de entradas no siteocorreu entre janeiro e maio. Neste período, a média padrão de 70 mil buscas pulou para 140 mil por causa do recadastramento biométrico. Com 246 municípios, o estado concentra 4,2 milhões de eleitores.
No Acre, o uso da internet para fornecer dados sobre os candidatos ainda é incipiente. A três meses e meio das eleições a coordenadora da Corregedoria Regional Eleitoral Maria Arlete Freire de Souza, admitiu que nosite oficial estão “disponibilizadas apenas informações gerais de interesse do eleitor”.
Segundo Arlete, há dois canais disponíveis: a ouvidoria, para que o eleitor reclame de algum serviço que tenha demorado, e o de materiais informativos sobre a legislação eleitoral. Informações mais abrangentes sobre as eleições serão disponibilizadas ao eleitor somente em 24 de setembro por uma linha telefônica 0800, disse ela.
Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, com 31.229. 307 eleitores, muitos já têm o hábito de se atualizar em termos de campanha eleitoral consultando a internet. A publicitária Aline Sales, por exemplo, diz que se informa pela internet por falta de tempo para usar outros meios. “Quando chego ao trabalho, aproveito para ler as notícias. Pela correria, às vezes, não dá para assistir televisão, ouvir rádio, ler jornal, e a internet é o meio mais acessível.” Para Aline, a internet é o melhor meio para o eleitor se informar sobre os candidatos.
O projetista Theo Egami, porém, diz que procura saber mais sobre os candidatos conversando com amigos e parentes, mas também busca opiniões nas salas virtuais de bate-papo. “Acredito que é bom ver em fóruns, para ficar mais informado, ouvir rádio, estar atento ao dia a dia. Quando tenho tempo, costumo ir atrás de mais informações, mas depende muito do momento.”
O analista de cadastro Danilo Araujo afirma que confia mais no que lê na internet do que vê na televisão. "Me informo pela internet, fóruns de internet, discussão com amigos. Menos pela televisão, porque na televisão é tudo mentira.” Segundo Danilo, é mais fácil manipular informações pela televisão e pelo jornal impresso.
“Na internet, tem um leque muito maior, e a informação chega muito mais fácil. Se algum político faz alguma coisa errada, na mesma hora já tem cinco ou seis opções na internet para analisar e tirar uma conclusão", disse ele.
*Colaborou Flávia Albuquerque, de São Paulo
Edição: Nádia Franco
Edição: Nádia Franco
Agência Brasil
Roberto Jefferson está com câncer no pâncreas
Um dos réus do mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) acaba de sair do laboratório Sérgio Franco, no Rio de Janeiro, com exame nas mãos confirmando a presença de um tumor maligno no pâncreas.
Jefferson terá que se operar para a retirada do pâncreas. Ficará cinco dias em UTI, mais um tanto em quimioterapias.
Segundo os médicos lhe informaram, esse tipo de câncer tem 60% de chances de cura.
Poder Online
Eleição deste ano terá 106 'Lulas', 68 'Dilmas' e 48 'Tiriricas' candidatos
Nas eleições municipais em outubro deste ano, 222 candidatos resolveram escolher nomes de urna –-aquele que aparece na urna eletrônica–- iguais aos de três campeões em eleições anteriores. Ao todo, 106 políticos escolheram Lula, 68 candidatas escolheram Dilma e 48 optaram por Tiririca como o nome de urna, de acordo com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Segundo a Justiça Eleitoral, os candidatos podem escolher o nome de urna que quiserem, seja um apelido ou nome próprio. Em 2002 e 2006, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito e reeleito utilizando como nome na urna apenas Lula.
Em 2010, a presidente Dilma Rousseff se elegeu com o nome de urna Dilma. No mesmo ano, o palhaço Francisco Everardo Oliveira Silva foi eleito o deputado federal mais votado do Brasil, com 1.353.367 votos, utilizando o nome de Tiririca, pelo qual já era famoso antes das eleições.
Efeito Tiririca
Neste ano, as "Dilmas", "Lulas" e "Tiriricas" não são necessariamente homônimos dos políticos famosos. Em Frutal (MG), o tratorista e candidato à Câmara Valdemir Siqueira da Silva (PT), 34, não teve dúvidas na hora de escolher Tiririca como seu nome de urna.
“Quando cheguei na cidade [ele nasceu em Itaíba, Pernambuco] adolescente com minha família, uns 20 anos atrás, um colega me achou parecido com o Tiririca, que na época fazia sucesso, e me deu logo o apelido”, afirma Silva. “Aí pegou. Todo mundo me conhece como Tiririca aqui em Frutal."
O presidente do PT na cidade, Walter Mattos, logo viu o potencial de puxador de votos para a sigla e convidou Tiririca para ser candidato. “Escolhi para ele o número 13100, que é um dos melhores em termos de facilidade de memorização”, afirma Mattos, que também é candidato e escolheu para si o número 13000.
“A expectativa é que o nome ajude o rapaz a se eleger e puxar votos sim, mas se servir só para elegê-lo já está ótimo”, diz o político.
“Acho que deve ajudar, na hora das pessoas lembrarem que sou candidato e votar em mim”, diz Silva. “Se o partido achar que é o caso, estou disposto até a vestir uma fantasia de palhaço durante a campanha, igual ao Tiririca mesmo”, diz o candidato.
Coincidência
Em Montes Claros (MG), a cabelereira Maria Aparecida Francisca de Oliveira (PSD), 42, tenta uma vaga na Câmara com o nome de urna Dilma. “Esse é meu apelido”, diz ela. “Se eu colocasse outro nome de urna, as pessoas não iam reconhecer”, afirma.
Apesar da falta de semelhança entre seu nome verdadeiro e o nome de urna, a candidata afirma que Dilma é “um apelido de infância”. “Nem pensei nisso [o nome ser igual ao da presidente da República] na hora de escolher o nome de urna. Acho que não vai me atrapalhar, mas também não sei se ajuda a ganhar votos não”, diz a candidata.
Ela concorrerá com o técnico de eletricidade Edson Luiz Araújo (PRP), 44, o "Lula" de Montes Claros. “O Lula é por causa do Luiz no meu nome”, afirma o candidato. “Sou um grande fã do ex-presidente Lula, e fico muito feliz de ter o mesmo apelido que ele, mas é uma coincidência”, diz o candidato.
Apesar disso, ele admite que a “coincidência” pesou na escolha do nome de urna, e que vai ajudar nas eleições. “Estou animado com isso sim. A lembrança do ex-presidente vai ajudar a gravar meu nome e número, com certeza”, afirma.
Dos 106 candidatos com nome de urna Lula neste ano, quatro são candidatos a prefeito, cinco a vice e o restante a vereador. Das ‘Dilmas’, apenas uma tenta a prefeitura, o restante é candidata ao cargo de vereadora. Dentre os ‘Tiriricas’, um concorre a vice, os outros a vereador.
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