O deputado Heitor Férrer (PSB) cobrou, no primeiro expediente da sessão plenária desta sexta-feira (10/02), promessas de campanha do governador Camilo Santana que, segundo ele, não foram cumpridas. De acordo com o parlamentar, são promessas que podem ter garantido a eleição do governador do Estado.
Entre as propostas, Heitor Férrer destacou o apoio aos municípios na contratação de mais médicos e compra de remédios para postos de saúde; a construção de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em todos os municípios com mais de 50 mil habitantes; a construção do Hospital Regional da Região Metropolitana e do Vale do Jaguaribe; a criação de bolsa universitária para estudantes mais carentes do ensino público, assim como centros de língua estrangeira em cada regional.
Outras promessas, conforme observou, podem ter surtido um efeito maior na decisão do eleitor na hora escolher o candidato ao Governo do Estado. Entre essas propostas, ele ressaltou a realização de parceiras com a iniciativa privada para ofertar estágio profissional remunerado aos alunos do último semestre das faculdades estaduais; a garantia de moradia para famílias que hoje ocupam áreas de risco em todo o Ceará e o lançamento de um programa especial que substituiria casas de taipa por alvenaria.
Em contrapartida, ainda de acordo com Heitor Férrer, o governador aumentou o Imposto sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) de vários produtos, o IPVA e a porcentagem de pagamento da Previdência Social, entre outros.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PSD) concordou com Heitor Férrer e frisou que isso demonstra a força dos marqueteiros. “Muitos enganaram a população, e assim vão à reeleição como se nada tivesse acontecido”, afirmou.
Roberto Mesquita reforçou ainda que, nessa lógica, “políticos vão criando fatos novos, como o pré-sal e a refinaria, acompanhados por um marqueteiro que embala a mentira”.
Já o deputado Joaquim Noronha (PRP) frisou que Camilo Santana ainda não cumpriu essas propostas citadas por Heitor Férrer, mas cumpriu outras, “inclusive, com o respaldo da Assembleia Legislativa”.
Joaquim Noronha frisou ainda que o governador não teve recursos abundantes do Governo Federal, como as gestões anteriores. Ele considerou que Camilo Santana precisou buscar ferramentas e instrumentos para melhorar a arrecadação do Estado e cumprir os compromissos. “Por esses motivos o Ceará é um dos poucos estados do Brasil que não teve inadimplências salariais”, defendeu.
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