O deputado Ely Aguiar (PSDC) informou que a manutenção das barracas da Praia do Futuro poderá ser decidida em março pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região, em Recife. O pronunciamento foi feito durante o primeiro expediente da sessão plenária desta terça-feira (14/02).
Na avaliação do parlamentar, os equipamentos deveriam ser mantidos, pois a retirada das barracas prejudicaria não apenas o turismo, mas todos os trabalhadores, diretos ou indiretos, que dependem da manutenção dessa atividade.
Segundo Ely Aguiar, mais de 10 mil pessoas ficariam desempregadas caso a Justiça decida pela demolição das barracas. “Nas barracas que estão funcionando plenamente, são cerca de cinco mil funcionários, além de dez a doze mil empregos indiretos que são gerados ali”, afirmou.
Entre as atividades indiretas, o deputado apontou, como exemplo, fornecedores de alimentos, bebidas, material de limpeza, fardamento e mesmo os vendedores ambulantes, que, na avaliação de Ely Aguiar, “têm tanto direito de estar ali quanto qualquer barraqueiro”.
Para o parlamentar, a Assembleia Legislativa e a Prefeitura de Fortaleza deveriam se posicionar oficialmente perante o TRF, ressaltando a importância das barracas tanto para o turismo cearense, quanto para a geração de empregos. “Vou elaborar um requerimento explicando todos esses porquês e enviar ao TRF”, adiantou.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PSD) avaliou que a existência das barracas da Praia do Futuro se incorporou aos costumes da cidade. “A quinta do caranguejo, a ida à Praia do Futuro dia de domingo, tudo isso atraiu a simpatia dos turistas à nossa cidade”, disse.
Já o deputado Fernando Hugo (PP) lembrou que essa discussão em torno dos barraqueiros começou há dez anos e um dos problemas eram os abusos dos donos das barracas, que não permitiam que pessoas utilizassem as mesas na faixa de praia sem consumir. Ele defendeu a realização de uma audiência pública para que o assunto volte a ser debatido.
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