Embora ainda estejamos a dois anos da próxima eleição para o Governo do Estado, torna-se inevitável abordar ou especular a respeito do futuro que aguarda o governador Camilo Santana. Sua reeleição continua sendo assegurada pelos seus patrocinadores, ou seja, a família Ferreira Gomes.
Ocorre que, como é cada vez mais evidente, o senador Eunício Oliveira (PMDB) agora com poder redobrado em virtude de conquistar a presidência do Senado, não tem esse poderoso cargo como o seu maior projeto político, mas sim, ir à forra, a qualquer custo contra Ciro, Cid e seu grupo. Nesse sentido, tem mantido com os que o derrotaram relações apenas formais.
Por outro lado estreita cada vez mais os laços políticos com toda crescente legião de opositores ao Governo do Estado. Em sua justificada preocupação em manter nos eixos a administração estadual, assim como para resgatar o equilíbrio da economia regional, Camilo tem se esquivado ao máximo a declarações político-partidárias, no que está com a razão, diante de tantas e preocupantes prioridades com a vida de milhões de cearenses.
Em sua modéstia e leveza, ele jamais faz declarações espetaculosas sobre uma eventual certeza de se reeleger sob o manto dos Ferreira Gomes. Esses, não eternos e já mantém uma hegemonia cuja duração vai além do previsto num estado onde a predominância política de clãs familiares nunca foi das mais prolongadas.
Haja vista que tendências como Aciolismo, Rabellismo, Tavorismo, Bezerrismo e outros não tiveram muita longa vida. Um caso de ressurreição é o Tassismo, que depois de derrotado por ex-aliados em quem confiava ressurgiu com força total. É chagada a hora de indagar se Camilo conseguirá reunir condições para assumir a condição de líder maior do Estado, condição e até obrigação para quem se tornou a sua mais alta autoridade.
Fernando Maia
Nenhum comentário:
Postar um comentário