O procurador do MPF (Ministério Público Federal) Deltan Dallagnol, da força-tarefa da operação Lava Jato, disse em entrevista coletiva concedida nesta quinta (9) em Curitiba que a jornalista Cláudia Cruz, mulher do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), transformou dinheiro público em "sapatos e roupas de grife". Segundo Dallagnol, Cláudia cometeu dois tipos de lavagem de dinheiro: a ocultação de US$ 1 milhão em propina, para o parlamentar, oriunda de um esquema de corrupção na Petrobras; e a conversão do dinheiro público nos bens citados. Segundo investigações da força-tarefa da Lava Jato, os gastos de Cláudia Cruz e Danielle Dytz da Cunha Doctorovich (filha de Cunha) com produtos de grifes como Chanel, Dior, Balenciaga e Louis Vuitton totalizaram cerca de US$ 86 mil (quase R$ 300 mil, no câmbio desta quinta), entre dezembro de 2012 e julho de 2015. Mais cedo hoje, Cláudia virou ré na Lava Jato depois que o juiz Sérgio Moro aceitou a denúncia do MPF acusando-a de lavagem de dinheiro.
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