O deputado Capitão Wagner (PR) comentou, no primeiro expediente da sessão plenária desta quinta-feira (16/06), a apreensão de 359 celulares durante vistoria realizada em dois presídios cearenses esta semana. De acordo com o parlamentar, 230 aparelhos foram apreendidos apenas na Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor José Jucá Neto (CPPL III). Ele auestionou a situação da lei que bloqueia o sinal de telefonia em presídios, aprovada pela AL, e ponderou que “não há expectativa de quando isso poderá ocorrer”.
Para Capitão Wagner, a presença do celular nos presídios é responsável não apenas pela comunicação do detento com o crime organizado fora das unidades prisionais, mas também pela prática de várias “modalidades criminosas”, como os sequestros virtuais.
O parlamentar destacou ainda a festa promovida pelos internos da Unidade Prisional Desembargador Adalberto de Oliveira Barros Leal, localizada em Caucaia, divulgada pelos principais telejornais locais esta semana. “Pelas imagens, parecia uma festa em um local sem qualquer tipo de restrição à liberdade, com uso de celulares e bebidas à vontade pelos detentos”, observou.
A crise no sistema penitenciário, conforme assinalou, continua, “mesmo com o retorno dos agentes penitenciários às atividades”. Segundo Capitão Wagner, o Governo do Estado quis colocar a culpa pela crise nos agentes penitenciários, “mas continua havendo registro de fugas, mortes e escavação de túneis”.
O deputado citou que cinco bancos foram atacados no interior do Estado apenas esta semana e ressaltou a importância de valorizar o profissional de segurança pública.
Em aparte, o deputado Audic Mota (PMDB) disse que o que acontece atualmente é “uma verdadeira gozação do crime organizado com a cara do Estado cearense, que não implantou a lei do bloqueio de sinal como se deve”. Para o peemedebista, a “baderna” registrada no presídio é uma “cortina de fumaça para a escavação de túneis e fugas que estão acontecendo”.
O deputado Danniel Oliveira (PMDB) comentou que os municípios do Interior mal possuem profissionais de segurança. “Tem cidades que só contam com cinco policiais, e quando vamos para os distritos é que a coisa fica séria mesmo, com regiões totalmente descobertas de policiamento”, assinalou.
PE/AT
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