O deputado Carlos Matos (PSDB) também criticou, no primeiro expediente da sessão plenária desta terça-feira (31/05), o monólogo Histórias Compartilhadas apresentado durante o seminário sobre gênero e sexualidade da Universidade Federal do Ceará (UFC). O parlamentar informou que irá elaborar um requerimento solicitando que a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania convide a representação da UFC à AL para prestar esclarecimentos sobre a peça.
Para Carlos Matos, a produção não pode ser caracterizada como arte, e ainda desrespeitou a fé dos cristãos. O tucano disse, ainda, se tratar de “ativismo político”. Ele criticou ainda o fato de, conforme noticiado pelo jornal O Povo, a peça ter sido patrocinada pelo Governo do Estado e Prefeitura de Fortaleza, assim como pelos gabinetes dos deputados Elmano Freitas (PT) e Augusta Brito (PCdoB).
O parlamentar qualificou ainda de “vazia e omissa” a nota divulgada pela universidade em resposta às críticas à produção veiculadas na rede social. Segundo ele “ter fé ou não é um direito de cada um, essa não é a discussão. Agora, fazer ativismo político e debochar de um símbolo que representa a fé da maioria dos cidadãos brasileiros e chamar isso de modernidade não está correto”.
Em apartes, os deputados Walter Cavalcante (PMDB), Danniel Oliveira (PMDB) e Ferreira Aragão (PDT) também questionaram o monólogo.
De acordo com Walter Cavalcante, o povo católico se sentiu “atingido”. “Imagina se o Plano Nacional de Educação tivesse sido aprovado da forma que esses defensores da liberdade querem, destruindo nossa família, nossa fé e tudo que acreditamos”, questionou.
Danniel Oliveira ressaltou a importância de se respeitar a fé de cada um; enquanto Ferreira Aragão defendeu que a peça “é um crime” e que a universidade deveria ser punida por permitir esse tipo de conduta. “O direito à religião é sagrado”, acentuou.
A deputada Augusta Brito esclareceu que nunca patrocinou nenhum tipo de peça que desrespeitasse a fé e nenhum outro tipo de conduta semelhante. E informou que concedeu apoio e não patrocínio a um seminário sobre sexualidade e gênero, que sequer previa essa apresentação. A parlamentar sugeriu ainda que ao se expor o nome de colegas, procure se aprofundar na informação e verificar a sua veracidade.
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