O deputado Renato Roseno (Psol) fez pronunciamento nesta quinta-feira (17/03), durante primeiro expediente da Assembleia Legislativa, para avaliar o cenário político nacional. Segundo ele, há um clamor da população brasileira e o momento requer serenidade e firmeza. “Estamos vendo uma situação de conflagração social, beirando a irracionalidade, e se voltará contra aqueles que querem mais democracia, se as forças da sociedade não se organizarem”, alertou.
Para Renato Roseno, os argumentos da oposição são usados para legitimar as intenções. O parlamentar revelou que o patronato está ameaçando a cidadania, quando se reúne e resolve paralisar a produção. “Empresários estiveram reunidos e querem fazer o lockout. Não se pode cair no vale tudo. Se o condomínio eleitoral do PT/PMDB caiu no vale tudo, o vale tudo não vale para apeá-lo do poder”, ressaltou.
“O Governo está fraco, em conseqüência da agenda econômica equivocada, que levou ao desemprego e queda da arrecadação. Não se pode querer apoio popular com uma agenda anti-povo. Há também a reprodução da tecnologia da corrupção que corrói a sua legitimidade”, avaliou.
Para o parlamentar, as agendas econômica e política são indefensáveis. “O governo está provando da mesma medida discricionária que ele próprio criou. Não posso me associar a quem rasga as garantias. Mas não queremos substituir um corrupto por outro. Está havendo um jogo de hipocrisia. Há gente que se traveste de vestal apenas para se aparelhar com o Estado. Só o povo organizado pode apontar uma saída”, pontuou.
De acordo com o deputado, se as garantias constitucionais não são respeitadas para os mandatários da nação, também não são respeitadas para os jovens da periferia. Para ele, há um clamor inflado pelas corporações
Na visão de Renato Roseno, estamos vendo a dissolução completa do Governo e há um acordo de cúpula, querendo colocar outro condomínio eleitoral no poder, formado por PMDB e o PSDB. “Tem de haver organização da sociedade, para defender a democracia e a garantia de seus direitos. Há a necessidade de um terceiro campo, que rejeite o ajuste fiscal e outras medidas contra o povo. Há uma disputa de poder cruel, e muitas pessoas estão sendo manietadas e servindo apenas de massa de manobra”, acentuou.
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