São Paulo - O PT intensifica a partir desta terça-feira, 2, uma
campanha para tentar conter o processo de corrosão eleitoral de Luiz
Inácio Lula da Silva. Líderes do partido e até assessores diretos do
ex-presidente, em conversas reservadas nos últimos dias, avaliaram que o
estrago político das mais recentes suspeitas levantadas pelas
investigações em curso está se tornando praticamente irreversível no
médio prazo - até a eleição presidencial de 2018.Nas palavras de um petista com acesso a Lula ouvido pelo jornal O Estado de S. Paulo,
ao menos por enquanto, o problema do ex-presidente é mais grave na
esfera política do que na criminal, na qual, segundo o próprio juiz
Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na 1.ª instância, ainda
não há investigação formal que tenha Lula como foco.
O PT teve acesso a pesquisas variadas sobre o desgaste imposto pelas investigações à imagem do ex-presidente e decidiu que uma reação conjunta de defesa de Lula se tornou imperativa, sob risco de o partido chegar sem um nome eleitoralmente viável às eleições de 2018, quando Dilma Rousseff não poderá mais concorrer ao Planalto porque já foi reeleita em 2014.
Lula vem perdendo pontos em praticamente todos os cenários nos quais é testado como candidato do PT a presidente e a rejeição ao nome dele vem crescendo a cada sondagem. Ontem, o Instituto Ipsos divulgou os resultados de um levantamento que questionou os entrevistados, no mês passado, sobre a imagem do ex-presidente. Apenas 25% disseram acreditar que Lula é "um político honesto".
A despeito da defesa enfática de Lula em público, em privado petistas de alto escalão no partido e no governo já admitem que as ligações do ex-presidente com as empreiteiras alvo da Lava Jato, reveladas em capítulos nos últimos oito meses, são difíceis de serem explicadas politicamente. Anteontem, o próprio Lula admitiu ter visitado o condomínio Solaris, no Guarujá (SP), junto com o ex-executivo da empreiteira OAS Léo Pinheiro, condenado à prisão.
O Solaris é um dos alvos da Lava Jato. Lula e sua mulher, Marisa Letícia, tinham a opção de compra de uma unidade no condomínio, que foi assumido pela OAS após a quebra da Bancoop. A Lava Jato também apura a reforma feita por outra empreiteira, a Odebrecht, em um sítio localizado em Atibaia (SP) utilizado por Lula e sua família.
Para os petistas, até agora Lula tem apresentado respostas rápidas na esfera jurídica, porém deixado a desejar na política porque não consegue ser claro ao explicar qual a natureza de sua relação com as empreiteiras investigadas na Lava Jato. Estadão
O PT teve acesso a pesquisas variadas sobre o desgaste imposto pelas investigações à imagem do ex-presidente e decidiu que uma reação conjunta de defesa de Lula se tornou imperativa, sob risco de o partido chegar sem um nome eleitoralmente viável às eleições de 2018, quando Dilma Rousseff não poderá mais concorrer ao Planalto porque já foi reeleita em 2014.
Lula vem perdendo pontos em praticamente todos os cenários nos quais é testado como candidato do PT a presidente e a rejeição ao nome dele vem crescendo a cada sondagem. Ontem, o Instituto Ipsos divulgou os resultados de um levantamento que questionou os entrevistados, no mês passado, sobre a imagem do ex-presidente. Apenas 25% disseram acreditar que Lula é "um político honesto".
A despeito da defesa enfática de Lula em público, em privado petistas de alto escalão no partido e no governo já admitem que as ligações do ex-presidente com as empreiteiras alvo da Lava Jato, reveladas em capítulos nos últimos oito meses, são difíceis de serem explicadas politicamente. Anteontem, o próprio Lula admitiu ter visitado o condomínio Solaris, no Guarujá (SP), junto com o ex-executivo da empreiteira OAS Léo Pinheiro, condenado à prisão.
O Solaris é um dos alvos da Lava Jato. Lula e sua mulher, Marisa Letícia, tinham a opção de compra de uma unidade no condomínio, que foi assumido pela OAS após a quebra da Bancoop. A Lava Jato também apura a reforma feita por outra empreiteira, a Odebrecht, em um sítio localizado em Atibaia (SP) utilizado por Lula e sua família.
Para os petistas, até agora Lula tem apresentado respostas rápidas na esfera jurídica, porém deixado a desejar na política porque não consegue ser claro ao explicar qual a natureza de sua relação com as empreiteiras investigadas na Lava Jato. Estadão
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