O deputado Carlos Matos (PSDB) destacou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quinta-feira (11/02), o lançamento da Campanha da Fraternidade de 2016, com tema principal o saneamento básico. A campanha, lançada na quarta-feira (11/02) pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), alerta “para um ponto importante em um momento crítico da saúde no Brasi. “Estamos vivendo típicas doenças que são clássicas de onde não há saneamento.”
De acordo com o parlamentar, das 768 milhões pessoas no mundo sem saneamento, cerca de 100 milhões estão no Brasil. “É alarmante. É maior que qualquer nação da América Latina”, informou.
O tucano lembra que o Ceará foi destaque na dengue por conta do investimento em saneamento básico. “Só tem 37% de saneamento. Percentual inalterado nos últimos cinco anos. Quero saber o que o Governo vai fazer. Qual o avanço”, questionou.
Carlos Matos ressaltou que houve um projeto prioritário no Estado chamado Sanear, no primeiro Governo Tasso Jereissati, permitindo que Fortaleza fosse a 28ª cidade do País em saneamento. “A realidade hoje é que Fortaleza é 66ª. Perdeu muito na posição do raking porque não se fez mais investimento”, disse.
O parlamentar criticou a falta de prioridades e afirmou que o Estado está equivocado em três pontos. “Primeiro não estamos investimento em saneamento; segundo porque estamos investindo em hospital, combatendo o efeito em vez de combater a causa; e terceiro porque não se deu continuidade a um importante como esse (Sanear)”, elencou.
Carlos Matos comunicou que vai apresentar requerimento para cobrar do Governo do Estado as ações previstas para a área até 2018.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (SD) sugeriu trazer a campanha da fraternidade para ser lançada na Casa para que todos os dados apresentados sejam debatidos “sem politizar”.
O deputado Renato Roseno (Psol) destacou a baixa execução orçamentária na área de saneamento nos anos de 2014 e 2015.
O deputado Agenor Neto (PMDB) reforçou o discurso de Carlos Matos, cuja postura foi enaltecida pelo peemedebista. Para Agenor Neto, o tucano mostra a preocupação, os erros cometidos, mas aponta soluções “porque é assim que se faz num estado democrático”. O peemedebista contesta do fato de se priorizar a construção de hospitais, sem haver recursos para assegurar o custeio.
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