Um médico foi preso nesta sexta-feira (22) em Brejo Santo, no interior do Ceará, por crimes de agiotagem. Segundo a Polícia Civil, o suspeito fazia empréstimo e fazia cobrança de juros abusivos, o que é proibido pela legislação nacional. A prisão cumpriu um mandado requisitado pelo Ministério Público. Em uma segunda operação na mesma cidade, pai e filho foram presos também por empréstimos ilegais.
Durante as operações que cumpriram mandados de busca e apreensão, a Polícia Civil apreendeu 13 armas de fogo, facas e munições. Os suspeitos, o agricultor Pedro Rocha de Lucena (78 anos) e o filho, Francisco Oliveira de Lucena (50), além do médico Ricardo de Araújo Leite (56), não tinham antecedentes criminais. Todos os investigados foram presos em flagrante delito. Ricardo de Araújo Leite pagou fiança no valor de 20 salários-mínimos e foi liberado.
De acordo com a Polícia Civil, na residência do médico foram encontrados cheques, R$ 34.835 em dinheiro e notas promissórias. Ainda segundo a polícia, uma mulher que se diz vítima do médico afirma que o marido dela cometeu suicídio devido à pressão que sofria pelo pagamento do empréstimo ilegal.
Participaram da operação os promotores de Justiça Muriel Vasconcelos Damasceno, Lígia de Paula Oliveira, Juliana Silveira Mota e Aureliano Rebouças Júnior, os delegados de Polícia Civil Bruno Tadeu Tabosa Neves e Manoel Inácio Torres Neto, além de outros policiais civis que prestaram auxílio importante à operação.
Crime de agiotagem
A agiotagem é considerada um crime contra a economia popular. A legislação prevê pena de detenção de seis meses a dois anos para aquele que “cobrar juros, comissões ou descontos percentuais, sobre dívidas em dinheiro superiores à taxa permitida por lei”.
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