As cidades do Interior cearense
sofrem não só com a seca, mas com a queda no emprego formal, resultado da
retração econômica, que tende a se agravar no próximo ano. O mercado de
trabalho apresenta dados negativos e a taxa de desemprego, que chega a 9,5%,
deve atingir os dois dígitos em 2016. Os setores da indústria (calçado e têxtil),
comércio e construção civil lideram as estatísticas negativas.
O Ceará segue a tendência
nacional e o ano de 2015 fechará com saldo negativo, tendo desempregado mais do
que contratado. De janeiro a outubro deste ano, a diferença entre demissões e
contratações chega a 18.942, segundo o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.
Não há perspectiva de reversão
dessa tendência. Ao contrário, a situação tende a piorar, segundo avaliação de
economistas e técnicos que analisam o mercado de trabalho.
"O desemprego chegou a um
índice elevado, com forte tendência de alcançar dois dígitos em 2016 e isso é
preocupante", observou o coordenador de Estudos e Análises de Mercado do
Instituto do Desenvolvimento do Trabalho (IDT), Erle Mesquita.
A tendência é de piora do cenário
para 2016, em particular o primeiro trimestre, que historicamente apresenta
desaquecimento das atividades produtivas industriais e do varejo. "No
último trimestre do ano, para o quadro, está favorável, mas está
piorando", diz Mesquita. No Ceará, o acumulado do ano até outubro é de 364
mil desempregados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário