A região Centro Sul enfrenta
atualmente diversas situações de violência e criminalidade. Diversos municípios
travam uma luta com o Governo do Estado para assegurar melhores condições e
estruturas para combater, ou pelo menos amenizar, a situação, reivindicando
aumento do contingente policial, mais equipamentos e, em alguns, até a
construção de cadeias públicas e delegacias regionais.
Em outros, é preciso implantar ou
melhorar o serviço de policiamento civil, com a implantação de delegacias ou
disponibilização de delegados e agentes civis. A população de diversos
municípios está assustada com a retomada da onda de violência, devido à ação
audaciosa de elementos que estão praticando furtos e assaltos a mão armada a
estabelecimentos residenciais e comerciais, em plena luz do dia, além de
arrombamentos a estabelecimentos públicos e praticando homicídios.
Em Catarina, o reduzido
contingente policial reforça a situação de insegurança dos moradores. Pedro
Roberto de Oliveira, morador do município, denuncia que a situação de
insegurança é um fator preocupante que deixa a população intranquila.
“Nós estamos aqui vivendo nosso dia a dia como
reféns dos bandidos, temos medo até de ficarmos muito tempo na rua, não temos
mais a tranquilidade de sentar na calçada de nossas casas porque tememos ser
assaltados ou mortos. Eu já fui vítima de assalto a mão armada, levaram alguns
bens que eu tinha. Os comerciantes então trabalham assustados, sempre que chega
alguém de fora em nossa cidade, já tememos que possa ser assaltantes que venham
promover arrastões, ou mesmo cometerem homicídios”, disse o popular.
Em Saboeiro também enfrenta um
grande desafio: o uso e tráfico de drogas tomou conta da cidade, que, nos
últimos dois anos, tem presenciado diversos crimes com requinte de crueldade.
Até menores de idade consomem
drogas livremente nas ruas, e mesmo com ações intensas da Polícia Militar, a
população enfrenta medo constante. A delegacia civil não possui delegado, nem
funciona aos finais de semana, dias em que as ações delituosas se intensificam.
Também são registrados em Saboeiro muitos assaltos, furtos e roubos.
O chefe do destacamento policial
de Saboeiro, cabo Almeida, diz que precisa contar com a ajuda da população,
que, por medo, se omite a fazer denúncias, e não colabora com a polícia.
Em Antonina do Norte sofre também
com muitos assaltos, roubos e furtos. Um fato agravante é que o município não
tem cadeia pública. Os detentos têm que ser levados para o presídio de Araripe,
a uma distância de 170 quilômetros.
Em casos de flagrantes, os
boletins de ocorrência têm que ser feitos em Iguatu. O contingente policial,
portanto, é pequeno, e tem que se ausentar muito do município, deixando a
população desassistida nesses períodos.
Aqui em Iguatu neste final de semana teve início
uma rebelião dos presos na Delegacia Regional, após uma tentativa de fuga frustrada
pelos inspetores, o delegado Jerffison Pereira falou sobre o caso e afirma que
a situação está insustentável.
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