O deputado Leonardo Araújo (PMDB) relatou, durante o primeiro expediente da sessão plenária desta terça-feira (24/11), fatos ocorridos durante a eleição da chapa que irá presidir a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE) no próximo triênio. Conforme explicou, o pleito foi marcado por um tumulto provocado pelo advogado carioca Carlos Fernando Siqueira Castro, que concorria a uma vaga no Conselho Federal pelo Ceará.
Segundo o parlamentar, o advogado chegou ao local de votação com cinco seguranças armados e chegou a ameaçar alguns dos presentes. “Ele saiu do seu escritório, o Siqueira Castro, no Rio de Janeiro, um dos maiores do Brasil, para vir afrontar os profissionais cearenses em nosso Estado”, criticou.
“Um dos seguranças foi truculento com um fotógrafo que registrou imagens das armas e ainda ameaçou uma advogada membro do Conselho Eleitoral, que o proibiu de entrar em uma área restrita para advogados”, afirmou.
A confusão terminou em uma delegacia, com três boletins de ocorrência sendo protocolados contra o advogado e os seguranças, informou o parlamentar. “Nem porte de armas eles tinham em mãos”, completou.
O peemedebista parabenizou a OAB pelo envolvimento sério que tem realizado com todas as questões pertinentes à sociedade, em nível federal e estadual, mas repudiou a conduta do advogado carioca, qualificando-a como “antidemocrática”.
O parlamentar comentou ainda a mensagem governamental nº 7.905, que altera as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) de diversos produtos, que será votada em regime de urgência esta semana na AL.
Ele pontuou que o impostômetro nacional bateu um recorde no último sábado, ao apontar o valor de R$ 1,8 trilhões. Segundo ele, esse valor já havia sido atingido em 7 de dezembro do ano passado. “O que concluímos com essa comparação é que a crise já estava instalada no ano passado, e foi maquiada pelo Governo por interesse próprio, visando à reeleição da presidente Dilma Rousseff”, afirmou.
Leonardo criticou os aumentos do ICMS e IPVA previstos nas mensagens governamentais e pediu aos parlamentares da base aliada que viessem à tribuna explicar a real situação da economia do Estado. “Uns dizem que não temos dinheiro nem para pagar os servidores. Outros dizem que temos dinheiro suficiente para colocar o hospital de Quixeramobim para funcionar. Precisamos saber o que acontece de fato, pois essa Casa merece respeito”, enfatizou.
Em aparte, o deputado Agenor Neto (PMDB) também criticou a mensagem com aumento das alíquotas do ICMS sobre produtos e redução sobre outros. Ele alertou que a população não deve permitir que os governos administrem visando às eleições.
Já João Jaime (DEM) voltou à questão da OAB e disse que a inclusão de Carlos Fernando na chapa para participar do Conselho Federal “tem como objetivo eleger seu pai ao cargo de presidente nacional da OAB”. A reação da OAB cearense à conduta do advogado carioca foi “condizente com a situação”. “Ele viu que aqui não é nenhuma província e que não pode chegar fazendo o que bem entende”, disse.
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