O deputado Capitão Wagner (PR) criticou, no primeiro expediente da sessão plenária desta terça-feira (24/11) da Assembleia Legislativa, a situação da segurança pública do Estado. O parlamentar destacou a matéria do jornal Diário do Nordeste destacando que, de julho a outubro, foram registrados 17.949 crimes violentos contra o patrimônio. Uma média de 147 vítimas por dia.
Capitão Wagner salientou que os números não são precisos, já que muitos não registram, nas delegacias, assaltos e furtos. “As pessoas não fazem o boletim de ocorrência porque acreditam que o crime não vai ser solucionado. Os números de crimes, na verdade, são maiores”, apontou.
Para o deputado, o efetivo policial não é suficiente. “Cerca de 60 policiais são tirados das ruas para fazer escolta de presos no Instituto José Frota (IJF). Se um preso é lesionado, são quatro policiais que precisam fazer a escolta desse preso. Em vez de de estarem nas ruas, estão sendo babá de preso. Muitos recebem alta, mas não voltam às delegacias. É absurdo”, assinalou.
O parlamentar pontuou ainda que policiais estão sendo tirados das ruas para vigiarem as oficinas da Polícia Militar. “Estão com medo dos incêndios às viaturas. Será que essas oficinas não têm quem as vigie para garantir a segurança do patrimônio?”, questionou.
Capitão Wagner salientou que o Estado está inerte quanto à segurança pública. “O que o secretário de Segurança Pública, Delci Teixeira, nos mostrou na Assembleia não é bem a realidade. Não temos o que comemorar. A insegurança é grande”, afirmou.
Em aparte, o deputado Carlos Matos (PSDB) parabenizou o pronunciamento do parlamentar. Ele observou que um requerimento aprovado na Casa, de autoria de Capitão Wagner, permite que o Estado recorra à Força Nacional para diminuir a violência.
O deputado Roberto Mesquita (PV) também parabenizou o pronunciamento do deputado e lembrou a sensação de insegurança dos cearenses.
GM/AT
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