A editora Abril anunciou nesta quinta-feira (19) que deixará de publicar três revistas a partir de 2016. Entre elas, está a Playboy, que circula no Brasil há 40 anos. Além da revista masculina, a empresa cancelou as publicações "Men's Health" e "Women's Health".
"Dando continuidade à estratégia de reposicionar-se focando e dirigindo seus esforços e investimentos às necessidades dos leitores e do mercado, a Editora Abril deixará de publicar, em 2016, as versões brasileiras das revistas 'Men's Health', 'Women's Health' e 'Playboy'. Esse movimento é parte de uma profunda e arrojada mudança da empresa, processo iniciado há cerca de um ano com a revisão do portfólio de produtos e a radical readequação das ofertas Abril à sua audiência, aos seus anunciantes e agências", informou a editora.
Revista não vai acabar
O UOL apurou que outras editoras estão negociando o licenciamento da "Playboy" com a matriz norte-americana. Portanto, a revista deverá continuar em circulação. O cancelamento pela Abril não foi uma surpresa para os profissionais da publicação, que havia eliminado outros títulos tradicionais, como a revista esportiva "Placar", que trocou de editora.
Em circulação no Brasil desde 1975, a "Playboy" fez história no mercado editorial. Até o início dos anos 2000, a "Playboy" brasileira vendia milhares de exemplares. A campeã de vendas é a publicação que trouxe Joana Prado, a Feiticeira, que passou de 1,3 milhão de exemplares. A medalha de prata ficou com Suzana Alves, a Tiazinha, que vendeu pouco mais de um milhão, ambas em 1999. A terceira colocada é Adriane Galisteu e seu polêmico ensaio em 1995, que vendeu quase 970 mil exemplares.
Em outubro, a "Playboy" norte-americana anunciou o fim dos ensaios nus, marca da publicação. No Brasil, as fotos peladas seriam mantidas, como prometeu o diretor da publicação, Sérgio Xavier Filho, em um editorial na edição de novembro.
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