Através de atos de corrupção, são desviados por ano no Brasil cerca de R$ 200 bilhões, mostra o Procurador da República junto à Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol. “Com essa quantia – avalia ele – sanaríamos as finanças do SUS, triplicaríamos o investimento em Educação e quintuplicaríamos na segurança, retirando 10 milhões de pessoas da miséria, sem outros programas”. Eis o retrato de uma situação que não existiria, se os gestores do País não permitissem que a corrupção, que já foi quase amadorística, se espraiasse, contaminando a política, a administração e a economia. No contexto, há detalhes inimagináveis. É o caso de a presidente Dilma culpar a Operação Lava Jato “pela queda do PIB nacional”, como se quisesse dizer que seria melhor que a referida operação, que recuperou quase R$ 900 milhões para os cofres da nação não existisse... Dizendo não estar falando novidade, o procurador Dallagnol diz que todos os males gerados pela corrupção, são frutos de duas falhas imperdoáveis dos governantes: a impunidade e a leveza das penas aplicadas aos achacadores do que é do povo. Para ele, a esperança é que o MPF consiga, para já, os 1,5 milhão de assinaturas para a sua proposta de 10 pontos, destinada a punir exemplarmente os corruptos e corruptores não importa qual a origem. Um dos pontos básicos desse decálogo é a impedir que os partidos dêem legenda a desonestos, nos passos da “Ficha Limpa”, grande vitória do MPF, CNBB e povo.
Fernando Maia
Nenhum comentário:
Postar um comentário