O vice-presidente nacional do PT e líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (CE), minimizou nesta terça-feira, 23, as críticas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao partido. Disse que se o governo federal conseguir retomar o crescimento econômico, o PT se sairá bem nas eleições municipais de 2016.
"Nossa preocupação agora é retomar o crescimento da economia brasileira. Quem ganha a eleição é economia, é bolso, não é nada de outra coisa. Se a economia retoma o processo de crescimento em 2016, não tenho menor dúvida de que nós vamos sair bem. Tem muita água pra rolar ainda", disse Guimarães.
Em palestra realizada na segunda-feira, 22, em São Paulo, Lula disse que o PT está "velho e viciado em poder" e que "só pensa em cargos". O dirigente petista demonstrou desconforto com as declarações do ex-presidente da República e criticou "quem fica apregoando essa história que o PT está no fundo do poço ou está no volume morto".
Para ele, as críticas de Lula são pertinentes enquanto observações internas e "não públicas". "Vamos esperar as eleições. Já vi tantas projeções feitas e não realizadas. Vamos aguardar 2016", completou.
Ainda assim, o petista disse que Lula tem o direito de criticar o que quiser. "Lula é um ser humano como qualquer outro", respondeu.
Quórum baixo
Guimarães demonstrou preocupação com o esvaziamento da Casa por causa das festas juninas no Nordeste. Os líderes partidários ainda aguardam o quórum mínimo de 257 deputados para votar hoje acordos internacionais, uma série de recursos e duas Medidas Provisórias (672 e 673). A expectativa é votar a partir de desta quarta-feira (24) o projeto que revê a política de desoneração da folha de pagamento, já que a partir das 19h desta quarta-feira o ponto dos parlamentares faltosos será cortado.
"O governo considera fundamental votar hoje o que for por acordo. Amanhã entrarmos direto no PL da desoneração. Precisamos encerrar até quinta-feira a pauta do ajuste", apelou.
No final da entrevista, Guimarães evitou falar sobre a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de dar um prazo de 30 dias para que a presidente Dilma Rousseff explique as chamadas "pedaladas fiscais". "Depois a gente pedala o TCU", desconversou.
UOL
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