O prefeito afastado de Canindé, Celso Crisóstomo (PT), denunciou, ontem, em entrevista de coletiva à imprensa, na Assembleia Legislativa do Ceará, que cinco vereadores receberam R$ 150 mil, cada um, para votar a favor de seu afastamento. Na última sexta-feira (5), a Câmara dos Vereadores de Canindé, decidiu por 11 votos a quatro, afastar o prefeito por 90 dias. A acusação que pesa contra o petista é de improbidade administrativa, por suposto desvio de receitas da Contribuição de Iluminação Pública. Em 27 de maio, a Justiça já havia decretado a perda da função pública e a indisponibilidade dos bens de Celso Crisóstomo.
“Na ação dos vereadores de oposição, levaram muitas denúncias ao Ministério Público e nunca encontraram roubo, falcatrua da minha parte. Mas, encontraram um problema contábil, pelo fato de a Prefeitura ter utilizado o dinheiro da iluminação pública, para pagar consumo de postos de saúde, bem como de escolas. Não me beneficiei disse”, defendeu-se.
Coagido
Segundo Crisóstomo, na quarta-feira (3), foi coagido por três vereadores (Antônio do Ives, Francisco Alan e o vereador Alexandre Anastácio), onde buscaram, por meio de uma “chantagem”, vender os respectivos votos ao prefeito, por R$ 100 mil. “Segundo eles, lá ia passar uma Van para sequestrá-los e que, dentro desta van, teria um envelope de R$ 150 mil para cada um. Eles falaram que faziam um abatimento para mim, que se eu arrumasse R$ 100 mil em menos de 24 horas, eles não votariam contra”, denunciou.
Durante coletiva, Celso Crisóstomo mostrou um áudio feito por seu assessor, José Estênio Maciel, em que os vereadores fazem as chantagens. “Eu disse para eles que podiam fazer o que quisessem. E falei que aquele era um caminho absurdo e que não iria entrar nesse jogo, porque eu já sei que isso é um poço sem fundo”, afirmou.
O Estado CE
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