segunda-feira, 18 de maio de 2015

Das 32 legendas do país, 17 tiram mais de 90% de seu custeio do Fundo Partidário

Apesar das arrecadações milionárias dos partidos entre empresas para as campanhas eleitorais, a maior parte dos recursos que passa pelas mãos dos dirigentes para manter suas estruturas, fora do período eleitoral, sai dos cofres públicos. Mais da metade dos 32 partidos registrados no país sobreviveu em 2013, o último ano com as prestações de contas completas disponíveis no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quase exclusivamente do Fundo Partidário, uma parcela do Orçamento da União que é destinada ao custeio das legendas, que não param de se multiplicar. Das 32 siglas, 17 delas tiveram mais de 90% de suas receitas no Fundo Partidário em 2013.
Há legendas que só têm como fonte de renda o dinheiro público. É o caso de PCO, PROS e Solidariedade, cujo caixa foi formado 100% com verbas do Fundo, em 2013. Essas duas últimas siglas foram formadas em setembro de 2013 e, em 2014, mudaram um pouco de perfil. Outras, como PDT, PTB, PR, PTC, PTdoB e PCB tiveram 99% de suas receitas nos recursos públicos. Levantamento realizado pelo GLOBO durante duas semanas na prestação de contas dos partidos à Justiça Eleitoral mostra que cada partido gasta esse dinheiro de um jeito. Há evidências de mordomias e até excentricidades pagas com dinheiro público, como carros de luxo e até um avião. 

O Globo

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