A Comissão de Seguridade Social e Saúde da Assembleia Legislativa realizou reunião ordinária na manhã desta quinta-feira (21/05) com a presença do ex-secretário de Saúde do Estado do Ceará (Sesa) Carlile Lavor, que fez uma balanço da gestão dele durante o período em que geriu a pasta, e analisou as razões da crise atual da saúde pública no Brasil.
O presidente do colegiado, deputado Carlomano Marques (PMDB), questionou ao ex-secretário se faltou autonomia para exercer o cargo. O parlamentar também perguntou se houve um descompasso entre o Governo do Estado e o Governo Federal em relação ao custeio dos equipamentos de saúde construídos na gestão do ex-governador Cid Gomes.
Carlile Lavor disse que não conseguiu coordenar as ações da secretaria da forma como desejava, devido a dificuldades em estabelecer consenso com os demais profissionais de saúde que compõem a pasta. “A área da saúde é um sistema imenso, com uma grande quantidade de profissionais e hospitais e, quanto mais graves os problemas, maior a necessidade de coordenação”, explicou o ex-secretário.
Ainda segundo ele, alguns médicos acreditam que a solução para a saúde passa pela construção de mais hospitais e equipamentos, enquanto que Carlile Lavor defende ações mais amplas e o fortalecimento dos serviços de atenção básica.
Carlile Lavor também avaliou como importante o fortalecimento e o aumento de repasses estaduais para os hospitais filantrópicos, já que o custo operacional deles são menores que o dos hospitais públicos.
Em relação ao custeio dos equipamentos de saúde, o ex-secretário informou que a maioria dos acordos firmados entre o Estado e a União foram apenas verbais, intermediados pelo Ministério da Saúde, sem nenhuma oficialização.
Estiveram presentes ainda à reunião os deputados José Sarto (Pros), Audic Mota (PMDB), Roberto Mesquita (PV), Tomaz Holanda (PPS), Júlio César Filho (PTN), Dra. Silvana (PMDB), Carlos Felipe (PCdoB), Carlos Matos (PSDB), Walter Cavalcante (PMDB), Danniel Oliveira (PMDB), Leonardo Pinheiro (PSD), Elmano Freitas (PT), Evandro Leitão (PDT), Rachel Marques (PT), Antônio Granja (Pros) e Fernanda Pessoa (PR).
AL
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