O momento pede sacrifício geral e, em nome dele, claro que pareceu fora de hora a decisão dos parlamentares de emendar a proposta original e praticamente quadruplicar o dinheiro destinado aos partidos no Orçamento da União de 2015. Agora, é preciso que a sociedade entenda de maneira mais objetiva que manter uma democracia tem custos. O debate sobre a necessidade de termos partidos fortes, orgânicos, que funcionem, passa por uma outra discussão, ainda não feita, sobre as fontes de financiamento para construção do modelo perfeito que todos acabamos idealizando.
O escândalo da hora, que tem impactado de maneira direta a Petrobras e atinge um conjunto importante de segmentos políticos, nos desdobramentos da operação Lava Jato, apenas reforça a convicção de que algo precisa ser feito para reduzir, ou acabar, a linha de promiscuidade entre os partidos políticos e setores da iniciativa privada que terminam sendo chamados a financiá-los. No final, temos visto, a conta acaba sendo apresentada ao cidadão, na forma de superfaturamentos de obras públicas, desvios e outros artifícios criminosos que podem ser resultado da inexistência de regras claras quanto ao ônus financeiro de manter o País sob um ambiente livre e democrático.
Gualter George /O Povo
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