O presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, afirmou nesta quinta-feira (16) que a sigla irá fazer o pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT) caso se comprove a participação da petista nas chamadas "pedaladas fiscais". Na quarta-feira (15), o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou de forma unânime relatório que considera crime de responsabilidade as manobras fiscais ("pedaladas") feitas pelo Tesouro com dinheiro de bancos públicos para reduzir artificialmente o déficit do governo em 2013 e 2014. Autoridades do governo terão que se explicar ao tribunal, entre elas o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. "Precisamos averiguar agora quais foram os responsáveis por essa fraude. O TCU afirma que houve crime pela equipe econômica. Temos que ver se esse crime se limita à equipe econômica ou vai além dela. Vamos ter a responsabilidade e a prudência para tomar qualquer decisão, mas vamos ter a coragem. Se considerarmos que houve cometimento de crime de responsabilidade, nós vamos agir como determina a Constituição", declarou o senador tucano. O pedido de impeachment só terá curso caso seja autorizado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que até o momento diz não ter motivos para isso. Caso o deputado mude de ideia, o processo será aberto se pelo menos dois terços (342) dos 513 deputados federais aprovem. Se isso ocorrer, Dilma será afastada até o final do julgamento do processo, que é feito pelo Senado.
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