O PSB vai discutir em reunião da Executiva Nacional nesta quarta-feira, 29, a possível fusão com o PPS. Segundo informou o presidente do PSB, Carlos Siqueira, a reunião foi convocada com o intuito principal de discutir a união, até agora debatida informalmente entre os dirigentes do PSB. "O início da discussão formal será hoje. Tem um sentido político na fusão, já que PPS e PSB têm afinidades históricas. Mas vamos ouvir os membros da Executiva com o intuito de não impor uma decisão a ninguém", afirmou Siqueira.
A decisão de prosseguir com o projeto de fusão com o PPS foi articulada pelo grupo que vem ganhando força dentro do PSB desde o rompimento com o PT e o lançamento da candidatura do falecido Eduardo Campos à Presidência. É o mesmo grupo que defendeu o apoio ao tucano Aécio Neves no segundo turno, cujos componentes mais notórios são o presidente do PSB em São Paulo, Márcio França (vice-governador do tucano Geraldo Alckmin), o ex-deputado que foi vice de Marina Silva nas eleições, Beto Albuquerque (RS), o deputado Júlio Delgado (MG), e Geraldo Júlio, prefeito de Recife, e Paulo Câmara, governador de Pernambuco. E foi reforçado com o afastamento de figuras históricas do PSB mais alinhadas à esquerda e com laços antigos com o PT, como Roberto Amaral - que perdeu a presidência da sigla e a posição na Executiva - e Luiza Erundina - que foi contra apoiar Aécio e também deixou a Executiva.
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