domingo, 15 de março de 2015

Marina diz que impeachment seria "aprofundar o caos"

Um dia antes das manifestações contra a presidente Dilma Rousseff (PT) saírem às ruas nas principais capitais do País, a ex-senadora Marina Silva (PSB) divulgou ontem um texto no seu site oficial em que refuta o impeachment da petista e afirma que um processo como este pode levar ao “aprofundamento do caos.”
“Muita gente vai para as ruas protestar. Há uma campanha pedindo o impeachment da presidente que foi eleita há poucos meses. Compreendo a indignação e a revolta, mas não acredito que essa seja a solução. Talvez o resultado não seja o pretendido retorno à ordem, mas um aprofundamento do caos”, escreveu Marina.
Terceira colocada na disputa presidencial de 2014, a ex-senadora defende que seja dado um “prazo inicial a todo governo eleito, para que diga a que veio”. Segundo a pessebista, essa tese é válida também “quando o escolhido - ou guiado pelas estrelas - recebe da sociedade a cômoda ou incômoda tarefa de suceder a si mesmo”, ou seja, para os reeleitos como a presidente Dilma. 
Apesar das ponderações que faz quanto ao impeachment, Marina não deixa de provocar o partido em que esteve filiada por 24 anos: 
“O impeachment seria uma punição ao PT, sem dúvida”, diz. “Uma resposta no mesmo padrão criado pelo partido quando estava na oposição: gritar ‘fora’ a qualquer governo, com ou sem provas de corrupção, pela simples avaliação ideológica de que eram governos impopulares ou contrários aos trabalhadores.”

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