O ex-ministro Ciro Gomes (Pros) negou que haja crise no governo Camilo Santana (PT) e pediu calma a aliados e opositores. “O Camilo é um jovem talento que está com total disposição de fazer um grande trabalho no comando do Estado”, disse o ex-parlamentar em entrevista ao jornal O Estado, acrescentando que o petista está montando uma nova equipe de trabalho para dar continuidade aos avanços conquistados na gestão passada. Segundo ele, na verdade, existe uma tentativa de criar uma instabilidade e gerar um mal-estar na população. Ao lado do irmão Cid Gomes (Pros), hoje ministro da Educação, Ciro foi um dos cabos eleitorais do petista.
Na entrevista, Ciro admitiu poder haver uma descontinuidade após oito anos de um governo – referindo-se a gestão do irmão Cid Gomes. Entretanto, ressaltou que, agora, o importante é a população, sobretudo a oposição, ter um pouco de paciência para esperar que as ações aconteçam. E classificou Camilo como homem “sério”, “bem intencionado” e de “espírito público”, e, portanto, saberá fazer a diferença à frente do Palácio da Abolição.
Na semana passada, Ciro e Camilo se reuniram no Palácio da Abolição. Oficialmente, o encontro serviu para tratar das obras da Transnordestina, já que o ex-ministro atualmente é diretor da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Fontes ouvidas pelo OE, porém, relataram que o assunto terminou em política e Ciro seria um “emissário” para apaziguar os ânimos dos aliados.
Nos bastidores, todavia, a conversa é de que Camilo enfrenta uma crise de insatisfação que ronda a base aliada. Os aliados estariam contrariados com a demora na indicação dos cargos, principalmente porque muitos não se sentem contemplados e questionam a falta de autonomia. Fontes comentam que a renúncia do deputado David Duran, do cargo de Secretário de Esportes, expôs publicamente a crise.
O Estado CE
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