O ministro da Educação Cid Gomes foi internado, na noite da última segunda-feira (10), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, informou o Ministério da Educação. O ministro cearense teria se sentido mal e foi internado na unidade de saúde para receber cuidados médicos.
Cid estava com audiência marcada para esta terça-feira (11) na Câmara dos Deputados, onde se retrataria aos parlamentares sobre a polêmica declaração que deu durante uma visita à Universidade Federal do Pará (UFPA) no último dia 27 de fevereiro. O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Celso de Mello, notificou Cid Gomes para que ele respondesse à interpelação judicial apresentada pelo deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) que pedia a retratação da fala de Cid.
O Ministério da Educação afirmou que já protocolou um pedido de adiamento da audiênciadevido à internação do ministro. A Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados ainda não tem uma nova data para ida de Cid Gomes à Casa.
Declaração
“Tem lá uns 400 deputados, 300 deputados que, quanto pior, melhor para eles. Eles querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais, aprovarem as emendas impositivas”, disse o ministro durante visita à UFPA, onde se reuniu com professores e reitores de universidades federais paraenses. Questionado sobre a declaração, Cid Gomes ressaltou que a fala foi feita por ele de modo pessoal e não como ministro da Educação.
“Quero que ele se desculpe aos meus eleitores e à minha família porque não sou o que ele disse”, reclamou, à epoca, o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP). “Ministro mal educado e desrespeitoso. Ele não pode ser jamais ministro da Educação deste país. Nós não somos chantageadores”, disparou André Moura (SE), líder do PSC na Casa.
O governador do Estado do Ceará, Camilo Santana, e o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, aliados políticos de Cid estão em Brasília para prestar apoio ao ministro.
Diário do Nordeste
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