terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Entrevista: Eunício fala sobre desafios do Congresso, perda da Refinaria do Ceará e ações de convivência com a seca

O senador Eunício Oliveira, líder do PMDB no Senado, concedeu entrevista, na manhã desta segunda-feira, 02, aos jornalistas Carlos Viana, da Rádio Cidade AM 860 e Ronildo Saldanha da Rádio Campo Maior de Quixeramobim. Nas ocasiões ele destacou os principais desafios do Congresso Nacional para os próximos quatro anos. O peemedebista falou sobre sua recondução ao cargo de líder do partido e sobre a vitória do PMDB no comando do Senado e da Câmara. E comentou sobre a perda da refinaria do Ceará e sobre as principais discussões que devem pautar o Legislativo, como a reforma política e a seca.
 
Nas entrevistas Eunício informou que teve o privilégio de ser convidado pela presidente Dilma Rousseff para ser o líder do governo, mas preferiu ter o nome indicado para liderar o PMDB por mais dois anos no Senado, obtendo o aval unânime dos seus pares. "Fui ungido líder do PMDB pela unanimidade dos votos, e o nosso partido preside as duas casas do Legislativo. Saímos fortalecidos", pontuou. A função de líder, assim como a missão de senador, garante, será exercida em favor dos trabalhadores, como já vem fazendo há quatro anos. O fato de ser apoiador da presidente Dilma e de ter votado em Lula, observou Eunício, não significa concordar com todas as decisões do Planalto, respondendo a pergunta se será favorável às medidas que mexem na pensão e no seguro desemprego. “Quem me colocou neste mandato não foi o patrão, foi o trabalhador. Não contarão com este líder para tirar direitos trabalhistas”, assegurou.
 
De acordo com o peemedebista, na pauta de discussões do Congresso constam alguns itens importantes. A reforma política; um novo pacto federativo, “para que estados mais pobres, como Ceará, não fiquem de pires na mão”; um novo pacto tributário, para diminuir a carga tributária, são alguns dos temas a serem levantados pelos parlamentares. Mais uma vez Eunício disse ser contrário à criação de mais impostos, como a CPMF. 
 
Em sua opinião, é necessário fazer ajuste fiscal, entendendo que para o governante administrar bem o dinheiro público, não significa criar novos tributos e nem mexer nos direito dos trabalhadores. “Tenho obrigação de defender o Brasil, que precisa de ajuste fiscal. Gastaram mais do que arrecadaram”, avaliou.
 
Fortalecido
 
Eunício defendeu que o seu partido tem responsabilidade com o Brasil e com a boa governabilidade. De acordo com ele, alguns disseram que o PMDB deveria ser destruído, mas ao invés disso, o partido mostrou que está unido, razão pela qual conquistou as presidências do Senado e da Câmara.
 
Sobre o fim do sonho da refinaria da Petrobras para o Ceará, Eunício afirma que foi "um verdadeiro estelionato eleitoral" e disse não acreditar que o ex-governador do Ceará e o atual Camilo Santana não soubessem que o empreendimento ñ iria se concretizar. "Venderam uma mentira aos cearenses de que o empreendimento estava garantido, somente para ganhar as eleições". E agora, alerta, o Governo do Estado sustenta outra inverdade, a de que vão investir R$ 200 milhões na usina de Barbalha, no Cariri, que está completamente abandonada.
 
O Senador defendeu que é preciso lutar para garantir a Transnordestina e a Transposição do Rio São Francisco, duas obra importantes para o Ceará. Eunício lamentou que a única obra hídrica do Ceará é o Aquário. Para o senador, falta prioridade do Governo do Estado para a situação hídrica, assegurando que a emergência agora é de perfuração de poços.  “A minha luta aqui, podem ter a certeza, é de reafirmação do meu compromisso com o povo”, reiterou.
 
Questionado sobre a prorrogação das dívidas rurais, Eunício informou que vai conversar pessoalmente com a presidente Dilma sobre o assunto. De acordo com ele, são homens e mulheres decentes que lutam pela sobrevivência, endividados pela seca, e por isso precisam da atenção do Congresso. “Não são agricultores que não querem pagar, mas que não podem pagar”, alertou.
 
Sobre as eleições do próximo ano, Eunício disse que o PMDB vai se movimentar e ter candidatura, mas no momento o partido tem muitos enfrentamentos pela frente, como a convivência com a seca.  Ele também mencionou a aliança com o senador Tasso Jereissati (PSDB), afirmando que os dois estão juntos em defesa do Estado. "Minha vida pública tem sido de dedicação e transparência. Continuarei de prontidão pelas demandas dos cearenses", encerrou.

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