O deputado Capitão Wagner (PR) destacou, no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (04/02), sua expressiva votação na última eleição. Observou que foi o mais votado parlamentar estadual da história do Ceará e que, em 2012, também foi eleito o vereador mais votado de Fortaleza.
Capitão Wagner comentou que, após ter assumido com suplente de deputado uma cadeira na Assembleia, recebeu críticas de alguns parlamentares, ganhando, inclusive, o apelido de “Zé Doidim”, pelas atitudes que assumiu. Porém, admitiu que a “consagradora” votação demonstra que a sua ação parlamentar estava sendo bem entendida pela população.
“Agradeço a população que me fez voltar como o deputado mais votado da história”, disse Capitão Wagner. O parlamentar assumiu vaga no período de licença da deputada Fernanda Pessoa (PR). “Agora volto à Casa em um momento diferente, com a nomeação de Evandro Leitão (PDT) para líder do Governo. Espero que ele tenha condições de fazer um bom trabalho. É uma missão árdua e difícil para nos dar as resposta que serão pedidas”, avaliou.
O deputado também se disse grato ao comportamento do deputado Roberto Mesquita (PV), que pediu a instalação de uma CPI na Assembleia, quando o deputado do PR teria sido acusado de chefia milícia e promover crimes. “A Comissão Parlamentar de Inquérito nunca foi instalada porque sabiam que essas acusações não eram verdadeiras”.
Capitão Wagner também se referiu ao discurso de Heitor Férrer (PDT), que comentou a promessa de uma refinaria para o Ceará e que não foi cumprida. Ele lembrou que foram gastos mais de R$ 600 milhões e agora foi cancelada a obra. “Somos todos Zé Doidim, ao ser negado essa refinaria”, afirmou. O parlamentar destacou ainda que a Assembleia realizou uma campanha, percorrendo o Estado e, na sua visão, também foi enganada, a partir do cancelamento da obra.
Em aparte, o deputado Carlos Matos (PSDB) disse que de fato a expectativa de um projeto prometido pelas mais altas autoridades do País, e com recursos gastos pelo Governo do Estado ter sido cancelado, é uma demonstração de falta de prestígio e desrespeito com os que acreditaram na veracidade das promessas. “A Assembleia lutou para que a refinaria acontecesse e agora somos frustrados”, disse.
O deputado João Jaime (DEM) lembrou que fez vários pronunciamentos afirmando que nunca acreditou nas promessas e que nenhum plano da Petrobras previa obras de refinaria para o Ceará. O parlamentar lembrou que a empresa também investiu em planos de viabilidade e estes recursos estão sob suspeita na operação Lava Jato.
O deputado Roberto Mesquita (PV) disse que a Assembleia ganha com o retorno de Capitão Wagner para ao Legislativo. Ele assinalou ainda que a refinaria é um investimento pensado há mais de 60 anos. “Devemos ser, neste momento, cearenses, para que seja corrigido esse engano ao povo do Estado.”
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