terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Em primeira reunião ministerial, Dilma defende ajustes na economia


A primeira reunião ministerial do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff começou, na tarde desta terça-feira (27/1), na Residência Oficial da Granja do Torto. Na ocasião, os 39 ministros devem receber orientações e debater os principais problemas do país, como a crise hídrica e o pacote de medidas econômicas anunciado na última semana. Sobre o aperto de crédito e aumento de impostos, a presidente afirmou que "ajustes são necessários".

No discurso de abertura, a presidente afirmou que a primeira recomendação é trabalhar muito para dar sequência aos projetos implantados desde 2003, primeiro ano do PT no poder. "Os ajustes que estamos fazendo são necessários para manter o rumo preservando as prioridades sociais que iniciamos há 12 anos. As medidas que iniciamos e consolidaremos vão continuar projeto vitorioso nas urnas", disse.

Dilma também citou o caso de corrupção na Petrobras: “temos que, principalmente, criar mecanismos que evitem que episódios como este voltem a ocorrer. Temos que saber apurar, temos que saber punir. Isso tudo sem diminuir a Petrobras". Contudo, ao falar sobre o caso Dilma foi incisiva ao declarar que, apesar dos escândalos, as empresas não podem ser comprometidas. "Temos que saber punir o crime. Temos que saber fazer isso sem prejudicar a economia e o emprego no país. Temos que fechar a porta para a corrupção. Isso não pode significar prejudicar as empresas".

A expectativa é que, ao fim do encontro, um ou mais ministros sejam destacados para falar sobre os pontos tratados. Esta será a primeira vez que toda a equipe estará reunida para um encontro de trabalho. Autoridades como o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, também são considerados ministros. Além dos ministros, participa Marco Aurélio Garcia, assessor da Presidência da República para Assuntos Internacionais.

Um mês sem entrevistas

Após o anúncio de medidas como a não correção do Imposto de renda e alterações nas regras trabalhistas, a presidente Dilma deu um gelo nos jornalistas. Foram 35 dias sem conceder entrevista. O último contato da presidente com a imprensa ocorreu durante café da manhã no último 22 de dezembro, quando falou sobre a corrupção na Petrobras e mencionou nomes de novos ministros.

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