SÃO PAULO - Antes mesmo do resultado das urnas, um grupo de intelectuais ligados aos candidatos Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) assinaram um manifesto de apoio mútuo em um eventual segundo turno, em nome da "unidade das oposições".
A ação foi articulada por dois professores da USP, o economista do Instituto de Energia e Meio Ambiente, José Eli da Veiga, apoiador de Marina, e o cientista político José Álvaro Moisés, simpático a Aécio. Cerca de 200 apoiadores dos dois candidatos aderiram ao manifesto, que teve versão ampliada depois do pleito.
— A versão inicial trazia os nomes de Aécio e Marina. Assinaram todos que estavam dispostos apoiá-los, não importa qual foi fosse o resultado — explica José Eli da Veiga.
Defensor da candidatura de Marina em 2010 e também neste ano, Veiga explica a diferença do cenário político atual e o de quatro anos atrás, que teria motivado sua decisão por apoiar Aécio.
— Em 2010, Serra e Dilma ficaram fazendo uma competição para ver quem era mais carola. Além disso, o governo Lula tinha sido bom. Se a neutralidade facilitava a eleição de Dilma, não me parecia, naquela ocasião, uma coisa ruim o PT vencer. Agora é diferente. Dilma desarrumou a casa, deu tudo errado — acredita Veiga.
Assinam também o manifesto artistas e lideranças de organizações da sociedade civil. Entre eles estão o cientista político Francisco Weffort, o historiador do Instituto FHC, Bóris Fausto, e o poeta Antonio Cícero.
No texto, os apoiadores dizem apoiar Aécio “porque a sociedade quer mudanças” e “porque é preciso dar um basta à convivência com a corrupção e retrocessos que marcaram a ação do governo nos últimos anos”. O Globo
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