sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Luizianne Lins reafirma que não sobe no palanque de Camilo Santana

A ex-prefeita de Fortaleza e atual candidata à deputada federal, Luizianne Lins (PT), confidenciou a aliados que não recuará de sua posição e, portanto, não subirá no palanque de Camilo Santana (PT) na disputa pelo governo do Estado. A declaração de Lins foi feita após o presidente regional da legenda, De Assis Diniz, afirmar que, caso petistas insistam em não apoiar Camilo Santana e Mauro Filho (Pros), ao Senado, em seus materiais de campanha, poderão responder a processo disciplinar.

Na conversa, Luizianne expressou novamente sua postura em não compartilhar o palanque de Camilo Santana juntamente com os irmãos Ferreira Gomes. Reclamou do teor do ataque e disse que pretendia discutir o assunto com a direção nacional. Ontem, segundo sua assessoria, Luizianne tentou marcar uma conversa com Rui Falcão, presidente do PT, que estava em Fortaleza para cumprir alguns compromissos de campanha, inclusive inaugurar o comitê da petista na Avenida da Universidade. Entretanto, a agenda foi cancelada em virtude da morte de Eduardo Campos.

Recentemente, ao jornal O Estado, Luizianne Lins justificou que não pode pactuar com uma candidatura onde seus apoiadores “inventam mentiras para lhe prejudicar”. “O meu compromisso na eleição deste ano é trabalhar pelo segundo mandato da presidente Dilma”, disse ela, para, em seguida, afirmar novamente que não subirá no palanque de Camilo.

Uma fonte ligada à petista afirmou que, no caso de Luizianne, não se trata de infidelidade, mas sim de “falta de estímulo”. “A candidatura do Camilo tem sim nosso respeito, por ser do PT, não vamos sair acusando, batendo, mas não dá para esperar que estejamos mortos de entusiasmados para fazer a campanha de um candidato que, na prática, é um desdobramento de interferência externas, no caso do governador [Cid Gomes], do Pros. Cria um desconforto dentro do nosso partido. Paciência!”, reverberou o aliado que pediu reserva à reportagem. Para ele, a preocupação de De Assis é legítima, mas deve ser dialogada internamente pelos demais militantes.

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