“Oi gente, eu sou a Maria. Venci o BBB e o venci o câncer.”
É assim que a candidata a deputada estadual se apresenta na rápida aparição no programa eleitoral de seu partido, o PSC (Partido Social Cristão), que tem o Pastor Everaldo como candidato à Presidência da República.
Vestida com camisa social e blazer, Maria Melilo está bem diferente da época na qual se tornou celebridade instantânea. Atriz e modelo, ela se projetou na mídia ao participar do Big Brother Brasil 11, há três anos.
O estilo riponga-periguete conquistou o público e ela venceu a competição, levando o prêmio de 1,5 milhão de reais. Em seguida participou das duas temporadas do ‘Casseta & Planeta – Vai Fundo’.
Voltou a ganhar espaço na imprensa em novembro do ano passado, quando divulgou sua batalha contra um câncer no fígado. No dia 27 de janeiro, Melilo participou ao vivo de um programa no Terra TV e falou sobre o problema de saúde.
“Um câncer a gente nunca sabe de onde vem, mas os anabolizantes com certeza ajudaram no desenvolvimento do tumor. Hoje eu não quero nem chegar perto de hormônios”, declarou, admitindo o uso das substâncias proibidas.
A prevenção ao câncer e o tratamento adequado aos pacientes é a principal proposta de campanha da ex-BBB. Maria defende mais equipamentos, exames e remédios a quem está se tratando.
O uso de doenças em campanhas eleitorais gera uma discussão interessante. É ou não apelação? Milhares de eleitores podem se identificar com Maria Melilo por enfrentar ou ter enfrentado o mesmo drama pessoal.
Se não há problema ético em um candidato cadeirante pedir votos a pessoas em situação semelhante, então, teoricamente, inexiste conflito moral em um ex-paciente de câncer tentar se eleger defendendo cidadãos que enfrentam a mesma doença.
Outro aspecto: na propaganda na TV e em todo o material de campanha, Maria Melilo faz esforço flagrante para disfarçar a sensualidade. Temos aí a origem de outro debate. Afinal, mulher naturalmente bonita e sensual não pode ser eleita?
Terra
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