A confirmação ontem, da aceitação, pelo ex-senador e ex-governador Tasso Jereissati, de sua candidatura a um segundo mandato no Senado Federal, é uma das decisões mais importantes do agitado momento político do Ceará. Depois de três mandatos como governador, marcados por notáveis avanços, em que o Estado subiu vários degraus no pódio das gestões estaduais, e de um mandato senatorial no qual se revelou um dos maiores senadores de nossa História Política,
Tasso viveu o dissabor de uma derrota que surpreendeu a todo o Brasil. Por conta disso, o Ceará e o próprio Senado sofreram as consequências da sua ausência, tendo em vista o brilho e o dinamismo com que ele abordou os maiores problemas do país, enriquecendo os debates de uma Câmara Alta onde sua capacidade de debater era um dos pontos altos. Prova da falta que Tasso fez no Senado é a maneira enfática como o eleitorado, mesmo depois de alguns anos, se manifesta nas pesquisas eleitorais, em que desponta como líder absoluto. Paralelamente, neste momento, Tasso dá aos seus partidários do PSDB, a esperança de uma verdadeira ressurreição de um partido que muitos, principalmente os petistas mais ferrenhos, julgavam a caminho da extinção. Some-se a isso a necessidade de mais um palanque forte no Nordeste para o senador Aécio Neves, em quem as oposições confiam a tarefa de interromper a permanência do PT no poder, cujos líderes querem prolongar por mais duas décadas.
Quem tem observado a evolução do desejo de retorno de Tasso, da parte dos cearenses, conclui que não se trata de um sentimento apenas de tucanos e de antigos ou atuais aliados do PSDB, mas, claramente um sentimento generalizado de se ver o Ceará representado por um Senador com S maiúsculo.
Por Fernando Maia
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