O prefeito de Amontada, Paulo César Santos (PT), está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) por supostas ligações com o doleiro paranaense Alberto Youssef. O petista teria realizado uma transação, no valor de R$ 1.6 milhão, com a agência de viagens Marsans Brasil, liderada pelo paranaense desde 2010. O negócio utilizou verba retirada do fundo de previdência dos servidores públicos do município. Youssef está preso por chefiar esquema de lavagem de dinheiro.
Paulo César declarou que o objetivo da transação seria arrecadar verba extra para Amontada. No total, a Marsans Brasil recebeu, entre 2012 e 2013, cerca de R$ 23 milhões oriundos de fundos de previdência de servidores brasileiros. O doleiro paranaense Youssef foi preso na operação Lava Jato, da PF, deflagrada no dia 17 de março, que desmontou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, segundo as autoridades policiais, movimentou cerca de R$ 10 bilhões.
Entenda o caso
O dinheiro do fundo de previdência deveria ser injetado na empresa através do Fundo de Investimento em Participações (FIP) Viaja Brasil, criado para impulsionar o crescimento do grupo. No entanto a verba não foi repassada à empresa por Youssef, deixando a Marsans em dificuldades financeiras.
O advogado do doleiro, Antonio Figueredo Basto, disse. à revista Veja, que "Se fundos de previdência resolveram investir na Marsans, quem tem de responder são eles. Muitas das coisas que Alberto tentava fazer eram legais. Eu particularmente desconheço que tenha ocorrido irregularidade em relação a fundo de pensão".
A reportagem do Ceará News 7 tentou entrar em contato com o prefeito, mas as ligações não foram atendidas.
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