A revista Piauí que está nas bancas traz o perfil do candidato Eduardo Campos. A reportagem é escrita pela repórter Daniela Pinheiro, sob o título candidato anfíbio, em uma alusão a tentativa de encarnar a terceira via, passando do governo para a oposição.
Em outra referência, a revista explica que Campos respirou no governo Lula e Dilma e depois tomou oxigênio com a oposição.
No artigo, Eduardo Campos explica as razões porque não bate em Lula em hipótese alguma.
“Não vou colocar Lula no palanque. A tucanada fica querendo me botar para brigar com Lula”, explica. Como espero o voto de parte do lulismo, diz qaue não vai falar mal de Lula nunca.
Sobre sua saída do governo Dilma, Eduardo Campos explicou que afastou-se porque a raposada do PMDB é que mandou no governo Dilma e que com Lula não era assim.
No texto, Eduardo Campos diz que vai vencer a eleição. “Minha eleição vai ser um fenômeno. Vai ser um arranque de última hora”.
Da oposição, não apareceu uma alma viva para dar entrevista. A repórter diz que apenas um único deputado aceitou falar, mas no anonimato.
Eleições no Recife
Eduardo Campos também comenta que as eleições do Recife foram decisivas para a decisão de sair candidato a presidente. Ele conta que havia um acordo com o PT para lançar o nome de Maurício Rands, mas que o partido quebrou o acordo e acabou lançando Humberto Costa (João da Costa, que buscava a reeleição, tava vendido por todos os lados, como se vê).
“Alia acendeu a luz amarela”. Foi quando Eduardo Campos entendeu que não poderia se fiar na promessa de futuro político com Lula. Nem em 2018 nem em 2014.
Escravo no tronco
Na entrevista, o candidato socialista ainda defende-se das críticas de autoritarismo e acusa os detratores de coronelismo.
A revista conta que José Dirceu, em 2007, já dizia que Eduardo Campos seria o candidato em 2018. Lula o queria, embora fosse de outro partido. Depois, chegou a cogitar dar a vaga de vice em 2014.
“Agora, o PT fala que traí porque estou me lançando? Isso é coisa que coronel fazia. Não está comigo, me traiu. Como se eu fosse escravo, estou me rebelando, devo pagar, ir para o tronco”, diz Eduardo Campos.
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