A crise do Pros morreu com o recuo estratégico do presidente Eurípedes Junior, evitando um confronto com o governador do Ceará. Um telefonema do senador Ataíde Oliveira, vice-presidente, ensarilhando armas, desarmou espíritos e a paz será celebrada com a ida de Cid a Brasília na próxima semana. Os termos do acordo estão aguardando a chancela dos mandatários da agremiação. Contribuiu para esse desiderato a declaração de Dilma Roussef em sua última visita ao Ceará, confirmando a permanência de Francisco Teixeira no Ministério da Integração.
O bate-boca entre Cid Gomes e Eurípedes Júnior, de forte conteúdo verbal, ficou barato para o governador: será esquecido sem pedido de desculpa formal. Para evitar mais constrangimentos, Eurípedes comprometeu-se a não levar o assunto à Comissão de Ética do Pros, ficando o dito pelo não dito. Ficou assegurada ao governador total liberdade para conduzir a Comissão Provisória do Ceará, apoiando a reeleição de Dilma, independentemente do que decidir o Diretório Nacional que ameaça romper com essa candidatura. Nos bastidores, comenta-se que esse entendimento foi um bálsamo para tratar uma situação que poderia deixar os candidatos do partido no Ceará em situação de desespero. Como não existe diretório, a Comissão Provisória cearense poderia ser destituída com uma simples canetada da Executiva Nacional, deixando na “rua da amargura” todos os postulantes a mandatos eletivos nas próximas eleições. Não obstante ter vencido essa queda de braço, afirma-se que o governador Cid Gomes não se sente confortável no Pros e poderá deixar o partido depois das eleições. Não será uma tarefa fácil agregar em torno da sua liderança um espólio exigente, sem ser candidato a nada.
Por Fernando Maia
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