Durante discussão na Assembleia Legislativa do Ceará sobre a ditadura militar, iniciada no ano de 1964 no Brasil, alguns deputados demonstraram simpatia com o golpe de 64. O deputado Fernando Hugo (SDD), por exemplo, disse que a ditadura militar foi menos prejudicial ao País do que uma possível ditadura comunista, e citou o que ocorreu em países como Cuba, Coreia do Norte, China e a extinta URSS.
Já o deputado Manoel Duca (PRB), militar reformado, destacou o que ele denominou de “revoluções” dos militares que ocorreram no Brasil. O parlamentar ressaltou que o Brasil “voltou ao clima de ordem social” depois do golpe. Conforme informou os tribunais de justiça ficaram abertos. A economia brasileira passou por um período de elevados índices do PIB nacional, além da criação de 13 milhões de empregos.
“A Petrobras aumentou sua produção, e ela era naquela época a 12ª empresa do ‘universo’. Houve construção da Embratel, Telebras e as maiores hidrelétricas do País”, apontou parlamentar. O deputado disse ainda que, atualmente, “nunca se roubou tanto” quanto durante os dez anos do Governo do Partido dos Trabalhadores. Ele responsabilizou a legenda pelas principais mazelas em que o País vem enfrentando nos últimos.
A líder do PT, que só chegou ao plenário às 11h30, subiu à tribuna da Casa para repudiar as falas dos colegas e também à época os altos comandos que tiveram à frente do Governo durante a ditadura. “Aquela época foi o período de maior endividamento de nosso País,e de concentração de renda. Se cresceu o País, baseado apenas na concentração de renda, diferente do que está acontecendo hoje”, apontou a petista.
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